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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

144 - O Crato de Antigamente - Por Antônio Morais.


Da esquerda para direita em pé : O nosso querido Vieirinha, Aluísio Mendes, Natércia, Alderico, Almir Bernardo, Irinea Stuart, Antônio Morais, Mario Frota, Doralice Epaminondas, Amelia do Vale, Jualina Stuart, Fátima Alencar.
Na mesma direção sentados : Antonio Primo Emidio, Elmano Lodo, Helenice Oliveira, Lígia Alencar, Fátima Arraes Telma e Lia Alencar.

TEMPO DE ESCOLA.

"As vezes lembro do tempo de escola, de quando as preocupações ou grandes problemas seriam no máximo tirar uma nota baixa na prova ou então chegar atrasado e encontrar os portões fechados. Lembro do clima de harmonia e do falatório na sala de aula, do engraçadinho da turma, das aulas de português, de matemática era que eu me dava bem, do jeito esquisito do professor de geografia, e da tão esperada aula de educação física.

Lembro como era gostoso quando batia o sinal do recreio e saíamos correndo das salas, direto para o patio comer o lanche, comprado na cantina ou trazido de casa embrulhado no papel laminado e numa garrafinha térmica com suco.

Quando chegava a hora de ir para casa e batia o sinal, tínhamos a certeza tão gostosa de que alguém lá fora estava esperando pela gente.

Tempos depois, estamos nós aqui,adultos,cheios de incertezas, sem saber quem realmente somos. Nossos problemas e preocupações são bem maiores, nossas escolhas são decisivas temos de nos virar sozinhos e o pior é que ninguém mais espera por nós.

Tem horas que me encontro absorta e me pergunto aonde estão meus amiguinhos de escola? Como estão? Que rumos tomaram em suas vidas?

Nesse exato momento não faço ideia de quem sou, o que sei é que daqui a um tempo, um bom tempo, vou lembrar dos dias de hoje e ter a certeza de quem fui, assim como no tempo de escola".

6 comentários:

  1. Entre 1931 e 1971 as crianças brasileiras de 10, 11 anos de idade, sofriam o que hoje sofrem marmanjos de 18 a 20 anos. Havia um exame para se entrar no curso Ginasial, prestado logo após o curso Primário. Quem não passasse, teria que cursar um ano de Admissão. Eram os tempos do Jardim, Primário, Ginasial, Colegial e Superior.

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  2. A coisa não era brincadeira não. Quantos carnavais se perdeu de brincar por conta de uma reprovação no curso de admissão ao Ginasio? Diante das dificuldades da epoca, pai e mãe exerciam o sagrado direito de exigir do filhos boas notas e um bom aproveitamento escolar.

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  3. Oh tempo bom!
    Hoje é melhor, estou aqui relembrando, vou reclamar por quê?
    Adoro viver! Sou feliz! Adoro relembrar o passado, até o ano do Admissão!
    Estou no meu local de trabalho, blogando, não é um luxo?
    Minhas colegas até dançaram ao som do Bom Rapaz!

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  4. Pois é... E o pior é que hoje sabemos perfeitamente como será o fim...

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    1. O esquecimento começa pelo desinteresse de todos em rebuscar o tempo. Com a mais absoluta certeza todos eles são usuários das ferramentas que a Internet oferece para que tenham acesso a essa foto e essa postagem. Aprendi junto com eles que : Um vezes zero é igual a zero. Milhões vezes zero é igual a zero. Quando o interesse é de um lado só a cangalha vira para o outro lado.

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  5. Eu, cursei o "Admissão" e nem fiz a prova do exame para entrar no ginásio. O problema é que meus pais não tinham condição financeira para pagar o curso para eu e mais dois irmãos. Amarguei quatro anos sem estudar, só voltando no "Curso Madureza". Foi a minha sorte, pois em um ano recuperei o tempo perdido.

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