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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 11 de fevereiro de 2024

Raimundo Lucas Bibinho - Por Antônio Morais.


Dedicado ao amigo Mundim do Vale.

Raimundo Lucas Bidinho se vivo fosse estaria fazendo 100 anos neste 28 de Julho de 2014.

Inexoravelmente o tempo passa, se esvai, não volta nunca mais e o destino de tudo é a vala profunda do esquecimento.

Falo do Bidinho com a propriedade de quem conheceu o poeta, o cantador e o repentista. Falo com muito mais propriedade do agricultor humilde, simples,sofrido e inteligente fundador da primeira associação de classe trabalhadora de Várzea-Alegre, "o Sindicato dos Trabalhadores na Agricultura".

Bidinho foi perseguido, preso e, o pior, não conseguia meia tarefa de terra para plantar um lastro de feijão ligeiro para comer com a família porque os fazendeiros lhe negavam.

Hoje, O Brasil é uma republica sindicalista, o Sindicato que Bidinho fundou elege dois vereadores, tem direito a indicar secretarias no governo municipal e, o Bidinho jogado na vala profunda do esquecimento.

Para coroar esse meu desabafo, fica a frase mais significativa que li sobre Bidinho escrita por Tibúrcio Bezerra na apresentação  do seu livro "O cearense": "O livro de Bidim tem o cheiro forte de uma moqueca de arroz prata, colhida na planície verdejante do Riacho do Machado". 

Salve o nosso cantador e outros esquecidos.

Um comentário:

  1. De fato,estao esquecendo este grande varzealegrense,por sinal este ano e o ano do seu centenario,Se vivo fosse faria 100 anos.Acho que era merecedor de uma homenagem.

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