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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 8 de julho de 2018

HONORÁVEIS CANALHAS - Por Wilton Bezerra.


Quando a ditadura brasileira ia dar um carrinho em João Havelange, a conquista do poder maior da FIFA antecipou-se na jogada.
Na presidência da antiga CBD, o “João Sabido” já tinha praticado uma série de estripulias dignas das páginas policiais.
Com a sua saída do cenário nacional, afora Giulite Coutinho, que dá nome ao estádio do América do Rio de Janeiro, os escrutínios para escolhas de presidentes da CBF passaram a exigir dos candidatos um compromisso: a condição obrigatória de ser um canalha.

Desse tempo para cá, talvez se livre uma cara a mais e olhe lá.
João Havelange, de maneira vergonhosa, foi expulso do futebol e saiu pelas portas dos fundos.

Seu nome, emprestado a um estádio de futebol, foi retirado como repulsa às suas incursões pelo mundo da corrupção.
Seu genro, Ricardo Teixeira, o sucedeu à frente da CBF (antiga CBD) e seguiu a mesma trilha de crimes contra o mundo esportivo.

Impedido de entrar em vários países que desejam colocá-lo atrás das grades, o Ricardão goza dos benefícios de residir na terra das maracutaias, o Brasil.
Sem escrúpulos, já declarou que, aqui, justiça nenhuma lhe põe as mãos.
Até em nome da filha, menor de idade, colocou vultosas somas em dinheiro.

Um grande canalha, como o Palhares, das crônicas de Nelson Rodrigues.
A seguir, veio José Maria Marin. Não vamos perder tempo em explicar como esse larápio chegou ao posto maior da CBF.

Fato é, que, detido em um hotel de Zurique, por grossa corrupção, esse refugo ordinário da ditadura, hoje, está preso nos Estados Unidos.

O seu parceiro de falcatruas, Marco Polo Del Nero, fugiu à tempo de Zurique e a primeira providência que tomou ao chegar ao Brasil, foi retirar o nome do engaiolado Marin da sede da CBF no Rio.

Até os maiores bandidos têm um código de honra. Os presidentes da CBF, não.
Não demorou e Marco Polo Del Nero, antes de ser banido pela FIFA, passou também a fugir da justiça fora do Brasil.

Impedido de continuar presidindo a CBF, tratou de dar um golpe ao antecipar a eleição de Rogério Caboclo para sucedê-lo.
Como a posse de Caboclo só se dará no próximo ano, assumiu o Coronel Nunes, uma dessas figuras ridículas que se eternizam à frente das federações estaduais.

Nunes é presidente da Federação do Pará. Na Rússia, está a enriquecer o anedotário do futebol, com mancadas homéricas.

O pior, no entanto, é que o “honorável” presidente da CBF serviu à ditadura e recebe ordenado como anistiado.

Mais canalhismo, impossível.

Um comentário:

  1. Toda ladroagem na CBD e Fifa teve inicio com João Havelange. Corrupto, desonesto arrogante e prepotente. Armou um esquema capaz de subornar o mundo. Depois dele não se viu ninguem honesto. Hovelange já queima nos quintos do inforno, José Maria Marin está hospedado na cadeia nos Estados Unidos, deve morrer preso pagando pelos crimes dos outros e dele.

    Os demais contam com a sorte de viver no Brasil um pais sintonizado com a corrupção, e, onde o ladrão tem a proteção e o amparo da justiça. ùnico pais do mundo onde um juiz anula uma decisão de um colegiado.

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