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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 1 de junho de 2024

FOI ASSIM - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Quando tinha uns 13 a 14 anos de idade, estudava no colégio Diocesano, do Crato. O colégio era bom, o estudante relapso.

Levava a vida ao lado do irmão Ítalo (um ano mais velho), ouvindo rádio, jogando peladas do campo do Cariri, vendo cinema, assistindo jogos do campeonato cratense, lendo jornais e a Revista do Esporte.

Torcia fervorosamente pelo Flamengo, no tempo de Moacir, Henrique, Dida e Babá.

Vagabundagem praticada em torno da estação da RFFSA, Bar Social do Seu Chiquinho (dirigido pelos filhos Geraldo e Chico Alberto) e Praça Francisco Sá. Pontos de encontro da meninada.

Eu não sabia fazer nada de produtivo. E, também, não fazia nada para aprender um ofício que me apontasse um caminho na vida.

Um jovem sem futuro, se querem saber.

De tanto curiar (pelas janelas) o funcionamento dos estúdios da Rádio Educadora do Crato, acabei sendo levado pelo amigo-irmão Evandro Bezerra para a Amplificadora pertencente à Diocese, que funcionava em frente à Praça da Sé.

Iniciou-se, assim, todo o processo para que saíssemos do completo anonimato

Daí para as rádios Educadora e Araripe, sempre como controlista-operador. Dessa forma, o rádio salvou um desocupado de futuro incerto.

Em 1967, já morando em Juazeiro do Norte, a convite do Dr. Geraldo Menezes Barbosa, ingressei na querida Rádio Progresso AM, no momento de sua inauguração. 

Desempenhando várias tarefas na emissora do Grupo Bezerra de Menezes, acabei me fixando na função de comentarista esportivo.

Em 1979, fui contratado pela Rádio Uirapuru de Fortaleza, equipe comandada por Moésio Loiola.

Daí para as emissoras Cidade, Assunção e Verdes Mares, onde me encontro até hoje.

Foi assim que conseguimos chegar a mais de 57 anos de atividade, neste veículo maravilhoso que é o rádio.


Um comentário:

  1. Uma trajetória brilhante. A primeira vez que lhe vi foi numa tarde de Domingo de 1969, no campo do Esporte.
    Jogo seleção do Crato e do Juazeiro pelo intermunicipal.
    Campo acanhado, sem arquibancadas, sem cabines de rádio mais com um publico vibrante. Você e Foguinho desenrolavam os fios e faziam a transmissão da beira do campo no meio da torcida.
    Na primeira etapa Juazeiro venceu por 2 x 0 gols de Joãozinho e Gilson Magazine. No segundo tempo o Crato empatou com dois gols Pangaré.
    Na minha singeleza e no meu silêncio acompanhei sua trajetória vitoriosa sempre torcendo por seu desempenho e reconhecendo o seu talento.
    O amigo sempre mereceu o meu aplauso. Sei que o amigo não gosta de bajulação, mas não estou bajulando, escrevo o que o coração está cheio.

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