Cearense que combateu o tráfico de escravos e virou padre é reconhecido por virtudes heroicas.
O Papa Francisco autorizou nesta segunda-feira, 31, a publicação do decreto que declara o padre José Antônio Maria Ibiapina como venerável, título que reconhece oficialmente suas virtudes heroicas e avança uma etapa no processo de canonização.
O anúncio foi feito pelo bispo de Guarabira (PB), Dom Aldemiro Sena, durante participação na Rádio Integração FM.
Nascido em 5 de Agosto de 1806, em Sobral (CE), Ibiapina teve trajetória singular antes de se tornar sacerdote. Após estudar Direito e atuar como professor, magistrado e delegado de polícia, foi eleito deputado em 1834.
No Parlamento, apresentou um projeto de lei para impedir o desembarque de escravos africanos no Brasil. Frustrado com os rumos da justiça e da política, abandonou a carreira pública e passou a advogar em favor dos mais pobres no Recife.
Aos 47 anos, foi ordenado padre e iniciou intensa missão religiosa no Nordeste. Tornou-se conhecido como o “Apóstolo do Nordeste” por sua atuação em estados como Paraíba e Rio Grande do Norte, onde fundou casas de acolhimento, escolas, hospitais e orfanatos.
Também organizou missões populares e construiu igrejas e capelas. Durante a epidemia de cólera, sua dedicação aos doentes lhe rendeu o apelido de “peregrino da caridade“.
Em 1875, uma paralisia progressiva o obrigou a usar cadeira de rodas. Morreu em 19 de Fevereiro de 1883, em Santa Fé, atual distrito de Solânea (PB), na diocese de Guarabira.
A fama de santidade que o acompanhou em vida persistiu após sua morte, sustentada por relatos de fiéis sobre graças alcançadas por sua intercessão.
Um religioso virtuoso, operoso e empreendedor. Criou por onde passou no nordeste 44 casas de caridade. Com recursos de doações dos humanos que como ele desejavam o bem da humanidade. Um verdadeiro santo. Um servo de Deus.
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