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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 20 de novembro de 2018

MELANCOLIA E DEPRESSÃO - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.



Dizem que a ignorância é a mãe da felicidade.
Por isso, só se pode ser feliz ignorando os problemas da vida, que não são poucos para nós, pobres mortais.
Se penso, logo fico doido. 
Numa conversa sobre o tempo, vejam em que reflexão o ignorante aqui foi se meter.
Alguém afirmou, contrariando o estabelecido, que a melancolia não é nada do que dizem.
Vou logo adiantando que não sei quem foi, quando foi e aonde foi.
A explicação é a sequinte:
melancolia seria uma manifestação artística e poética, elevação do espírito e totalmente diferente da depressão, que é uma doença.
Em crônicas que escrevi e músicas inesquecíveis que ouvi, a palavra melancolia sempre significou acabrunhamento, tristeza. Em resumo: “estar pra baixo”.
João Gilberto, em Chega de Saudade, canta: “...a melancolia que não sai de mim, não sai de mim, não sai.”
Se é verdade que quem pensa muito fica doido, vou dar uma trava nesse assunto e deixar que os especialistas dissipem as dúvidas no ar.
Estou precisando de minha cabeça em estado saudável para outras coisas.
Se penso, logo desisto.
Ah! Tem até quem faça o elogio do tédio.
Basta.

Um comentário:

  1. O certo é que costumamos ter mais saudades das coisas boas do que das ruins. E, nos dias atuais pouca coisa poderá deixar saudades no futuro.

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