Páginas


"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 22 de outubro de 2023

228 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antonio Morais.

A primeira vaquejada de Várzea-Alegre, foi em 1966. Promovida pelos senhores Eliseu Sátiro e Dr. Luiz Luciano com o apoio  da prefeitura municipal, prefeito Dr. Pedro Sátiro.

O parque foi montado  na saída da cidade entre as vias que servem de acesso por um lado ao Sanharol e pelo outro ao Roçado Dentro. Uma faixa de terra pertencente, à época, ao senhor Mundoca Jucá.

Foi um sucesso. Ali se conheceu  uma  vaca da raça  nelore chamada "Tamarina", pertencente ao pecuarista Laércio de Freitas, que nunca alguém conseguiu derrubar.

Naquela vaquejada Zuza Benício montava um cavalo do senhor Eliseu Sátiro conhecido por "Pombo Roxo". Um animal muito bonito, árduo e famoso, porém, sem nenhum traquejo para o exercício da vaquejada.

Numa disputa, Pombo Roxo tropeçou  no boi  e caiu por cima do vaqueiro Zuza Benício que foi parar no hospital, tirando  muito do  brilho do evento.

Os cavalos campeões pertenciam ao senhor Chiquinho de Sales, do distrito de  Arrojado em Lavras da Mangabeira, montados pelo Manuelzinho aboiador e Raimundo Mossoró.

Na disputa final com apostas de grandes valores "Tamarina"fez finca pé, parou e arrancou  de vez, deixando para trás os vaqueiros.

Ganhou as apostas quem acreditou em "Tamarina", uma vaquinha pequena mas, treinada e ensinada para deixar na poeira os cavalos daquela época, que não tinham as habilidades dos de hoje em dia.

Nas minhas idas e vindas ao sitio "Unha de Gato", quando a mim pertencia, sempre que passava no sitio Capão parava  para  levar um lero agradável e animado  com o amigo Zuza Benicio.

6 comentários:

  1. Inicialmente Tamarina pertencia ao fazendeiro e agro-pecuarista Teobaldo de Farias Brito. Doada de presente ao amigo desse Laércio Freitas, que fez presenta ao senhor João Costa.

    Numa vaquejada na cidade de Jaguaribe, Um fazendeiro ricasso, perdeu uma grande importância numa aposta. Sacou o revolver e atirou na testa de tamarina dando ponto final na história de uma vaca que nunca alguém conseguiu derrubar.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. A leitura foi maravilhosa. Só lamento este ato de covardia, praticado por este desalmado.

      Excluir
    2. Tamarina mexeu no bolso dele. Perdeu uma vultosa quantia em apostas. O amigo definiu bem : Covarde desalmado.

      Excluir
  2. Depoimento de Zuza Benicio : Tamarina era treinada, partia e parava desorganisando a posição dos cavalos e dos vaqueiros. Partida novamente. Se fosse preciso parava uma segunda vez. Se não fazia finca pé e ninguém conseguia alcançá-la.

    ResponderExcluir
  3. Meu depoimento: Tamarina era muito arisca e ligeira. No curral tinha uma 300 rezes. Tamarina ficava bem escondida no meio, bem desconfiada.
    Os cavalos campeões pertenciam do agro-pecuarista Chiquinho de Sales de Lavras da Mangabeira. Os vaqueiros Manuelzinho Aboiador, de Pernambuco e Raimundo Mossoró, do Rio Grande do Norte.
    Chiquinho de Sales e sua equipe foram hospedes do meu pai José André do Sanharol.

    ResponderExcluir
  4. Quem não sente saudades de um tempo como este?? Shopping, Praia, jamais serão pareos, para esta vida.

    ResponderExcluir