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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 26 de outubro de 2024

195 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


Mariana de Morais Rego, filha de José Raimundo do Duarte, José Raimundo do Sanharol, se casou com o senhor Rosendo Alves Bezerra, da região do Arneiros nos Inhamuís. Deste casamento nasceram seis filhos: Vicente, Antônia, Raimunda, Eufrásio, Pedro e Maria.

Dos seis irmãos apenas  Vicente e Maria se casaram. Maria matrimoniou-se com Pedro Alves de Morais, Pedrinho do Sanharol, seu tio legitimo, irmão de sua mãe Mariana. Pedrinho e Maria eram os pais de João de Pedrinho. As salvas do meio dia ou da madrugada protagonizaram um fato que pouca gente conhece, hoje em dia, mas que chocou a comunidade católica de Várzea-Alegre, no inicio do século XX, 1905 aproximadamente.
Os fogos de artifícios, naquela época, conhecidos por foguetão, eram preparados com uma vareta fina e leve de bamburrai para equilibrar o artefato que pressionado pela queima da pólvora subia e explodia há 80 ou 100 metros de altura.

Como o nome diz parecia um foguete. Naquela época, as vestes das senhoras eram largas, folgadas e um foguetão perdeu o equilíbrio e tomou direção errada e, foi de encontro com Maria Alves Bezerra batendo no tórax e infiltrando entre as vestes e o corpo na altura dos seios.
Para socorrer a esposa Pedrinho rasgou as vestes não impedindo as queimaduras e a deixando despida no meio do povo. Naqueles dias não poderia acontecer coisa mais desagradável e constrangedora.

Os ferimentos cicatrizaram-se, mas o trauma pela nudez a levou a grande depressão e em pouco tempo a óbito.  Como  escrevi, desse casamento havia nascido apenas um filho, João Alves de Morais, conhecido por João do Garrote, por ter sido criados pelas tias que residiam no sitio Garrote.

Muitos o conheciam também por João de Pedrinho do Sanharol. Do primeiro casamento de Pedrinho com Maria Leandro Bezerra, conhecida por Nenen também sua sobrinha, nasceram três filhos: Manuel, José e Antônio.

 Antônio Alves de Morais era o meu avô materno. Poucas pessoas conhecem esta historia, mas é fato real, ocorrência do inicio do século XX no patamar da igreja matriz de São Raimundo Nonato em Várzea-Alegre..

3 comentários:

  1. A foto é da igreja atual. Vista aeria do Santuario São Raimundo.

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  2. Pedro Alves de Morais foi o segundo filho do segundo casamento de José Raimundo do Sanharol com Antônia de Morais Rego. Pedrinho do Sanharol como era conhecido, casou duas vezes com duas sobrinhas legitimas. Do primeiro casamento deixou três filhos, do segundo apenas um. Talvez tenha sido dos filhos de José Raimundo o mais influente, perdendo apenas para o seu Irmão Gabriel de Morais Rego de quem era além de irmão grande amigo e confidente.

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  3. A genealogia ti gz geznde importãncia no passado. Hoje ela descende do poderio financeiro reinante. Perdeu a imponência.

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