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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 1 de outubro de 2021

CAUSOS DO CRATO - Por Wilton Bezerra - Comentarista generalista.

 


O ALAGOANO.

O Bar do Alagoano, em frente à Praça da Sé Catedral, foi um tradicional ponto de encontro do Crato. Seu proprietário era irreverente e bem humorado. Certo dia, o Nêgo Téo pediu uma cerveja e perguntou: "Alagoano, tem algum circo na região? Ainda, agora, descendo a ladeira das Guaribas um leão atravessou a estrada".

Alagoano respondeu: "Nêgo Téo, você deve ter se enganado. Deve ter sido um cachorro, com uma urupemba no pescoço e uma vassoura no fiofó".

PEITO DE EVA.

Um cidadão de São Paulo pediu um whisky e um "peito de Eva" para tira-gosto. Sem conhecer aquela iguaria, Alagoano apelou para os seus amigos donos de restaurantes. Ninguém sabia do que se tratava. Alagoano chamou o garçom e lhe deu dois côcos, com a seguinte orientação: "Diga ao nosso prezado paulista que vá se virando com os dois culhões de Adão, enquanto eu procuro o "peito de Eva" que ele está pedindo".

FAVELA.

Favela era uma figura popular e muita querida no Crato dos anos 1970. Boêmio, cantor de serestas e de uma irreverência tremenda. Doutor Humberto Macário, prefeito, e amigos presentearam Favela com um bonito violão. Só que, numa dessas madrugadas etílicas de muita música, Favela perdeu o violão. 

Isso provocou uma "reprimenda" do Dr. Humberto: "Favela, fosse um objeto pequeno, tudo bem, mas perder um instrumento daquele tamanho".

Favela: "Ora, a gente perde até o trem, que é daquele tamanho, quanto mais um violão".

PLANO DE SAÚDE.

De condição financeira apertada, Favela adoeceu e foi parar no Hospital São Francisco. Em meio a procedimentos para internação, a funcionária do hospital perguntou: "Qual o seu plano (de saúde) Sr. Favela"? 

A resposta: "Ficar bom".

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