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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 30 de outubro de 2021

O CENTROAVANTE PEBA - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

O peba é um tatu de cor amarronzada, animal silvestre que faz parte da culinária nordestina, embora com malefícios para a saúde.

No interior, não sabemos por que razão, quando uma coisa não tem valor, diz-se que ela é “peba”.

Lá pelos idos de 1960, o Sport do Crato tinha na sua zaga central um negrão forte e truculento, que atendia pelo apelido de Peba.

Fora do futebol, ele dava duro na vida, como funcionário do frigorífico do Crato também, chamado de “matança”.

Num treino do Sport, por conta própria, Peba se colocou como atacante e marcou nada menos que sete gols.

Foi um espanto e, de repente, “descobriu-se” que a vocação de Peba era a de marcar gols e não evitá-los.

Veio o primeiro jogo, após a “descoberta”, e eis que Peba não traiu as expectativas na nova função e marcou três gols.

Na segunda partida, dois Na terceira, um e, a partir daí, um longo jejum de gols, em uma prova de que “quem nasceu peba, nunca chega a cascavel”.

Entanto, esse tipo de bizarrice não é exclusividade do futebol interiorano.

Sem ideias, em um jogo contra o Palmeiras, o treinador Cuca, do Atlético Mineiro, lançou como homem de área o zagueiro Réver, com seu um 1,90 metro de altura.

Renato Gaúcho fez a mesma coisa, no jogo contra o Atlético de Goiás, escalando o gigante Gustavo Henrique como homem de referência, numa situação em que o rubro-negro levantou 46 bolas na área adversária.

E para finalizar os exemplos, vamos chegar ao grande treinador Pep Guardiola, em uma semifinal da Liga dos Campeões contra o “ferrolho” da Inter de Milão, quando mandou o zagueirão Piqué se enfiar na área, em busca de uma bola alçada.

A idéia “Peba”, de Peba do Sport do Crato, correndo o Mundo.

No Crato, é assim.

Um comentário:

  1. Prezado Wilton Bezerra - Sustenta a história que num amistoso entre as seleções de Crato e Missão Velha, o Crato perdia pelo placar de cinco a zero. Faltando um minuto para o jogo terminar, um gaiato gritou da beira do campo : Empata o jogo Peba!

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