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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 30 de junho de 2024

Um misto de saudade e nostalgia - Por Antonio Morais.

Foto da direita para esquerda : Dra Ana Micaely, Dr. Francisco Alves Pereira,  Antonio Morais, Mariano Pereira e Dr. Menezes Filho.

Saudade sentimento melancólico devido ao afastamento de uma pessoa, uma coisa ou um lugar, ou à ausência de experiências prazerosas já vividas. "O que ficou daquilo que não ficou".

Nostalgia é um termo que descreve uma sensação de saudade idealizada, e às vezes irreal, por momentos vividos no passado associada a um desejo sentimental de regresso, impulsionado por lembranças de momentos felizes e antigas relações sociais.

Assim é que neste 28 de Junho de 2024, Antonio Alves de Morais, seu ex-colega do Colégio Estadual Mariano Alves Pereira e o médico Francisco Alves Pereira rebuscaram um passado de lembranças memoráveis e inesquecíveis.

Partindo de Crato passamos por Juazeiro do Norte, Caririaçu, Grangeiro onde visitamos alguns lugares que marcaram a infância do Dr. Francisco Alves Pereira, como sua terra natal,  a casa onde nasceu, residência dos padrinhos, a igreja, o açude  etc. 

Foto da esquerda para direita, Dr. Menezes Filho, Dra Ana Micaely, Mariano Alves Pereira, Antonio Morais e o médico Francisco Alves Pereira.

Em Várzea-Alegre paramos para o almoço na residência do casal Dr. Menezes Filho e Dra Ana Micaely. 

Conversa animada e prazerosa. 

Para concluir o giro seguimos para Farias Brito e finalmente o Crato. 

O presidente e os cretinos - J.R.Guzzo

 

sexta-feira, 28 de junho de 2024

PATRIMÔNIO MAL ADMINISTRADO - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

O futebol, esporte mais popular do Planeta, é um indústria que movimenta cifras bilionárias.

No nosso País, mais do que um rico negócio, o futebol é expressivo patrimônio cultural.

Só que, em termos de gestão, nunca foi tratado à altura do que representa por quem o comanda: a CBF.

Entidade que, nos últimos tempos, teve seus mentores  envolvidos em grossa corrupção e escândalos.

Com a cumplicidade dos clubes, não consegue, sequer, organizar um calendário decente.

O pior exemplo está na falta de zelo em torno da Seleção Brasileira, o seu banco.

Depois da "temporada Ancelotti”, de mentiras, já tem o segundo treinador à frente da seleção principal.

Tirante resultados de dois amistosos na Europa, o saldo é ruim.

A CBF imagina que as conquistas do nosso futebol foram possíveis graças à ela.

Os 22 anos sem ganhar uma Copa e o papel secundário no futebol mundial não parecem incomodar esse agente do atraso.

quinta-feira, 27 de junho de 2024

LI E OUVI QUE... - Por Wiltom Bezerra, comentarista generalista.

Os imbecis nascem sabendo de tudo e durante suas vidas não aprendem nada. 

Se alguém duvida da existência de Deus, é só olhar para uma mulher. 

A inflação é corrupta porque rouba o salário. 

Não adianta querer aprender a tocar piano depois de velho. 

A política é uma atividade de pecadores. 

Quando você se queima, passa a ter medo até de água fria. 

Vivemos o tempo de exaltação do que não tem qualidade. 

A mentira está na essência da vida pública, como uma doença sem cura. 

É preciso acreditar na amizade e exercê-la.

Tem quem sinta solidão cercado de gente. 

Ícone e mito são palavras banalizadas.

A economia chega depois da educação.

Erro sobre erro - Por J. R. Guzzo.

 

Coronel Raimundo Augusto - Por Antônio Morais

Almoçando o inimigo antes que ele nos jantasse, Cel. Raimundo Augusto dá combate a Lampião no sitio Tipi em Aurora. Entre os cometimentos atribuídos ao Cel. Raimundo Augusto figura o combate que este frente a seus cabras teria sustentado contra o bando de Lampião, no ano de 1927. Muito bem armado com os fugis e os mosquetões recebidos de Floro para dar perseguição a Coluna Prestes, o famoso bandoleiro demorava no sitio Tipi, em Aurora, enquanto planejava o ataque contra Lavras da Mangabeira. A cidade de São Vicente Ferrer com o seu comercio e as suas riquezas havia despertado a cúbiça no temível cangaceiro, encorajando-o a praticar o saque. Já os donos do Tipi eram inimigos declarados do Clã lavrense. Então, por que esperar? Almoçar o inimigo antes que ele nos jante, decidiu o Coronel. E, assim foi feito. Sem perda de tempo Raimundo Augusto reuniu seus cabras e arrojou-se de surpresa sobre o bando facinoroso. Após breve combate Lampião e os do seu bando fugiam, deixando no local da refrega armas, mantimentos e vários cavalos de montaria do bando, que não puderam conduzir. Dias depois, na propriedade do Coronel António Joaquim de Santana, na Serra do Mato, onde o bando costumava esconder-se, António Ferreira, irmão de Lampião, recriminava em versos, ao som da sanfona, a imprudência do irmão:

Lampião bem que eu te disse,
Que deixasse de asneira,
Que passasse bem por longe,
De Lavras da Mangabeira.

Tapioca feita na hora - Por Antonio Morais.

Um vendedor de tapioca feita na hora, fez ponto com seu carrinho na calçada em frente a agência do Bicbanco, na Bárbara de Alencar, em Crato.

O negócio deu certo e as vendas decolaram.

A esta altura, vendo o sucesso do empresário, um primo seu que estava na pior, resolveu ir tomar "mil reais emprestado".

Depois de muita conversa e muitos louvores e aplausos ao empreendimento, ele falou do seu desejo, mas só não contava com a resposta:

Eu até tenho o dinheiro, mas não posso lhe emprestar, porque fiz um acordo com o banco : Nem eu empresto dinheiro nem eles vendem tapioca. 

quarta-feira, 26 de junho de 2024

Dois tempos - Por Antônio Morais.

Pra tudo há tempo debaixo dos céus. Existem os sabidos porque existem os bestas.  Abre o olho eleitor.

No tempo do Paulo Maluf, o Pajé Lula da Silva gritava, falava em pobre, criticava as elites e as vantagens que o sistema oferecia a quem tinha puder e dinheiro. 

Um terço do senado era por nomeação, eleito de forma indireta por indicação de quem estava no puder. Paulo Maluf, governador de São Paulo premiou o senhor Amaral Furlan, foto com um mandato de senador por oito anos. 

O Pajé Lula se estribuchava contra e ludibriava o povo com seu discurso piedoso, chorão e mentiroso.

Chegou o tempo do Lula, que escolheu para seu Ministro da Industria e Comercio Exterior Luiz Fernando Furlan, filho do Amaral Furlan, foto.

Você imagina o que pai e filho tem em comum.  Dinheiro, são os donos da Sadia.  

E, o que Paulo Maluf e Lula tem  em comum : Pouco vergonha.

terça-feira, 25 de junho de 2024

Em missão jornalística - Por Antonio Morais.

Foto por ocasião da inauguração do açude de Orós, 11.01.1961.

Da esquerda para direita: o jornalista e escritor José de Figueiredo Brito, o juiz Assis leite, Padre Vieira e Pedro Gonçalves de Norões com seu filho, o garoto José Yarley. 

Outro Cratense ilustre que não está na foto, mas foi saudado pelo presidente da republica no ato da inauguração. 

O presidente JK, em cima do palanque, viu no meio da população o Deputado Antonio de Alencar Araripe que era seu adversário politico. 

Gritou ao microfone a todo pulmão : "Deputado Araripe venha para o palanque, o seu lugar é aqui, se não fosse Vossa Excelência essa obra não estava sendo inaugurada".

segunda-feira, 24 de junho de 2024

Original e criativo - Por Antônio Morais.

Na Escola José Correia Lima, foto, na sala de aula, quando fazia o primário, a professora pediu aos alunos que declamassem uma poesia. Os colegas, arrotando conhecimento, citaram estrofes de poetas famosos como Castro Alves, Olavo Bilac e Gonçalves Dias. 

Antônio Ulisses, como sempre, original e criativo, preferiu declamar os seguintes versos populares da obra de cordel, intitulada “A chegada de Lampião no Inferno”, de José Pacheco da Rocha: 

Um cabra de Lampião, 

Por nome Pilão Deitado, 

Que morreu numa trincheira, 

Um certo tempo passado, 

Agora pelo sertão, 

Anda correndo visão, 

Fazendo mal assombrado. 

E foi quem trouxe a noticia, 

Que viu Lampião chegar, 

O inferno nesse dia, 

Faltou pouco pra virar, 

Incendiou-se o mercado, 

Morreu tanto cão queimado, 

Que faz pena até contar. 

A professora, religiosa, decepcionada com os conhecimentos literários de seu aluno, não gostou nem um pouco da poesia escolhida. Por isso, Antônio Ulisses recebeu nota zero, foi retirado da sala, permanecendo um certo tempo de castigo na Diretoria da Escola.

Indiferença humana - Postagem do Antônio Morais.


Dra Zilda Arns.

Acho que é isso mesmo que falta as pessoas : Mais palavras amenas e doces, e, menos cara feia. Mais olhares sinceros e menos deselegância e grosseria. Mais humanismo e menos falta de respeito.

Um gesto de carinho e de bondade não custa nada, mas pode fazer milionário quem o recebe. Você não é o dinheiro que tem, você não é o seu diploma, seu currículo, nem o carro da sua garagem. Você é o sorriso que entrega, a mão que estende, o abraço que dá. Você é o amor que espalha.

Mãe do Belo Amor - Por Armando Lopes Rafael.

A imagem da Mãe do Belo Amor, pequena escultura de madeira, medindo cerca de 40 centímetros, é venerada, desde os primórdios da Missão do Miranda – origem da cidade de Crato – que data do segundo quartel do século XVIII. Esta estátua sempre foi aureolada por muitos fatos pitorescos e lendários. Monsenhor Rubens Gondim Lóssio, escrevendo sobre esta representação da Virgem Maria, em trabalho publicado na revista Itaytera, afirmou: “Herdada dos ancestrais indígenas, existia uma pequena imagem da assim chamada Nossa Senhora do Belo Amor, de todos venerada”.

Não nos foi possível apurar as razões que levaram Monsenhor Rubens a concluir que a imagenzinha da Mãe do Belo Amor fora herdada dos indígenas, primeiros habitantes do Vale do Cariri. Entretanto, no artigo já citado, ele menciona um fato que merece transcrição. Na segunda metade do século XX, um conhecido e respeitado ancião cratense, o Sr. José da Silva Pereira, secretário do Apostolado da Oração de Crato, escreveu ao então vigário da Catedral, Monsenhor Francisco de Assis Feitosa, um documento, do qual extraímos o texto a seguir transcrito:

Há na nossa Catedral três imagens que representam nossa padroeira, Nossa Senhora da Penha. O que vou narrar nestas linhas se refere somente à primeira, que é a menor das 3, esculpida em madeira, como as duas últimas. Trata-se de uma bela imagem que honra a arte antiga e a habilidade de quem a preparou. Segundo dizem os antigos, ela tem para mais de duzentos anos, mas nada deixa a desejar às que se fazem atualmente. Pertencendo ao número das imagens aparecidas, ela tem também a sua lenda bastante retocada de suave poesia. Conta-se que fora encontrada em poder dos índios (sem dúvida os Cariris), passando às mãos de pessoa civilizada. Aqui toma vulto a lenda que gira em torno do seu nome, pois afirmava que, repetidas vezes, ela voltara ao cimo de pedra onde os indígenas a veneravam. Este fato miraculoso deu lugar à fundação da Capela, onde hoje é a nossa Catedral, naquele mesmo sítio, tão profundamente respeitado. Quanto à idade que lhe atribuem, provam-na os documentos referentes à fundação da povoação, hoje transformada nesta importante Cidade de Crato. Para mais corroborar o misticismo que a tradição empresta à nossa querida santa, ocorre que esta desapareceu de nossa igreja há mais de cinqüenta anos, voltando agora aos seus penates, onde está sendo venerada por grande numero de fiéis. Os antigos deram-lhe o nome de “Belo Amor”, o que prova a piedade filial dos nossos antepassados. Respeitemos o passado, sua história, suas tradições e suas lendas, que nos falam sempre daqueles que abriram caminho a nossa vida. (LÓSSIO, 1961: 47).

Não existem documentos sobre a origem da imagem da Mãe do Belo Amor. Também não se sabe, ao certo, se essa pequena escultura já se encontrava no Sul do Ceará, antes de 1740, ano da chegada de Frei Carlos Maria de Ferrara, para catequizar os índios Cariris, quando fundou a Missão do Miranda, embrião da cidade de Crato. Ressalte-se que, antes da chegada do frade, já tinha o Vale do Cariri certa densidade demográfica, embora não possuísse ainda nenhum aldeamento ou povoado considerável, o que só veio a se formar após 1740. Daí ser possível que a imagem da Mãe do Belo Amor já se encontrasse no Vale do Cariri, antes da vinda do fundador de Crato. Presume-se, pois, que até 1745 esta pequena imagem foi venerada na humilde capela de taipa, coberta de palha, construída por Frei Carlos, isto é, até a chegada da segunda imagem que seria venerada como Padroeira de Crato.

domingo, 23 de junho de 2024

Escalada de Lula contra autonomia de Banco Central e Petrobras é ‘tiro no pé’ - Por Eliane Cantanhêde.

O presidente Lula patrocinou uma cena de ocupação da Petrobras, ao ir à posse de Magda Chambriard com a primeira-dama, sete ministros e presidentes de bancos estatais, exatamente quando aprofunda a investida sobre o Banco Central, seu atual presidente e sua autonomia, conquistada por consenso e comemorada depois de muitos anos de debates e cobranças.

O que significa? 

Que Lula se acha “dono” de estatais e bancos públicos e decidiu lhes impor suas crenças políticas? 

É uma sinalização ruim para o mercado, onde a palavra chave é sempre liberalização, mas também para setores políticos e da sociedade, onde crescem dúvidas sobre os rumos do governo e temores sobre a volta de Lula ao passado.

Na posse, entre sorrisos e simpatia mútua, Lula fez loas à estatização e reduziu a Lava Jato, a maior operação de combate à corrupção da história, a uma ação que visava puramente “desmonte da Petrobras”, enquanto a nova presidente da companhia – a oitava em oito anos – disse em seu discurso que Lula “não quer confusão”, está “totalmente alinhada” com ele e vai manter firme a exploração de combustíveis fósseis, justificando: “o petróleo vai financiar a transição energética”. É polêmico...

Ainda bem que a ministra Marina Silva não estava lá. Não só pelo tom dos discursos, mas porque o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, cada vez mais dentro do Planalto e próximo de Lula e agente decisivo da queda do petista Jean Paulo Prates, deixou claro: a exploração de petróleo na margem equatorial do Amazonas é “a visão majoritária no governo”. Ou seja: de Lula. E às vésperas da COP em Belém.

Enquanto Lula reafirmava no Rio, ao vivo e a cores, suas intenções intervencionistas na Petrobras, o Copom decidia em Brasília, por unanimidade, o fim, ou suspensão do ciclo de quedas dos juros. A decisão de manter a taxa em 10,5% já era esperada e foi de certa forma antecipada pelo Boletim Focus do BC nesta semana. 

A dúvida passou a ser se a votação repetiria os 5 a 4 do último Copom, ou seria por unanimidade. 

Deu 9 a zero.

sábado, 22 de junho de 2024

É fato - Por Ivens Gandra Martins.

 


Depoimento admirável e assertivo.

Votar em Lula não significa ser de esquerda, de direita, de baixo ou de cima.

Significa uma tolerância moralmente insustentável com o crime e o criminoso.

Ivens Gandra Martins.

sexta-feira, 21 de junho de 2024

GÊNIO DA RAÇA - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Quem completou 80 anos, foi um gênio da raça: Chico Buarque de Holanda.

Não me interessa a sua ideologia política, se nos entrega obras primas como A Banda, Construção, Com açucar e Com Afeto, Gente Humilde, Olhos nos Olhos e por aí vai.

Escritor e poeta, o nosso Chico gosta de futebol e os seus ídolos (o maior é Pagão) continuam jogando um bolão em suas lembranças.

É dele a frase: "O drible de corpo é quando o corpo tem presença de espírito".

Musical e poeticamente, Chico Buarque é uma unanimidade.

E as unanimidades podem tudo. 

quinta-feira, 20 de junho de 2024

Entenda se for capaz - Por Antonio Morais.

Com menos de 18 anos é menor de idade não pode trabalhar por força da legislação. 

Aos 18 anos exigem cinco anos de experiência.  Aos 50 é velho para trabalhar e aos 65 é novo para se aposentar.

Entenda se for capaz uma lambança dessas.

Sem controlar imbróglio político, Lula perde autoridade para ditar rumos do País - Por William Waack.

Depois da decisão unânime do BC em manter inalterada a taxa Selic, Lula ficou sendo ‘os juros sou eu’.

No discurso na posse da nova presidente da Petrobras e na entrevista que deu para emparedar o Banco Central, o presidente Lula se apresentou como uma espécie de Luís XIV (aquele rei francês de “o Estado sou eu”) da economia brasileira. Depois da decisão unânime do BC em manter inalterada a taxa Selic, Lula ficou sendo “os juros sou eu”.

O monarca francês de fato mandava, mas Lula ainda não encontrou a rota para superar dois conhecidos problemas que o tornam impotente. Um deles é a alteração da relação de forças entre Legislativo e Executivo. O outro é o peso da questão das contas públicas.

Ambos estão intimamente ligados. O chefe do Executivo no Brasil perdeu parte relevante da capacidade de alocar recursos via Orçamento. Tornado ainda mais engessado por medidas que o atual governo adotou para lidar com a questão das contas públicas.

É bastante óbvio que o Congresso e o presidente têm visões distintas sobre como equilibrar as contas. Não importa se os motivos são republicanos, ou apenas visam a manutenção de interesses bem organizados, o Congresso está longe de assumir o combate às distorções tributárias que sucessivos governos (e os parlamentares) instituíram de mãos dadas.

Nem está disposto a apoiar o governo no esforço de promover uma política fiscal apoiada sobretudo no aumento da receita. A contrário, impôs ao Executivo uma acachapante derrota na questão de compensação de desonerações.

A percepção de milhares de agentes econômicos, que se reflete no preço de ativos (como o dólar) é a de que os problemas de fundo não estão sendo atacados pelo sistema político em geral, e pelo presidente da República em particular. Ele demonstra um voluntarismo no trato de temas cruciais (como as contas públicas) típicos de um Rei Sol, mas sem força para resolvê-los e, como demonstram Congresso e Banco Central, a necessária autoridade política.

É ISSO... - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Recordar pessoas alegres nos ajuda a superar tristezas momentâneas.

Os maus exemplos alcançam crianças e jovens em plena formação de caráter.

Racionalizar o que é complexo. Esse é o desafio no futebol.

A política profissional não dá conta das grandes tarefas.

A grandeza da vida gira em torno da educação.

É preciso conhecer os caminhos e, principalmente, os atalhos.

A gratidão é a primeira virtude de um homem. Base para todas as demais.

Futebol é coletivo, mas a melhor tática é reunir os melhores talentos individuais.

Há pessoas que organizam a bondade com gentileza e sem alardes.

Os anos não passam, se atualizam.

O bebê é o símbolo da vida.

terça-feira, 18 de junho de 2024

Cônego Manoel de Araújo Feitosa - Por Robson Pereira Sales, colaborador.

Nasceu em Arneiroz no dia 08 de dezembro de 1886, sendo filho de Leonardo Alves Feitosa e D. Maria Jardilina de Araújo Feitosa.

Iniciou a sua vida estudantil em Canindé em 1900, passando a residir na capital cearense no ano de 1907, ordenando-se em 1912.

Somente em 1917 fixou residência no Crato, onde teve larga projeção no que refere-se à educação e imprensa.

Em 1941 recebeu provisão de vigário de Quixará, onde faleceu a 28 de Dezembro de 1945.

O bom povo quixaraense, que dele recebeu favores espirituais sem conta, quis que os restos mortais de seu pranteado pároco, repousassem no recinto da Igreja Matriz.

A sua trajetória espiritual junto ao povo de Quixará não iniciara-se em 1941. Anteriormente, de 1919 a 1925, atendia convites do povo do lugar, geralmente para celebrar o dia de finados e o Natal.

Com a nomeação de vigário em 1941, já gozava de profundas amizades perante os paroquianos, o que veio a solidificar a grande estima do povo para com o seu líder espiritual.

Foi um homem de “dotes espirituais extraordinários, memória privilegiada, sacerdote exemplar.”

Fonte - "Revista Eclesiástica Brasileira e A Ação”.

segunda-feira, 17 de junho de 2024

A melhor de Manoel Favela - Por Antonio Morais.

A  melhor de Manoel Favela.

Quando major Bento era delegado do Crato, era expressamente proibido fazer serenata.  

Pego em flagrante quebrava o violão na cabeça do seresteiro e o levava preso.

Uma bela madrugada, Manoel Favela fazia uma serenata com alguns amigos  quando se aproximou o Jeep da polícia. 

Todo mundo correu, só ficou Favela, não aguentava correr de tão bêbado!

O major Bento se aproximou e ordenou:

“Você do violão, me acompanhe”!

Favela! Diga o tom!

O resto, fica por conta dos leitores!

De sócio no galinheiro - Por Antonio Morais



José Vicente e Maria Lucinda moravam  numa casinha de taipa que ficava nas terras de João do Sapo. O casal era católico, mas de uma hora pra outra  se uniu aos evangélicos. Com isso  passou a receber  visitas e realizar reuniões na própria casa. Aumentando o consumo, pois,  fazia  semanalmente jantares fartos  para servir os chefes da igreja.

Chico André descobriu que  José Vicente estava de sócio  na sua criação de galinhas. Vigiou até  assistir um meio pratico de pegar galinha: Zé Vicente botava um caroço de milho num anzol e aguardava a galinha engoli. Em seguida puxava a linha e colocava a galinha  no bisaco, não se ouvia nem o cocoricó da ave.

José André, muito vivo,  derrubou a baraúna que servia de poleiro e improvisou um garajau de madeira feito sob medida e de proposito, encostou caia, bastava um vento que derrubava tudo e as galinhas esparramavam-se todas. 

Certa noite, Zé Vicente se aproximou do poleiro e, até podia ter agarrado uma galinha que estava no primeiro pau, mais que nada, foi escolher uma maior que estava  no andar superior. Foi tudo abaixo, José André acordou com a zoada, se aproximou e perguntou: O que é isto Zé Vicente? Ele respondeu na maior  candura do mundo: Serviço mal feito. 

A BARREIRA DO ADEUS - Por Vicente Almeida

Como escrever sobre Várzea Alegre é uma arte, cuja competência é daqueles que mais conhecem o cotidiano do município, no que se refere a sua gente, genealogia, atos, fatos e personagens folclóricas. Só mesmo um varzealegrense para dissecar o passado glorioso de personagens que fizeram época. E para isto, o Antonio Alves de Morais encabeça direitinho uma plêiade de colaboradores cheios de amor e orgulho pelo seu torrão natal, pedaço de chão, abençoado por São Raimundo Nonato. Desses colaboradores, procedem as mais belas histórias, contos, causos, poemas e poesias sobre o lugar.

Fiquei matutando sobre o que deveria escrever, qual seria a minha linha de postagens, Armando Rafael escreve sobre política e temas do império, que diga-se de passagem, é vidrado e exímio conhecedor da matéria. O Carlos Esmeraldo escreve também sobre política além de muitos contos sobre fatos históricos de sua vida, como exemplos de perseverança, amor e honradez juntamente com a Magali. e nesta parte suas narrativas são cheias de carinho. A gente sente isso. O Dihelson Mendonça, marca sua presença com temas jornalisticos, além de belas fotos e muitos causos do quotidiano, e ainda é o mantenedor da Rede Blog do Cariri. Temos a Claude Bloc, musa que nos delicia com a revelação de seus causos e dotes poéticos, além de fotográficos, que diga-se de passagem, é de tirar o folego.

Aparentemente isolado, estou eu tentando postar matérias diferentes das já em pauta diariamente. Procuro escrever sobre temas de cunho filosófico-educativo. A intenção é fazê-las um pouco mais duradouras na memória dos leitores, esperando que elas produzam bem estar e integração no convívio social.

A inspiração para escrever, não me vem na hora que quero. Ela chega sempre naturalmente e inesperadamente. As vezes quando estou a caminho para algum lugar. As vezes algo que vi ou uma conversa que ouvi, podem servir de tema para o meu pequeno conto. Então rapidamente faço uma anotação para lembrar o assunto que devo abordar ao escrever. Depois, em casa, começo a montar um texto e formatá-lo, até estar completamente pronto para publicação. Isto pode levar uma tarde ou vários dias.

A minha exigência maior, é comigo mesmo; Preciso escrever algo que valha a pena.

Gosto muuito de falar sobre Religiões, espiritismo, filosofia, astronomia, amor e fé, não para questionar, mas, para juntos nos ajudarmos a esclarecer pontos obscuros em nosso raciocínio. Meu tema favorito é o amor, e tudo que venha a escrever deve girar em torno disto, para que o leitor sinta-se honrado e não agredido.

Verdadeiramente não gosto de escrever sobre temas políticos, pois sempre envolvem corrupção, agressão e mal estar. Isto todo mundo já faz e me dá uma canseira enorme, por que sei que toda a discussão oriunda de questionamentos políticos resulta em zero benefício, é improfícua e trás mal estar para o lado oposto.

Mas, como estamos no Blog do Sanharol, o qual foi criado para dissecar a história de Várzea Alegre, devo dizer que Atualmente temos três datas de altíssimo significado histórico, na seqüência: Carnaval; Festa de São Raimundo Nonato; Encontro do povo Varzealegrense em São Bernardo do Campo no Estado de São Paulo.

Minha história começa aqui:

Várzea Alegre, é a única cidade do mundo que possui uma localidade denominada "A BARREIRA DO ADEUS" Dali partia o seu povo em triste despedida, demandando para as terras do sul, pressionados pelo desemprego e pela fome no século passado. Ali se registravam as maiores emoções, pois, o mesmo lugar era também o ponto de recepção dos que retornavam.

Emocionado por este fato de transcendental importância, e de pouco conhecimento dos atuais habitantes do lugar, manifestei a vontade de realizar uma viagem no tempo e visitar aquele lugar, em um dia de partida.

Pedi ajuda ao Inventor Maluco para nos levar em seu "Túnel do Tempo" até um desses momentos de despedida. Já viajei com ele exatamente para Várzea Alegre até o ano 2110, onde obtivemos muitas informações sobre o Blog do Sanharol daqui há cem anos.

Ele concordou em nos levar. E como a Klébia Fiúza havia solicitado um ingresso para a nossa próxima viagem, solicitei que passasse lá em Portugal e a trouxesse, pois ela já estava avisada. Aqui chegando, embarcamos os três e foi só dar a partida, instantes depois, estacionamos em meados do século XX. Devo esclarecer que uma viajem no Túnel do Tempo tem a mesma velocidade do pensamento. Pense lá, e lá você estará.

Assim num vapt vupt chegamos. Estamos posicionados exatamente na "Barreira do Adeus". É um ponto empoeirado a margem da estrada, quase deserta ainda, entre as residências de João do Sapo e Zé de Ana. Identificamos as casas por que o Morais havia falado sobre seus proprietários.

Observamos que muita gente se aglomera, parecendo um dia de domingo festivo. Mas, o que vemos, é pranto e emoção. Os retirantes estão vestidos conforme suas posses, mas com vestimentas limpinhas e em sua mão uma pequena maleta ou um matulão, contendo seus únicos pertences.

Não pudemos ver o conteúdo, mas, imaginamos: uma ou duas mudas de roupa, uma escova, uma rede com lençol e na cabeça uma idéia fixa: Ganhar dinheiro no sul e vir buscar a família.

Seus familiares que ficavam: Estampavam no rosto uma grande amargura, chamada saudade antecipada, algumas mulheres em adiantada gestação, e seu olhar demonstrando profundo sofrimento, o rosto inchado, e as lágrimas não cessavam de cair de quatro em quatro, e de quebra há ainda o filhinho em seus braços, de mãos estendidas reclamando o terno abraço do pai, como a gritar "Papai não nos abandone".

Estamos vendo também muitas mães, chorando abraçadas aos filhos ainda menores de idade que também irão partir. Elas parecem pretender transformar aquele momento, em uma eternidade, mas, infelizmente, o caminhão Pau de Arara, buzina ao longe e aponta na curva da estrada, e se aproxima.

HORA DO ADEUS. Agora estamos observando os retirantes procurando sua acomodação nos duros bancos daquele coletivo primitivo coberto pela poeira da estrada. A única coisa equilibrada entre os que ficam e os que vão é que todos estão de coração partido, com exceção dos casais que deixam a terra natal juntos.

O caminhão engata a marcha de partida e vai saindo de mansinho. O choro aumenta, e gritos desesperados das crianças retumbam, são dezenas de mãos de mães, esposas e filhos aflitos, acenando com o olhar fixo naquela maquina que para longe está levando parte de seus corações.

Agora o caminhão já se aproxima da curva para desaparecer em definitivo... Já não o vemos mais. Eles levariam algumas semanas para chegar ao destino.

A Klébia Fiúza, atenta a todos os detalhes e sendo, ela de Várzea Alegre do futuro, ficou emocionada demais e chorou. Tive que ampará-la e esclarecer que aquela cena, havia passado a mais de 50 anos. Mas, ela me chamou a atenção também para outro detalhe. Pedindo que eu observasse atentamente um casal de jovens enamorados que tinham uma incrível semelhança com ela, e me sussurrou: Vicente Almeida, esse casal ali, parece demais comigo, puuuxa vida.

Olhei com um olhar perscrutador e deduzi que provavelmente, seriam eles seus pais no futuro, pois, ela possuía as feições misturadas de um e de outro.

Após nossas observações retornamos e estamos aqui narrando os fatos. Maiores detalhes poderão ser fornecidos pela Klébia que conhecia muuito bem o lugar. Eu estava lá, mais como olheiro e pesquisador.

Em outras viagens no túnel do tempo, ficamos sabendo que essas partidas ocorreram muitas vezes daquele mesmo lugar, e com as mesmas características. Entretanto os últimos retirantes já viajavam com certo conforto em um transporte denominado sôpa. Era um caminhão, cuja carroceria foi substituída por uma grande boléia de aço toda fechada, com bancos alcochoados e muito confortáveis para a época. Foi o antecessor do ônibus.

Em São Paulo, uma cidade chamada São Bernardo do Campo, despontava para a indústria automotiva e cada grupo que chegava tinha emprego garantido. Hoje há mais de quinze mil varzealegrenses lá. Mas, isto será tema para outra história.

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Crédito desta postagem para Antonio Alves de Morais que, em 5/12/2010 postou "O Adeus da Barreira". Naquele dia, li e fiquei emocionado, e me prometi fazer um pequeno conto sobre o fato. Naquele lugar devia haver um monumento em homenagem a bravura daquela gente.

Dedico este trabalho a todos os varzealegrenses espalhados por este belo planeta, e com especial carinho a todos os colaboradores deste Blog, varzealegrense ou não.

Escrito por: Vicente Almeida

domingo, 16 de junho de 2024

VIVENDO E APRENDENDO - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.ç

Não tive formação teórica em nada. Bem ou mau, aprendi as coisas fazendo.

Deixaram que eu usasse o microfone e fui falando. Lendo ou improvisando.

Quando menino, operador da Amplificadora Cratense, deixei o áudio ligado, baixei o som da música e anunciei a hora certa.

Para meu azar, o gerente Donizetti Sobreira ouviu numa das bocas espalhadas pela cidade do Crato.

Retornando aos estúdios da Praca da Sé, Donizetti foi curto e grosso: "Da próxima vez que você usar o microfone, lhe boto pra fora".

Sem dúvidas, um grande "incentivo". Minha voz era de 'bebê de macumba", como diria um certo Nelson.

Escrever para o extinto jornal Tribuna do Ceará (era correspondente em Juazeiro do Norte) foi outra dura batalha.

Hoje, revendo alguns textos escritos, não sei como publicaram. 

Só que, lá pelos anos 70, fundei com companheiros da imprensa esportiva juazeirense um jornal: o Leia Esporte.

Produzi longos comentários e procurei escrever como falava ao microfone.

Com o tempo, saquei certas coisas nessa difícil arte. Por exemplo: hoje, a muito custo, estão lendo textos curtos e isolando os textões.

Procuro sempre dar uma enxugada nos que cometo.

Se a felicidade chega, também, quando a gente vai aprendendo e fazendo aquilo que gosta, não posso reclamar.

Na minha improvisada jornada de cronista, tem sido assim.

"Se me fecham as saídas, saio pelas entradas". Carlito Maia, publicitário.

sábado, 15 de junho de 2024

Manuel Favela - Por Antonio Morais.

Manuel Favela chegou num samba, encontrou um amigo  e perguntou : Você pode completar o dinheiro de uma cerveja pra mim?  Na época a cerveja era 1,50.  O camarada perguntou quanto está faltando e o Manuel  lascou : 1,50.

Tinha  três mulheres em pé, escoradas na parede. Manuel  se dirigiu a primeira :  Você me dá o prazer de uma dança comigo?  Eu não danço com homem: Manuel, deu mesmo certo eu também não. Convidou a segunda : Não, eu sou noiva. Manuel, eu convidei para dançar, não foi para casar.  A terceira aceitou.  A mulher tinha uma perna mais curta do que a outra. Saíram dançando igual dois papagaios  andando  em arreia quente.

A mulher tinha um mal hálito condenado, não tinha cristão que resistisse o bafo. Manuel perguntou : Você tem algum problema na boca? A mulher respondeu : Botei uma ponte nova... Manuel emendou, pois tenha cuidado que os meninos estão cagando debaixo.

sexta-feira, 14 de junho de 2024

CAMINHANDO, SEGUINDO A LIÇÃO E COMUNICANDO QUE.. - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

O Brasil é a peneira do narcotráfico na América do Sul.

A burrice anda mais rápido que a inteligência.

Absolve-se pelas filigranas jurídicas a corrupção praticada.

Antes, discutia-se o erro do árbitro. Agora, se discute o equívoco do VAR.

Deixamos escapar a bondade que nos foi dada.

É preciso amar o futebol acima dos resultados. O placar só não basta.

Se o artista não é complexo, não é artista.

São humanos os tesouros da vida real.

Os clássicos nunca saem de moda.

A guerra não enobrece o homem.

quinta-feira, 13 de junho de 2024

Foi verdade - Por Antonio Morais.

 

"Até então eu não tinha notado que estava envelhecendo. Certo dia de Domingo acomodei os netos no carro e fomos visitar a estátua de meu padrinho Cicero, no Horto.

O carro ainda podia chegar até na pracinha que circundava o monumento. Quando o veículos se aproximou da subida perto da escadaria, investiram contra nós: vendedores de velas, de terços, de santinhos, fotografos, cantadores de bendidos e outros.

Os netos se apavoraram, fiz o retorno e iniciei a fuga "cantando pneus". 

Quando passei em frente da casa de um vendedor de fogos, que estava na calçada, ele sapecou:

Eita veinho escroto!

Aí me dei conta da realidade".

A GRANA MASTER DO FUTEBOL - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Pintou laranjal no patrocínio master do Corinthians.

O negócio "gorou".

O rolo é feio. Time de primeira com dirigentes de terceira. 

Dinheiro muito é chamariz para os espertos. 

No caso brasileiro, para os mais espertos.

E o pior: é como se o dinheiro fosse retalhado por magarefes.

Antes das receitas fartas, ser dirigente de clube era coisa de abnegados.

"Nem tanto", rebatem.

A cor do dinheiro é uma festa para os olhos. "Tá assim de gavião".

Incompetência somada a coisas nada republicanas.

O torcedor "vai de besta", neste vendaval.

Por cima e por baixo do pano, não é a bola do jogo que rola. 

O Corinthians deve mais de R$ 2 bilhões e caminha célere para a segunda divisão.

Deus salve o futebol!

Para alegria de todos nós.

quarta-feira, 12 de junho de 2024

Manuel Favela e Zé de Bárbara - Por Antonio Morais.

Manuel Favela e Zé de Bárbara duas personalidades prestimosas do Crato.

Manuel Favela viajou a Fortaleza na esperança de conseguir emprego e melhorar de vida. Não foi bem sucedido. Em pouco tempo se viu sem dinheiro para o sustento e sem condições de voltar ao Crato.

Nas suas andanças encontrou outro cratense, o Zé de Bárbara. Ficou muito feliz na certeza que iria conseguir pelo menos uma passagem de volta.

Mais que nada, a situação do amigo era semelhante a sua. 

Mas, Zé de Barbara era engenhoso e teve uma ideia genial: Manuel eu não tenho dinheiro, mas eu tenho um par de algemas e se você aceitar eu ponho as algemas em você e vai facilitar nossa viagem para o Crato.

Manuel não titubiou. Aceitou a proposta foi algemado e partiram para a estação de trem e de lá para o  Crato . 

Nas paradas do trem Zé de Barbara avisava para os arrendatários do refeitório : Sirvam muita comida, sirvam do bom e do melhor a esse homem, ele é muito perigoso. 

Se não fizerem tudo como ele deseja quando ele se soltar vem prestar contas com quem fez algum mal pra ele.   


Romantismo, flores e serenatas - Por Antonio Morais.

A história do rádio na cidade do Crato passa por uma imensidão de figuras importantes. Pelas Rádios Araripe do Crato, a pioneira e Rádio Educadora do Cariri.

Personagens como Pedro Norões, José Correia Filho, Wilson Machado e Eloi Teles se reversavam em colaboração artística para o bom desempenho das emissoras. 

Hoje, eu quero lembrar de um grande apresentador que marcou muito a vida dos jovens e do público ouvinte da região, naquela época de ouro do rádio, década de 60 inicio de 70.

Trata-se do "disk joquei e apresentador" Carlos Alberto de Miranda, na foto com o cronista esportivo, apresentador e escritor Wilton Bezerra. 

Como eu, ele era um fã de carteirinha do Jerry Adriane, e, por essa razão eu o admirava muito. 

Tinha vários horários na Rádio Araripe, lembro-me bem o das 8.00hs às 10hs da noite.

Falecido há pouco tempo. 

terça-feira, 11 de junho de 2024

O tempo - Por Antonio Morais.

Não se engane o tempo é implacável. Se esvai, não volta nunca mais e passa para todos nós.

Outro dia, fiz uma consulta com uma dentista, em Fortaleza. Não lembrava pelo nome que havíamos sido minha colega no Colégio Estadual Wilson Gonçalves, em Crato. 

Mas quando entrei no consultório a reconheci na foto de formatura na parede.

45 anos depois, ao entrar no gabinete de trabalho, vi uma ex-colega irreconhecível, na minha avaliação acabada, decadente, derrubada como se costuma falar na Rajalegue.

O fato é que ela não me reconheceu também. Quando sentei na cadeira para fazer o procedimento, perguntei : Doutora, você foi do meu tempo de escola no Estadual Wilson Gonçalves?

Ela respondeu com outra pergunta: O senhor era professor de que mesmo?

Então, percebi que era chegado o tempo de avaliar-me melhor.

Generosidade - Por Antonio Morais.

Eu escutei minha mãe pedindo aos vizinhos um pouco de sal. Nós tinhamos sal em casa, então perguntei a ela o porque que estava pedindo.

Ela me contou que eles não tem muitos recursos e, às vezes, eles nos pedem algumas coisas, então eu peço algo pequeno que não irá sobrecarregá-los.

Eu quero que eles se sintam como se a gente precisasse deles também. 

Dessa forma vai ser muito mais fácil para eles pedirem para nós por algo que precisam.

segunda-feira, 10 de junho de 2024

O NORDESTE É DO FORTALEZA - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.



Foi um sufoco, mas o Fortaleza saiu do Rei Pelé, em Maceió, com o tricampeonato da Copa do Nordeste.
Jogo franco, intenso, que mereceu até ser mexido no placar.
Lucero, pelo Fortaleza, e Anselmo Ramon, pelo CRB,  tiveram as mais claras  chances de gol, entre as existentes da primeira fase.
Equilíbrio no meio-campo, alas mais dedicados à marcação e um certo sacrifício para os homens de área por parte das duas equipes.
O placar igual refletiu esses aspectos do jogo.
Na segunda fase, a vida do Fortaleza se complicou seriamente. 
Passados uns 12 minutos, o CRB fez entrar João Neto e Mike. Recuou João Pedro, meia, para posição de Falcão, jogador de marcação.
Muito mais do que essas modificações, o time alagoano partiu para cima do Fortaleza, com uma fúria incontrolável.
Tirou a bola do time do Vojvoda e, simplesmente, engoliu o tricolor.
Foi como se o leão tivesse sido abduzido.
Linhas adiantadas, pressão permanente e uma posse de bola absurdamente maior, levaram o CRB a marcar duas vezes, com João Neto.
Entre um gol e outro, Gegê ainda acertou uma bola na trave de João Ricardo.
O Fortaleza andou perto de não ir para decisão por penalidades.
Achei, inclusive, que juntando as duas partidas, o CRB jogou melhor. Principalmente, pelo segundo tempo no Rei Pelé.
No jogo, o destaque maior foi para João Pedro, do CRB. Esbanjou categoria.
No Fortaleza, Hércules, pelo primeiro tempo.
Já estava na hora do leão interromper a sequência de  perdas.
Pelo que custa, a equipe do Pici não está projetada para, apenas, fazer o possível, mas para vencer, conquistar. 

Centenário de nascimento - Por Antônio Morais.


1924 foi um ano de "bençãos" para o Crato.  Em 27 de Maio nascia na cidade de Jardim Monsenhor Rubens Gondim Lóssio, em 10.06 nascia o professor Agnelo de Paula Damasceno e em 21 de Setembro nascia em Várzea-Alegre Manuel Batista Vieira, nosso querido Vieirinha.

Já cumpri o meu dever de reconhecimento e gratidão ao Monsenhor Rubens, hoje  trago minha saudação especial ao professor Agnelo e farei  no dia 21 de Setembro  o meu mais sincero agradecimento  ao Professor Vieira.

Na minha vida de estudante nunca gostei de matemática. Como aluno do professor Agnelo passei a gostar.  Ele tinha  uma maneira toda sua de ensinar.  Se vivo fosse estaria  fazendo o seu  centenário de nascimento. 

Na minha avaliação o professor Agnelo era a medida padrão da honradez, decência, honestidade, da amizade e da solidariedade. 

Deixou um legado de exemplos seguido pela família, legado esse que  merece ser seguidos  por todos. 

Saudades do meu professor.

Onde se perdeu o humor do Cratense? - Por Antonio Morais.

O Crato era uma cidade muito rica de humor. A coletãnia de pessoas bem humoradas era infinita. Infelizmente faz parte de um passado que as pessoas querem esquecer.

O que dizer de Zumba, o barbeiro? Pai do José, o sacristão! Foto do Pachelli Jamacaru. 

Um desconhecido que tinha um só braço, se achegou na barbearia, sentou na cadeira do Zumba e falou : A barba por favor!

Zumba ensabuou o rosto do homem, e ao começar o serviço entrou uma pessoa que chamou sua atenção.

Distraído, num movimento brusco cortou parte da pele do cliente.

Para descontrair o freguês perguntou : O senhor já esteve aqui antes? 

Não, esse braço eu perdi num acidente de trem em Piquer Carneiro.

domingo, 9 de junho de 2024

CONTEMPLAÇÃO - Por Wilton Bezerra, comentarists generalista.

 


Anoto frases ou palavras e, daqui a pouco, elas se encaixam em assunto que está na minha cabeça.

Chego a duvidar que certos  escritos são meus.

Contemplação. Isso aí. Percebo que as pessoas não têm tempo para contemplar a vida, a natureza.

Fico a pensar se, realmente, isso se dá por falta de tempo. 

De fato, no vai e vem diário, as pessoas não se dão conta do que acontece em seu redor.

Parecem marchar, compulsivamente, para lugar nenhum. 

Quando param, veem o Mundo através de uma tela de celular. Se comunicam, muitas vezes, com quem nunca vão conhecer.

O vexame do caminhante o impede de escutar o som da música produzida pelas folhas ao vento.

Não falo nem de uma impossibilidade: ouvir o farfalhar das árvores e o berro do bezerro.

Nós precisamos ver além da nuvens cinzentas. É necessário contemplar a paisagem.

Desligar o celular e ligar a vida.

Reconheço que esta croniqueta está mais para "pílulas de vida".

sábado, 8 de junho de 2024

Agostino Balmes Odísio o italiano que embelezou as cidades do Cariri - Postagem do Antonio Morais.

Monumento a Cristo Rei, no centro de Crato.

Italiano de nascimento, Agostinho Balmes Odísio foi um escultor e arquiteto que viveu seis anos no Cariri, entre 1934 e 1940. Neste curto espaço de tempo, ele foi autor de bom número de obras de arte implantadas no Cariri, sendo a mais conhecida a Coluna da Hora, com 29 metros de altura, encimada pela estátua do Cristo Redentor, com seis metros — totalizando 35 metros — ainda hoje considerada o ícone da cidade de Crato.

Coluna da Hora, na Praça Padre Cícero em Juazeiro do Norte.

Agostinho Balmes nasceu em 1881, em Turim, norte da Itália, e formou-se pela Escola de Belas Artes daquela cidade. Na infância, foi aluno da Escola Profissional Domingos Sávio, mantida por São João Bosco. Em 1912, ele esculpiu um busto do Rei da Itália, Vito Emanuel II, conquistando o 1º lugar numa disputa por uma bolsa de estudo em Paris. Na Capital francesa, foi discípulo de August Rodin, considerado, ainda hoje, o maior escultor contemporâneo. Em 1913, com 32 anos de idade, Agostinho Odísio resolveu emigrar para a Argentina, onde residia um irmão dele. Entretanto, por motivos ignorados, desembarcou no Porto de Santos, em São Paulo e permaneceu no Brasil até sua morte.

Durante 20 anos, produziu dezenas de obras de arte nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Em 1934, devido a problemas de saúde, foi aconselhado a residir no Nordeste, por causa do clima quente da região. Por acaso, leu na imprensa sobre a morte do Padre Cícero e, vislumbrando oportunidade de negócios – por conta da religiosidade da cidade – veio para Juazeiro do Norte, onde residiu até 1940.

Agostinho Balmes foi também responsável pelo projeto do Palácio Episcopal de Crato, e da Coluna da Hora, na Praça Padre Cícero, bem como da ampla reforma da Basílica Menor de Nossa Senhora das Dores, ambas localizadas  em Juazeiro do Norte. 

São dele os diversos projetos de reforma de Igrejas e altares do Cariri, com destaque para as fachadas da igrejas-matriz de Milagres e Missão Velha.

Texto do Armando Lopes Rafael.

AÍ É NEYMAR! - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Neymar é incorrigível. 

Um "pobre menino" rico.

Burla lei, quer privatizar praias, se abespinha com torcedor e, se pudesse, enfiaria sapato na boca de uma mulher.

Já aprontou poucas e boas na sua trajetória. Tem algumas peripécias que não se coadunam com sua imagem profissional.

Que imagem coisa nenhuma. O importante é "causar".

O que não falta é apoio, consentimento. Afinal, não é pequena a rede de parças e bajuladores espalhada pelo Mundo.

A croniqueta para por aqui. Teríamos um texto mais longo e prazeroso se o assunto fosse "Neymar, o craque".

Mas, como sabem, o jogador está, como se dizia antigamente, no "estaleiro". 

Não joga, há bastante tempo.

sexta-feira, 7 de junho de 2024

Caminho - Por Antônio Morais


Não sei se estou perto ou longe demais, se peguei o rumo certo ou errado. Sei apenas que sigo em frente, vivendo dias iguais de forma diferente.

Já não caminho mais sozinho, levo comigo cada recordação, cada vivência, cada ensinamento, cada lição.

E mesmo que tudo não ande da forma que gostaria, saber que já não sou o mesmo de ontem me faz perceber que tudo valeu a pena.

Croniqueta - Por Antônio Morais.

Às vezes precisamos abandonar a vida que havíamos planejado, porque já não somos mais a pessoa que fez aqueles planos.

Feliz daquele que desistiu de mudar os outros, e começou a gastar o seu tempo lapidando a si mesmo.

Seja você mesmo, os outros já existem.

O amor nasce e morre por pequenos detalhes - Por Antonio Morais.

Há muitas formas de demonstrar o amor. Dizer é a mais rarefeita, agir a mais sólida.

O amor nasce de pequenos detalhes e morre pela ausência deles.

O amor não é essa coisa bonita que muitos falam, é essa coisa que poucos praticam.

Jamais - Por Antonio Morais.

Nunca responda quando você estiver com raiva! 

Nunca faça uma promessa quando você estiver feliz!

Nunca tome uma decisão quando você estiver triste!

Nunca faça aquilo que você não possa dizer como fez!

O TEMPO - Por Antônio Morais


Não se engane o tempo é implacável. Se esvai, não volta nunca mais e passa para todos nós.

Outro dia, fiz uma consulta com uma dentista. Não lembrava que havíamos sido colegas de Colégio Estadual Wilson Gonçalves, mas quando cheguei ao consultório a reconheci na foto de formatura na parede.

45 anos depois, ao entrar no gabinete de trabalho, vi uma ex-colega irreconhecível, na minha avaliação acabada, decadente, derrubada como se costuma falar na Rajalegue.

O fato é que ela não me reconheceu também. Quando sentei na cadeira para fazer o procedimento, perguntei : doutora, você é do meu tempo de escola no Estadual Wilson Gonçalves?

Ela respondeu com outra pergunta: O senhor era professor de que mesmo?

Então percebi que era chegado o tempo  de avaliar-me  melhor.

Croniqueta - Por Antônio Morais.


Vejo muitos pais querendo dar para os filhos tudo aquilo que não tiveram na infância, mas esquecendo de dar o principal que receberam de seus pais : educação, limites e valores.

Por essa razão, e, não por outra, vemos tantos filhos defendendo e utilizando-se da prática de maus costumes nunca vistas em seus avós.

Igreja - Por Dom Henrique Soares.

 

Nunca ame a igreja por causa da igreja. Eu não amo a igreja pela igreja. Se eu a amasse assim, já a teria deixado.

Eu amo a igreja por causa de Cristo, porque ela é de Cristo, Ele a fundou e está presente nela.

Dom Henrique Soares.

Sacerdotes Católicos que ficaram no imaginário popular do Cariri - Por Armando Lopes Rafael.

Monsenhor Pedro Rocha - O Apóstolo da Caridade


   Humilde de origem, pois filho de um modesto ferroviário da extinta Rede de Viação Cearense, Monsenhor Pedro Rocha de Oliveira ocupa lugar na história da Diocese de Crato, como um dos seus mais valorosos sacerdotes. Um homem vocacionado por Deus para a missão de educar e servir aos semelhantes. Foi ordenado presbítero com 23 anos e seis meses de idade. Viveu apenas 57 anos, 34 dos quais exercendo um profícuo ministério sacerdotal. Tão logo foi ordenado, Monsenhor Rocha passou a lecionar no Seminário São José, o que fez por seis anos, findos os quais assumiu o cargo de reitor dessa instituição, ali permanecendo por mais 15 anos. Mas suas atividades não se limitavam só a isso.

      Mons. Rocha foi, por 24 anos, Provedor do Hospital São Francisco de Assis. E, nos seus últimos 12 anos de sua vida, residiu no próprio hospital. Por essa atividade ficou conhecido como “O Apóstolo da Caridade”. Simultaneamente, foi jornalista e diretor do jornal “A Ação”, órgão oficial da Diocese de Crato; orientador espiritual da Liga Feminina da Ação Católica; radialista, produtor e apresentador do programa “Consultório da Família”, levado ao ar pelas emissoras de rádio da cidade de Crato. Foi Diretor Diocesano da Obra de Vocações Sacerdotais, entidade responsável pelo financiamento dos estudos de muitos sacerdotes. Sem falar que sempre foi muito requisitado para pregar retiros espirituais.

    Um dos maiores oradores sacros do Sul do Ceará, Monsenhor Rocha era um líder entre seus colegas de sacerdócio. A muitos desses seus irmãos de ministério amparou, na velhice, dando assim o testemunho de um coração misericordioso e solidário. Vários dos pavilhões existentes no Hospital São Francisco foram por ele construídos. Possuía um espírito prático, sendo reconhecido como administrador competente e criterioso.
Certa feita, recebeu uma verba da entidade católica alemã Miserior, destinada à reforma e melhoramentos no Hospital São Francisco. Ao término das obras e como sobrara certa importância do dinheiro recebido, devolveu à instituição doadora essa sobra. Dos alemães, que vieram fiscalizar a aplicação da obra ficou este testemunho:
Trata-se de caso único, na história da Miserior.

     Monsenhor Murilo de Sá Barreto assim se referiu a Monsenhor Rocha, seu antigo mestre:
“Era um Reitor amigo, educador coerente, conselheiro paciente, conferencista polivalente, iniciador da Ação Católica nesta diocese, acolhedor dos pobres e dos simples, tanto no Seminário como no Hospital, tanto no confessionário como nas conversas informais de orientação”.

     Sobre Monsenhor Pedro Rocha de Oliveira assim escreveu Monsenhor Montenegro, no livro "O Apóstolo da Caridade":
“Monsenhor Rocha era um homem simples, modesto, Sacerdote modelo. Um Santo. Simples como Deus o fez, e a vida não conseguiu jamais desfazer. Era um mesmo para todos. E, no entanto, cada um o sentia como se fosse diferente para cada um. O segredo daquele imenso afeto que todos lhe dedicaram, o segredo do prestígio incomparável que adquiriu, em toda a sua vida, estava em ter vivido não para si, mas para os outros, em Deus e por Deus, no próximo, como um Santo Sacerdote, filho dessa Igreja que ele amava apaixonadamente, até o seu último alento”.


Texto e postagem de Armando Lopes Rafael