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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quinta-feira, 20 de junho de 2024

Sem controlar imbróglio político, Lula perde autoridade para ditar rumos do País - Por William Waack.

Depois da decisão unânime do BC em manter inalterada a taxa Selic, Lula ficou sendo ‘os juros sou eu’.

No discurso na posse da nova presidente da Petrobras e na entrevista que deu para emparedar o Banco Central, o presidente Lula se apresentou como uma espécie de Luís XIV (aquele rei francês de “o Estado sou eu”) da economia brasileira. Depois da decisão unânime do BC em manter inalterada a taxa Selic, Lula ficou sendo “os juros sou eu”.

O monarca francês de fato mandava, mas Lula ainda não encontrou a rota para superar dois conhecidos problemas que o tornam impotente. Um deles é a alteração da relação de forças entre Legislativo e Executivo. O outro é o peso da questão das contas públicas.

Ambos estão intimamente ligados. O chefe do Executivo no Brasil perdeu parte relevante da capacidade de alocar recursos via Orçamento. Tornado ainda mais engessado por medidas que o atual governo adotou para lidar com a questão das contas públicas.

É bastante óbvio que o Congresso e o presidente têm visões distintas sobre como equilibrar as contas. Não importa se os motivos são republicanos, ou apenas visam a manutenção de interesses bem organizados, o Congresso está longe de assumir o combate às distorções tributárias que sucessivos governos (e os parlamentares) instituíram de mãos dadas.

Nem está disposto a apoiar o governo no esforço de promover uma política fiscal apoiada sobretudo no aumento da receita. A contrário, impôs ao Executivo uma acachapante derrota na questão de compensação de desonerações.

A percepção de milhares de agentes econômicos, que se reflete no preço de ativos (como o dólar) é a de que os problemas de fundo não estão sendo atacados pelo sistema político em geral, e pelo presidente da República em particular. Ele demonstra um voluntarismo no trato de temas cruciais (como as contas públicas) típicos de um Rei Sol, mas sem força para resolvê-los e, como demonstram Congresso e Banco Central, a necessária autoridade política.

2 comentários:

  1. No primeiro mandato "Lula entrou pobre num pais rico, e saiu rico de um pais pobre". A sorte dele nas criticas que faz a lava jato é que o povo brasileiro é lesado e tolo.

    Todo leigo sabe que o Lula foi preso por decisão dos tribunais. Ele quer que acreditem que foi o Sergio Moro que o prendeu.

    Para os juízes do STF que autorizaram a prisão e anularam depois, muito mais fácil teria sido impedir.

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  2. Já passaram dois anos que foi eleito. O discurso piedoso, mentiroso e chorão perdeu a validade, já não causa mais efeito.

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