José Odmar Correia, funcionário da Coletoria Estadual de Várzea Alegre, não trocava um pirão de corredor de boi por nada desse mundo.
Toda sexta-feira ele mandava Zé Belo comprar sem dizer que era pra ele, porque o corredor era vendido para as pessoas de poder aquisitivo menor.
Dona Balbina cozinhava o corredor, mas, na hora de bater o osso para extrair o tutano, quando não se cortava quebrava o prato. Era assim toda sexta-feira. Já bastante incomodada com aquela situação, resolveu falar para o esposo : Zé Odmar, tá bom de você acabar com esse negócio de pirão, porque se não daqui a pouco eu estou sem dedos e a casa sem pratos.
Então, vamos fazer o seguinte: Como eu gosto muito, você cozinha e quando for pra bater o osso, você manda um dos meninos lá na coletoria que eu venho. Mas, diga a ele que seja discreto, que eu não quero que ninguém fique sabendo que eu como pirão de corredor. Mande ele fazer um sinal, que eu já fico sabendo.
Na sexta-feira quando o corredor cozinhou a esposa mandou seu filho Aldenízio : Vá meu filho. Chegue lá faça um sinal que seu pai vem bater o osso. Aldenízio saiu pela rua Major Joaquim Alves quando chegou no bar de Nego de Aninha, viu o seu pai na porta da coletoria conversando com: Luís Proto, Raimundo Silvino e Bernardo Mariano.
Antes que Zé Odmar notasse a presença do filho, ele gritou : Pai. Pai. Ou Pai!
Com aquele barulho do menino, todos olharam em sua direção. Aldenízio bateu com a mão direita aberta, sobre a esquerda fechada por três vezes dizendo : Mamãe disse que fosse, que já tá na hora.
Fonte José Odmar Correia.
O Aldenizio era muito bom de recado. E melhor ainda para deixar um numa saia justa.
ResponderExcluirKkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkklll impossível saber, qual.mais gostoso, o prato ou a leitura..........
ExcluirEita história das boas da Raja alegre. Zé odmar era um gozador de primeira e tia balbina não ficava muito atrás. O Aldenízio então é o que mais herdou da memória fabulosa do velho vicente Vieira. poeta de fino trato, um mestre na contação de potocas e um bo~emio Mundim que me fez aflorar tantas lembranças doces.
ResponderExcluirO Aldenisio foi meu colega no Educandario Santa Inez. Nem assistia as aulas nem deixava os colegas assistir. Mas só tirava dez, nunca vi tão inteligente. Onde tu andas amigo dê noticias!
ResponderExcluirEsteve por aqui a 15 dias, um endiabrado deste, aluno da URCA/Juazeiro, participando de um evento, promovido pela UFPB. Ficou amizade para sempre kkkkkkkkkkkkkk
ExcluirSamoel Holanda (Senhor da Padaria), também gostava muito de corredor de boi. Certa vez seu filho Dr. Carlos Holanda chegou para almoçar e Senhor estava com uma marreta batendo num grande osso para sair o tutano. ao ver aqueles tutanos, Dr. Carlos com cara de nojo falou assim: eu não acredito que papai tenha coragem de comer isto! Senhor , na maior tranquilidade respondeu: você acha que se eu não fosse comer eu estaria tendo este trabalho todo?
ResponderExcluirEsqueci de me identificar nesta história.
ExcluirAldenizio é um grande poeta. Anda meik simido.
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