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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 6 de junho de 2021

NÃO ME ENGANEM QUE EU NÃO GOSTO - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

O futebol que os torcedores comentam e debatem após as partidas nunca é aquele que, de fato, aconteceu no estádio.

Claro, são emoções narradas com o coração e não com a memória.

Como se isso não bastasse, treinadores e jogadores nas tradicionais entrevistas de meio tempo e final de jogo, geralmente fazem leituras de um jogo que só eles viram.

Infelizmente temos observado que, ultimamente, grande parte da mídia esportiva tem contribuído com este simulacro no sentido, talvez, de manter o produto futebol em pé por cima de pau e pedras.

Dá para desconfiar de algo por trás disso.

Principalmente os comentaristas de resultados (olha eles aí), lançam mão de combos destinados a “pedalar” análises de atuação de treinadores e rendimento de jogadores.

Meus ouvidos estão treinados para eles.

São comentários de gaveta para os três resultados de um jogo, comparados a um receituário adredemente preparado para sintomas da doença, ou mesmo a um padrão de petição de advogados.

Um jogador que tenha tido uma razoável atuação diante de um fraco adversário, recebe fartos elogios sem que retribua com bom futebol o que lhe pagam.

No caso dos treinadores, há uma necessidade de criar, num passe de mágica, revolucionários da prancheta, gênios das “novas formas táticas”.

Diarreias verbais.

Não procurem me enganar que eu não gosto disso.

2 comentários:

  1. O Brasil é o pais da enganação, do ludibrio e da mentira. O mal exemplo vem de cima. Veja o que o FHC falou para o Lula : "Se quisermos implantar o socialismo no Brasil, precisamos fingir que nos opomos, que somos contrário um ao outro.

    Quem não quiser votar em você, votará em mim, e vice-versa".

    Dois canalhas, dois pilantras que governaram por 16 anos essa republiqueta de meia pataca.

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  2. No segmento esportes competitivos a coisa segue o mesmo exemplo do meu comentário anterior. Costumamos ver um jogo e o narrador narrando outro, e, o mesmo acontece com os milhares de comentaristas jovens espalhados por todo o pais. O ajeitado é grande.

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