Ex-senadora é vista como ameaça por sua independência e histórico de confronto com Lula, Marina e a cúpula da esquerda
A esquerda enfrenta mais uma crise interna, agora protagonizada pelo PSOL e sua federação com a Rede Sustentabilidade. A possível cassação do mandato do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ), acendeu o alerta no partido — não pela eventual perda de um de seus quadros mais radicais, mas pelo risco de ver a ex-senadora Heloísa Helena (Rede-RJ) assumir a vaga.
Reconhecida por sua postura combativa e crítica ao governo Lula (PT), Heloísa é vista como uma ameaça à coesão da esquerda parlamentar, especialmente num momento em que o governo do PT mal consegue reunir os votos necessários para aprovar seus projetos.
A ex-senadora, que já rompeu com o PT por discordar das reformas e dos escândalos de corrupção ainda nos anos 2000, é tratada com desconfiança por dirigentes da própria federação que ajudou a eleger.
Interlocutores do PSOL e do PT apontaram descontentamento à Folha de S.Paulo diante da possibilidade de Heloísa entrar em cena. Sua atuação independente, aliada ao histórico de confrontos com lideranças, pode atrapalhar os planos de Lula e de sua base para manter o controle político no Congresso.
A ex-senadora tem histórico de conflitos internos em todos os partidos pelos quais passou. Foi expulsa do PT em 2003 após votar contra a reforma da Previdência proposta por Lula, fundou o PSOL, de onde saiu em 2015 justamente por considerar que o partido havia se rendido à proteção do PT em meio ao processo de impeachment da petista e ex-presidente Dilma Rousseff.
Na Rede, já bateu de frente com Marina Silva e recentemente desbancou o candidato apoiado pela ministra na eleição interna do partido.
ResponderExcluirSão muito diferentes Heloíza Helena independente e convicta. Marina Silva, subserviente, vendida acostumada a viver do dinheiro publico. Pisa no próprio pescoço pelo poder. Um emprego qualquer, mesmo que passageiro.