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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 25 de setembro de 2019

A CARTOLAGEM E A SELEÇÃO - Por Wilton Bezerra, comentarista esportivo.

Quem denominou o dirigente de cartola foi Gentil Cardoso, treinador pernambucano que orientou grandes e pequenas equipes do futebol brasileiro. “Zebra” no futebol, também, foi invenção sua.

Chefe de máquinas da Marinha Mercante, viajou mundo afora e lançou, em 1931, o primeiro esboço do sistema de jogo WM no Brasil, à frente do Bonsucesso. E ninguém deu muita bola. Cá prá nós, a formação do “Bonsuça” não ajudava muito: Medonho, Cozinheiro e Heitor. Lolô, Oto e Nico. Rapadura, Catita, Leônidas, Gradim e Prego.

O cartola, sejam eles de clubes, federações e confederações são todos iguais e só mudam de endereço. Querem ver? A bronca está no mundo pela convocação de jogadores para dois amistosos da seleção contra Senegal e Nigéria, em Cingapura.

Ora, a zoada deveria ser forte na hora de se estabelecer um calendário de vergonha, que não conflitasse competições e amistosos da Canarinho.

Aliás, dois amistosos no ano seriam o sufificiente. Agora, o negócio da cartolagem é faturar, não interessando sequer a escolha dos adversários e locais dos jogos. De preferência, fora do Brasil.

Depois do bicampeonato de 1962, a então CBD, no auge do prestígio do futebol brasileiro, colocou um amistoso da nossa seleção na Repúblicas Árabes Unidas (RAU) – em campo de terra e sem transmissão direta de rádio.

Tite devia por a mão na consciência e entender que tudo não passa de uma preparação de mentirinha e evitar prejudicar os clubes com essa convocação.

Cartola só mira duas coisas: dinheiro e posição política.

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