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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 13 de setembro de 2019

BRONCA COM AS ESTATÍSTICAS - Por Wilton Bezerra, comentarista esportivo.


Dizem que abomino as estatísticas em minhas análises como comentarista esportivo.
Não é bem assim. Não se pode ignorar os números, sem mais nem menos, embora ache que tenham uma linguagem e o ser humano outra.
A minha bronca com os números frios da estatística deriva de um tempo de seqüestros praticados no Brasil.
Um secretário de Segurança de São Paulo, à época, se apresentava constantemente na TV para apresentar minguados números de queda dos sequestros. Uma tentativa desesperada de provar que alguma coisa estava sendo feita para evitar aquela violência.
Conclui rápido que as estatísticas serviam mais para banalizar as coisas.
Vejam agora a informação dando conta de uma queda de 10% nos assassinatos nos últimos três anos no Brasil.
De 64 mil, que foram para o outro mundo em 2017, contra “apenas” 57 mil destinados à cova em 2019.
Isso lá é coisa para se ostentar ?
É, ou não é, uma inaceitável banalização das desgraças.
Recorro a Benjamin Disraeli, pensador americano: “Há três tipos de mentira: mentira, mentira deslavada e a estatística”

Um comentário:

  1. Os narradores, comentaristas e repórteres da Globo gostam de falar em coincidências. Buscam-as a toda hora. Naquele joguinho com a Alemanha o Galvão Buano disse - Em 1962 o Pelé se contundiu e foi substituído por Amarildo. Advinha a camisa do Amarildo? Hoje o Newmar foi substituído pelo Oscar, advinha e camisa! A mesma do Amarildo. Depois o Galvão narrou o fiasco. Eu, na minha humildade, acho que as estatísticas são para enganar e as coincidências para ser idiotas.

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