Tem inocente que imagina golpe de Estado como um agradável programa de fim semana.
A compulsão por golpe tem frequentado os nossos assuntos políticos.
Aliás, é preciso demarcar direitinho em qual esquina ele vai surgir e a que patota interessa a sua ocorrência.
Para sorte nossa, há uma compreensão de que um golpe na Constituição vai parar numa coisa desagradável chamada arbítrio.
É como o suicídio, fascinante para alguns, mas que contém a morte.
Até um dia desses, o golpe carecia de uma certa solenidade de bastidores. Hoje, ele é anunciado aos berros, sem preocupação com o impacto que possa causar.
Claro, existem, também, os golpes de mostruário. São aqueles que se prenunciam "violentos", urdidos nas rodas de bares por gente intelectualizada.
Esses sofrem da efemeridade porque, arquitetados madrugada adentro, não resistem aos primeiros raios de sol de um novo dia. Depois de intermináveis debates noturnos, chega-se à conclusão de que "a rapadura é doce, mas é dura".
O golpe do bravateiro está em queda acentuada, por perda de prestígio. Ninguém acredita mais em papo furado. Como traduz o repentista: "Parece disco de feira/levando agulha no fundo/e só cantando besteira".
E pensar que a roça anda tão necessitada de gente para trabalhar.
Baixem o volume que eu quero dormir.
No golpe existem duas figuras : O golpista e o golpeado. O primeiro domina, faz todo tipo de vontades e desejos o segundo paga pelas arbitrariedades. Para flertar com o golpe necessariamente precisa fazer parte dos primeiros, dos golpistas.
ResponderExcluirO tempo foi passando e Bolsonaro foi diminuindo de tamanho. Resume-se a sua insignificância moral e de caráter.
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