O ambiente do bar ruim é, a princípio, hostil. Mas, essa impressão inicial vai desaparecendo com o tempo de freqüência.
No bar ruim, o proprietário geralmente é “mais grosso do que papel de enrolar prego”. Nem por isso deixa de ser amado.
Frequentei um bar onde o dono dava umas lapadas, com o uso de faca peixeira, nas costas de habituê bonequeiro que queria desmoralizar o ambiente.
Em outro (bar do Irineu em Juazeiro), o cliente era tratado como “Seu Pica”.
O pior foi quando, num bar ruim que só tinha garrafas de cachaça e cerveja nas prateleiras, fui reclamar da falta de uma mísera bolacha para tira-gosto.
Veja que “delicadeza” do dono: “Hômi, beba sua merda calado”.
No bar ruim, a cerveja é mais ou menos gelada e o “cardápio” de tira-gosto oferece ovo cozido, queijo assado e torresmo frio.
Quem quiser forrar o estômago que traga comida de casa.
No bar ruim, as mesas são fora de esquadro e trazem publicidade de uma marca de cerveja.
Nele, se discute futebol, política e fala-se de bem e de mal de todo mundo.
O bar ruim não se localiza apenas em “pontas de rua”. Pode ser encontrado em áreas nobres das cidades.
No bar ruim, seus frequentadores são “imunes” à zoada e fumaça de cigarro.
No bar ruim, a vida parece uma festa.
O bar ruim é o som da diversão.
O bar ruim só é bom porque é ruim.
Um dos bares tradicionais do Crato era O Alagoano, pela localização na Praça da Sé e pelo dono que era muito bem humorado.
ResponderExcluirUm dia Nego Téo chegou, pediu uma cerveja e perguntou : Alagoano você sabe dizer se tem algum circo do Crato para o Juazeiro? Eu vinha descendo a ladeira das Guaribas e um leão atravessou a estrada. Alagoano respondeu - Você deve ter se enganado : Isso devia ser um cachorro com uma urupemba no pescoço e uma vassoura no fiofó.
Almir Carvalho também servia a melhor cerveja e com certeza existia o melhor papo.
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