
Diógenes que tudo via com mais aguda vista que os outros homens viu que uma grande tropa de varas e ministros da justiça levava a enforcar uns ladrões e começou a bradar : lá vão os ladrões grande a enforcar os pequenos.
Quantas vezes se viu em Roma a enforcar o ladrão por ter roubado um carneiro, e no mesmo dia ser levado em triunfo, um cônsul, ou ditador por ter roubado uma província? De Seronato disse com discreta contraposição Sidônio Apolinário : Nom cessat simul furta, vel punire, vel facere. Seronato está sempre ocupado em duas coisas: em castigar furtos, e em os fazer. Isto não era zelo de justiça, senão inveja.
Queria tirar os ladrões do mundo para roubar ele só! Declarando assim por palavras não minhas, senão de muito bons autores, quão honrados e autorizados sejam os ladrões de que falo, estes são os que disse, e digo levam consigo os reis ao inferno.
Padre Antonio Vieira.
Tomar o alheio é bem antigo. Padre Antonio Vieira já fazia o seu belo protesto há muito tempo.
ResponderExcluirJá pensou se álguém escolhesse como tese de doutorado o tema:
ResponderExcluir"As pregações do Padre Antônio Vieira sobre a apropriação do alheio e os roubos da classe política brasileira no século XXI"?
Num país onde a burocracia é construída de forma a facilitar a vida do fraudador e do corrupto, se a tese fosse publicada seria, no mínimo, um sucesso editorial...
O Brasil está completo de gente do tipo. Haja lugar no inferno para caber tanto ladrão.
ResponderExcluirEntão quem criou o "mensalão" e o "petrolão" (e todos os ladrões que se aproveitaram desses esquemas) vão todos para o inferno...
ResponderExcluirTomara que os que votam nesses aliados do capeta desçam também acompanhando os que pararam o mensalão e o petrolão.
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