Quando o tempo da nossa passagem cósmica avança, vamos ficando “isquicidos” como diz o populacho.
E aí não tem jeito, repetimos os assuntos mesmo alertados pelo replay constante.
Nós somos repetitivos ou as coisas se repetem sucessivamente sem cessar, como dizia no rádio o Paulo Limaverde ?
Tem sido retrospecto ou retrocesso, o que fazemos em todo final de ano ?
Acho que é retrocesso, ainda mais num ano escroto como esse 2020 que teima em não terminar com todas as desgraças de uma pandemia que ceiva vidas.
Para quem escapa com vida do vírus, resta ruminar a soma do que lhe foi tirado.
Perdemos amigos, parentes e empregos, e falta um maior número de pessoas empenhadas em fazer o bem.
Reclamar só piora as coisas.
Na política, esquerda e direita não querem dizer nada, tudo não passa de um simulacro para organizar o jogo de cartas marcadas.
Falta lucidez e generosidade, sobra falta de vergonha e desonestidade.
O desemprego, que grassou nos últimos tempos ganhou a companhia da inflação de poder letal contra a economia dos que já tem pouco.
Se João Furiba fosse vivo faria esses versos: “É que o feijão de corda está custando mais de dez. Arroz a cinco e cinqüenta, milho caro também. Se Deus não pisar no freio não vai escapar ninguém”.
O meio ambiente é assunto que produz fogo, as altas temperaturas servem também para torrar nossos neurônios.
O IDH piorou e o Brasil perde para vários vizinhos na America do Sul; nada que um banho de lama não”melhore” as coisas no quesito saúde.
Quanto à violência, não há nenhuma dúvida: foi naturalizada.
Estádios de futebol sem público, e não se sabe até quando.
No império das banalidades abriram a caixa de pandora, fonte de todos os males do mundo.
Só retrocedemos.
Uma crônica de bela feitura. Vou me referi a parte onde você diz : Direita e esquerda. Não há direita, centro ou esquerda. Temos um conluio formado para roubar sob a liderança do governo de plantão, seja quem for o governo. Ao conluio inclui-se os outros poderes. E a anarquia é feita com a certeza que não será punido. Tem autorização expressa para roubar, traficar, ser desonesto e safado, muitas vezes com o aplauso das próprias vítimas, o povo.
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