Anualmente preparo-me para receber o mês de dezembro, mês no qual a história da humanidade se dividiu em antes e depois do principal aniversariante: Jesus, Deus-Menino. Este ano o tempo foi passando... E acumulamos expectativas, perdas e ganhos. E, de repente, não mais que de repente, como dizia Vinícius de Moraes, o mês mais belo chegou. Ainda vemos lágrimas nos olhos, preces nos lábios, risos contidos, esperanças sempre renovadas. O mês do Natal chegou. Vivemos literalmente o tempo das esperas. É advento e aguardamos a chegada de Deus-Menino. Desde que me entendo por gente é o mês de dezembro mais emblemático. O medo povoa o mundo, mas, a certeza de que Deus não nos desampara nunca nos faz esperar... Esperar, como diz o Padre Zezinho, contra toda a esperança e eu ouso dizer contra toda desesperança. Esperamos sempre e Deus nos guiará!
As ruas já estão mais iluminadas, as ceias de Natal este ano serão reservadas a famílias. O tempo não é fácil, mas, se tornará fácil, pois o Deus-Menino-Ternura nos conduzirá ao milagre tão esperado: o fim da pandemia. Certamente nos abraçaremos sem temor, sem receios e celebraremos, lembrando: Deus é maior, guiou seu povo à Terra Prometida e agora o conduz à cura física! Alguns não conseguiram chegar a esse dia e a tristeza deseja se tornar saudade. Poucos são os que não sentirão falta de alguém neste mês. Aquela ligação, aquele e-mail, aquela mensagem não tem mais endereço certo. Não podemos enviar nada além de orações e preces aos céus. Os olhos marejam, mas, a vida segue. Deus quer que sejamos felizes e seguiremos. Viveremos. Esperaremos. Sempre e por tudo daremos glórias a Deus.
Toda essa vivência de meses nos ensinou. Nos ensina. É preciso que saíamos dessa “batalha” melhores do que quando começamos. Lembro-me da Semana Santa, tão diferente. A imagem do único verdadeiramente Chefe de Estado desse período, caminhando sozinho numa Praça que sempre reúne o mundo para encontrar o Crucificado e aos pés dele juntar suas lágrimas às águas da chuva fina que caía naquela Praça de São Pedro. Obrigado, Senhor, pelo testemunho do Santo Padre, o Papa Francisco. Lembrar-me-ei sempre daqueles que saíram às ruas para a caridade e aqui é preciso citar um santo homem que perambula pelas ruas da maior cidade deste País e que sempre me emociona por sua coragem e heroísmo: Padre Júlio Lancellotti. Que Deus o proteja sempre, Pe. Júlio e multiplique homens e mulheres com sua coragem, seu amor e zelo pelo próximo!
E o próximo dia 8 é, mundialmente, a Solenidade da Imaculada Conceição de Nossa Senhora para celebrarmos a pureza daquela que trouxe Deus ao mundo. Não é exagero a afirmação. Foi de Maria Santíssima, Nossa Senhora, ou, simplesmente, a Mãe de todos, que nasceu Jesus. Deus que se humanizou na ternura de uma criança e ensinou-nos a amar o próximo como a nós mesmos! Salve!
É este também, no Brasil, o dia da família e da Justiça. As celebrações se irmanam. Sendo eu devoto da Mãe de Deus, oriundo de uma família à qual tento me dedicar e ter escolhido a Justiça para nela viver, sou muito feliz com essas festividades. Festividades, sim. Com contratempos ou não, alegremo-nos. Respiremos o ar puro que Deus nos envia e a Ele confiemos o futuro, o Natal, o ano novo, o amanhã. Amém!
(*) José Luís Lira é advogado e professor do curso de Direito da Universidade Vale do Acaraú–UVA, de Sobral (CE). Doutor em Direito e Mestre em Direito Constitucional pela Universidade Nacional de Lomas de Zamora (Argentina) e Pós-Doutor em Direito pela Universidade de Messina (Itália). É Jornalista profissional. Historiador e memorialista com mais de vinte livros publicados. Pertence a diversas entidades científicas e culturais brasileiras.
Se tens riquezas, não te glories delas, nem dos amigos, por serem poderosos; senão em Deus, que dá tudo e, além de tudo, deseja dar-se a si mesmo.
ResponderExcluirNão te desvaneça com a robustez ou formosura de teu corpo, que com pequena enfermidade se quebranta e desfigura.
Não te orgulhe de tua habilidade ou de teu talento, para que não desagrades a Deus, de quem é todo bem natural que tiveres.
Tomás Kempis.