Páginas


"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Socialismo - Por Winston Churchill.



O socialismo é a filosofia do fracasso, a pregação da inveja, a crença na ignorância. Seu defeito marcante é a distribuição igualitária da miséria entre todos, exceto os seus.

CARTA DE ABRAHAN LINCOLN AO PROFESSOR DO SEU FILHO.


"Caro professor, ele terá de aprender que nem todos os homens são justos, nem todos são verdadeiros, mas por favor diga-lhe que, para cada vilão há um herói, que para cada egoísta, há também um líder dedicado, ensine-lhe por favor que para cada inimigo haverá também um amigo, ensine-lhe que mais vale uma moeda ganha que uma moeda encontrada, ensine-o a perder, mas também a saber gozar da vitória, afaste-o da inveja e dê-lhe a conhecer a alegria profunda do sorriso silencioso, faça-o maravilhar-se com os livros, mas deixe-o também perder-se com os pássaros no céu, as flores no campo, os montes e os vales.
Nas brincadeiras com os amigos, explique-lhe que a derrota honrosa vale mais que a vitória vergonhosa, ensine-o a acreditar em si, mesmo se sozinho contra todos.

Ensine-o a ser gentil com os gentis e duro com os duros, ensine-o a nunca entrar no comboio simplesmente porque os outros também entraram.
Ensine-o a ouvir todos, mas, na hora da verdade, a decidir sozinho, ensine-o a rir quando estiver triste e explique-lhe que por vezes os homens também choram.
Ensine-o a ignorar as multidões que reclamam sangue e a lutar só contra todos, se ele achar que tem razão.

Trate-o bem, mas não o mime, pois só o teste do fogo faz o verdadeiro aço, deixe-o ter a coragem de ser impaciente e a paciência de ser corajoso.
Transmita-lhe uma fé sublime no Criador e fé também em si, pois só assim poderá ter fé nos homens.
Eu sei que estou pedindo muito, mas veja o que pode fazer, caro professor."

Abraham Lincoln, 1830.

510 - Precioosidades antigas de Várzea- Alegre - Por Antonio Morais


Quando Abravanel anunciou os 25 números premiados foi aquela algazarra. O bodegueiro quando soube da novidade reabriu o crédito fornecendo meia caixa de cerveja e dois galeto.

Não demorou muito chegaram pelo correio as passagens aérias que levariam o novo milionário a conhecer Sílvio Santos no "Topa tudo por dinheiro".

A mulher matou uma galinha caipira e preparou uma lata de farofa para a merenda da viagem. Não sabia que era falta de educação falar com a boca cheia, e, haja farofa no paletó do Deputado Federal do PT, que retornava do recebimento da "Medalha Papai Raimundo",  em Várzea-Alegre, e teve o infortúnio de viajar lado a lado com o emergente.

Quando estava no rola rola atracado com a Sheila do Tchan, recebeu um balde d'água fria no rosto : Acorda coisa ruim, vai trabalhar. Chega bêbado de madrugada depois quer dormir até o meio dia.

Era a mulher acordando-o do sonho para mais um dia de batente.

Trezena de Santa Genoveva - Por JFlavio Vieira


Dona Siderina, este é um dos únicos consensos da cidade, possui a língua mais afiada de Matozinho. Ligua dessas de se usar em cartucheira, de se pensar, muitas vezes, em exigir aumento no estoque de soro antiofídico. Sua casa é uma espécie de radio, de amplificadora da vila: não tem dia em que não apareça furo de reportagem! O noticiário é fornecido, estrategicamente, por temas, em ordem crescente de picardia: os boletins periódicos daqueles que estão no pé da cova, com o rigoroso agravamento de suas mazelas e macacos, as fraudes e roubos dos grandes da vila; os crimes de correr sangue; os namoros mais arrochados; com detalhes das apalpadelas repetidas e dos escândalos; as prenhas solteiras e, por, fim, à sorrelfa, sai a sempre atualizada lista das casadas que andam costurando pra fora. Siderina tem ainda um verdadeiro arquivo morto com o histórico minucioso de todos os escândalos da Vila, facilmente acessível e acessável, bastando um rápido toque no teclado da sua memória de elefante.
Algum ano atrás se pensou até que a Vila perderia de vez o seu Arquivo Municipal. Segundo a regra, um filho de uma filha de Siderina lhe deu um tremendo desgosto, fazendo opções sexuais esdrúxulas e difíceis de serem digeridas numa cidadezinha tão minúscula. 

Todos os matozenses imediatamente gritaram: língua falou, cu pagou! Mas Siderina, mais que de repente, recobrou-se do golpe e voltou com a carga e a saliva todas, para o temor de alguns e a curiosa alegria de muitos. A historia que se segue me narrou Lilian Wite Fibe de matozinho, quando, um dia, não sei a que propósito, lhe indaguei sobre as sempre animadas festas da Padroeira da cidade, a Imaculada Santa Genoveva.

A Trezena de Santa Genoveva, celebrada no mês de Setembro, enchia e vila de pompa e de orgulho. A praça única de Matozinho, capitaneada por sua Matriz, via-se atapetada de barracas, de carrocinhas e de carrosséis. Enquanto as beatas tiravam a trezena, os homens embebiam-se em cachaça e os meninos chupavam roletos de cana e rodopiavam nos parques de diversões. O Sagrado e o profano se mesclavam ludicamente como, alias, em tudo nesta vida, naquele ano, no entanto, me conta Siderina, havia um clima tenso na vila, um ar de pânico, de previsível sobressalto. Dias antes, tinham assassinado, a troco de nada, o velho Ptolomeu Gaudêncio, conhecido amavelmente por Pitó. Ele era comerciante prospero na cidade, tinha montado o primeiro Mercantil daquelas brenhas: uma bodega metida à besta, como definiam todos. 

A família estava inconformada e já havia ameaçado por todos os lados: ia haver vingança, a coisa não ia ficar assim. O criminoso tinha fugido a tempo, mas possuía muitos familiares em Matozinho, inclusive filhos, que, certamente, poderiam, de uma hora para outra, saldar a divida de sangue. Toda festa naquele ano, transcorria neste clima de medo e expectativa: todo mundo preparado para, no primeiro estampido pegar o gramear num urgente e salvador pernas pra-que-te-quero.

Os temores iam se diluindo com o passar dos dias. Santa Genoveva parece que tinha apaziguado os ânimos, com sua doçura. Chega então o ultimo dia da trezena, o ponto culminante da festa. A igreja estava superlotada de fieis fervorosos que depositavam na padroeira muitas das suas derradeiras esperanças. Lá fora até os parques aguardavam o termino da reza, para voltar as suas atividades. As barracas contavam apenas com os mais renitentes deodatos da cidade, que pastoreavam as mesas, como soldados de Pompéia. Perto do templo, Juvenal Fogueteiro atiçava os fogos que céleres iam aos céus e pipocavam ritmadamente, em homenagem a santa padroeira. De repente, deu-se a tragédia. Um dos fogos de Juvenal, desobediente, cortou o firmamento em vôo rasante, e no telhado do templo onde se celebrava o ato religioso. 

Quando o fogo explodiu, a acústica da capela amplificou o estrondo para uma platéia já sobressaltada com as possibilidades de vingança. Não bastante isso, um sem vergonha, aproveitando o eco do estampido, gritou no meio da Igreja: Por favor, não mate o homem!

Era a faísca única que faltava para o estouro da boiada. Foi um rapa-pé de tal monta que só é possível dar uma idéia clara do que aconteceu naqueles terríveis instantes, utilizando a língua de sabre de Dona Siderina: Meu Senhor, a coisa foi feia! O velho Vanderico, que já tem mais de noventa, diz que rodou esta igreja mais de dez vezes, nunca com menos de seis cabras na corcunda! 

Pedro Engembrado, quem há mais de dez anos pede esmola na praça, lembrou que foi um dos primeiros a escapar do liquidificador em que se transformou a capela e só teve uma idéia do que acorreu, quando ao chegar em casa, sua mulher lhe perguntou onde é que ele tinha deixado a cadeira de rodas: tornara-se sua companheira inseparável há mais de uma década. 

Padre Velderico, depois de rastejar como cobra, nadar num mar de braços e cabeças, dar varias bunda-canastras e plantar bananeiras por mais de cinco vezes, afirmou, após a catástrofe, ter escapado passando direto da sacristia para o adro da igreja. Quando lhe perguntaram como conseguira o feito, já que existe um muro enorme, separando as duas áreas, ele foi categórico: rapaz, quando eu passei lá não tinha muro não.

No outro dia, as faxineiras fizeram um levantamento total dos espólios no campo de batalha As portas da igreja estavam abrindo nos dois sentidos: para dentro e para fora. Acharam setecentos e cinqüenta e seis sapatos, mas nenhum perfazia um par, com outro qualquer. 

Coletaram ainda, vinte e cinco chapas inferiores, seis olhos de vidro, quatro muletas, uma perna de pau, oito fundas de hérnia, um marcapasso de coração, quarenta e três armações de óculos, sem qualquer sinal das lentes. 

E concluiu Dona Siderina: Só para você ter uma base do que foi a fricção naquela balburdia: quando varreram o chão, as mulheres ainda apuraram dezessete litros de botão.

terça-feira, 5 de novembro de 2024

02 - Era do Império - Por EQUIPE PEDRO II DO BRASIL.



Dia 11 de dezembro de 1826, sua mãe d. Leopoldina, filha de Francisco I, Imperador da Áustria, faleceu devido complicações de um parto. As razões da morte de Leopoldina para muitos aconteceu de forma gradativa ao longo dos anos de casada. D. Pedro I, mantinha inúmeras amantes e muitas delas, sua esposa tinha o conhecimento.
Porém a grande protagonista dessas traições foi Domitila, a futura Marquesa de Santos, uma mulher ambiciosa e sem muitos pudores para chegar em suas metas.
D. Leopoldina, era uma Habsburgo, uma das famílias mais nobres e prestigiadas da Europa. Uma mulher criada para ser nobre e ter um comportamento nobre, principalmente em relação ao matrimônio. 
Seu marido, foi criado no Brasil, tendo centenas de amantes e aventuras sexuais sem compromissos; etiqueta e nobreza real, eram características que o primeiro imperador não possuía. 
As centenas de cartas que a imperatriz mandava as suas irmãs na Áustria, contando sobre sua grande tristeza e o verdadeiro inferno que vivia aqui no Brasil. 
Em muitas cartas ela escrevia “estou em uma melancolia realmente negra”, hoje em dia conhecida como Depressão.
Continua na próxima postagem.

GOSTO DO CRATO E ADORO JUAZEIRO - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

 


Cheguei ao Cariri em 1957 e não foi "puxando a cachorrinha". 

Nascido em Cedro, me tornei cidadão de papel passado de Crato e Juazeiro do Norte. 

Os Requerimentos dos vereadores Agnaldo Carlos e Pedro Lobo me proporcionaram essa dupla felicidade. 

Tenho os pés plantados nessas cidades. 

Esse pertencimento me realiza.

Croniqueta - Por Antônio Morais.


Ainda que deseje, um rio não pode correr mais do que corre. Não pode apressar o seu passo. Não pode mudar o seu curso. O oceano o espera e lá chegará.

Perguntei a um grupo de amigos: ”O que vocês fariam se soubessem que morreriam dentro de vinte e quatro horas?”. As respostas de alguns foram mais ou menos assim: “Amaria mais, perdoaria mais, viveria de forma mais intensa”.

Ninguém pode apressar ou diminuir o passo da existência. O amor e o perdão devem ser exercitados por toda a vida. O prazo de vinte e quatro horas é muitíssimo pequeno para uma mudança radical. Mas é tempo mais que suficiente para uma reflexão profunda, um arrependimento sincero e uma aproximação de Deus.

O “bom” ladrão da cruz tinha pouco tempo de vida. Estava na hora da morte, mas reconheceu seus erros e pediu, com humildade de coração, que Jesus se lembrasse dele quando estivesse no céu. Foi o bastante para ser alcançado pela graça divina. Não espere pelo último momento.

01 - Era do Império - Por Equipe Pedro II do Brasil.

Este não tem como assunto principal o Imperador do Brasil, Dom Pedro II, mas sim o menino Pedro, que ficou órfão prematuramente, abandonado em um palácio feio e escuro, aos cuidados de pessoas que não eram de sua família e sendo preparado em todos os sentidos para governar um Império de proporções continentais.

Um Império de mestiços, escravidão, pobreza e corrupção.

Uma criança que antes de seus 15 anos de idade foi coroado o Imperador do Brasil, onde o próprio cetro de sua coroação tinha o dobro de sua estatura. 

Um jovem cheio de mágoas, tragédias familiares, incertezas, sonhos e medos. Um ser humano como qualquer outro, cheio de limitações e inseguranças.

Pedro nasceu em 2 de dezembro de 1825, o parto que trouxe ao mundo o jovem príncipe demorou mais de cinco horas. Sua mãe dona Leopoldina, a Imperatriz do Brasil, esposa de D. Pedro I, já tinha tentado inúmeras vezes engravidar de um filho homem, o único que vingou antes de Pedro, foi D. Miguel que faleceu pouco tempo depois de seu nascimento.

Toda responsabilidade da continuidade de uma monarquia independente conquistada por seu pai, caiu em cima daquele bebê que não fazia a menor ideia do que passaria ao longo da vida para ser considerado o Defensor Perpétuo do Brasil; um defensor de 14 anos.

Continua na próxima postagem.

509 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antonio Morais.

 

História que não foi de Trancoso.

Peço permissão para contar essa historinha como prova que o varzealegrense é ingrato e não reconhece o trabalho dos seus filhos ilustres que contribuíram com o desenvolvimento da cidade e se dedicaram à disseminação da história das pessoas que marcaram a cidade do seu jeito e do seu modo.

Eu era o gerente da Agência do Banco Comercial Bancesa S/A em Juazeiro do Norte. 

Recebi a visita do empresário Raimundo Correia Ferreira, inegavelmente um dos filhos ilustres de Várzea-Alegre. Ele se apresentou com lhaneza no trato, gentil e muito elegante. 

Perguntou-me : "No Sanharol ainda fazem pão de arroz como no tempo de mãe Zefa"! Respondi-lhe na bucha! Não.

Entrou na agência outro varzealegrense, também de nome Raimundo, filho de João Agostinho do sitio Rosário, o conhecidíssimo Raimundo General radicado a cidade de Juazeiro há mais de meio século.

Da fila onde estava gritou - Raimundo Ferreira, "rumbora" para Várzea-Alegre!

A resposta mostrou o sentimento de decepção com a sua terra - Raimundo Correia Ferreira respondeu : "Eu não perdi nada em Várzea-Alegre, não tenho o que ir buscar lá".

Sem que eu nada lhe perguntasse, ele passou a contar-me alguns fatos que justificavam sua decepção. Disse-me : Cheguei para o prefeito Pedro Sátiro e falei : Se você ofertar um prédio eu montarei uma rádio em nossa cidade. 

O prédio foi cedido pela prefeitura e a rádio foi montado com o nome "Rádio Cultura de Várzea-Alegre". 

No aniversário da Rádio promovi a maior e melhor festa possível, a "Banda Mastruz com Leite" animou o ambiente. Mas, como a Rádio era Cultura eu levei a "Banda Cabaçal dos Irmãos Anicetos" para fazer uma apresentação. 

Quando subi no palco e anunciei, levei a maior vaia que uma pessoa humana possa ter sofrido em todos os tempos. 

Sair do clube e fui a casa do prefeito Pedro Sátiro e disse - A Rádio é um presente meu para sua esposa "Maria Candice" e nunca mais fui à Várzea-Alegre.

Quem conhece o Cemitério de Várzea-Alegre sabe que logo na entrada está o túmulo da família "Correia Fereira", todo cravado em mármore carrara, ali estão sepultados todos os familiares, até o Joaquim Correia Ferreira que vivia em Londres. 

A pedido do Raimundo, o maior empreendedor do ramo de transportes de passageiros do nordeste foi sepultado no Cariri.  

Raimundo Correia Ferreira relatou estes fatos sem que ninguém lhe perguntasse. Já faz duas décadas e meia, mas tem testemunhas. Não é estória de Trancoso.

SÁI ORÓS! - Postagem do Antonio Morais.

Chico de Zé Pereira, era um rapaz normal, quando não bebia ajudava os pais no café, tocava violão e cantava em serestas. Mas quando bebia se danava pra falar fino e se requebrar.
Num certo domingo, Geraldo Leandro, Chico Bento e Oliveira Dantas bebiam na barbearia de Vicente Cesário, onde funcionava na parte de baixo um banheiro de aluguel. De repente chegou Chico, já embriagado conversando besteiras e patinando na geléia. Em seguida chegou Raimundo de Madalena e desceu para o banheiro. Chico desceu atrás deixando na mesa uma carteira de cigarros B.B. Passou pouco tempo, quando subia encontrou uma minhoca no batente e gritou desesperado:
Valha meu Jesus é uma jibóia!
Chegou na mesa e disse assim:
Mais minino! Ou fruta foimosa só é aquela de Raimundo, aquilo dá pra repartir pra Luís meu irmão, Dedé de Frazo e Sivirino da Betânia. Aquilo é um arraso, eu fiquei passada.
Chico bento falou:
Tenha fundamento Chico. Cuma é qui tu num tem veigonha de ficar brexando os macho em?
- Eu vi foi sem querer, mais num é da sua conta, qui o zói é meu e o caneco tombém.
Geraldo Leandro perguntou:
Ou Chico de qualé a cana qui tu bebe?
É cariri. Mais pruque o bofe quer saber?
É prumode eu num beber dela e ficar fresco qui nem tu.
Apois beba Guanabara qui nem Oliveira, qui é a qui fais chorar.
Oliveira não gostou da piada e falou zangado:
Faz chorar o que seu fresco! Pegue o beco já já se não eu sei o que fazer cum aquela trave.
E eu vou mermo qui essa baibiaria tá contraminada de ladrão. Eu deixei uma carteira de cigarro cum vinte e três cigarro dento e agora só achei vinte.
Oliveira deu um sabacu em Chico que ele saiu à granel em direção da rua. Quando desceu a calçada tinha uma poça dágua ele brecou, botou as mãos nos quartos, deu dois giros no corpo sem tirar os pés do chão e gritou:
SÁI ORÓS!

Guarde segredo - Por Antônio Morais

"Não revele todas as suas forças. Não demonstre toda sua inteligência. 

Aquele que muito se destaca, cria inimigos silenciosos. Seja atento, mas finja ser distraído, seja esperto mas finja ser bobo. 

Você está no jogo para ganhar e não para mostrar quem é.

Quando tudo estiver indo bem na tua vida o correto a fazer é não contar para ninguém, o que os outros não sabem ninguém estraga, e, assim evitarás a maldade do mundo invejoso".

005 - O Crato de antigamente - Por Antônio Morais


Não tenho dúvidas Chico Soares foi um dos cratenses mais autêntico que conheci. Bem humorado, alegre, feliz e bonachão. 

Deixou um legado de exemplos de amizades, estima e graça de fazer invejar a qualquer um. 

Eu tive a honra de conviver com o Chico nos seus tempos de aposentado. Diariamente ele passava no  banco, tomava café, contava uma  história engraçada para fazer ri e ouvia outra.

Mas, a preciosidade  que peço permissão para contar aconteceu quando ele  fixou residência  no bairro Muriti em Crato.  Chico se deslocava para o centro a pé,  com um objetivo de  fazer a caminhada diária.

Certa vez, de passagem pelo SESI o seu filho Tomé, professor da instituição, se escondeu  por trás de um poste e gritou : "Sai do meio da rua corno velho".

Chico olhou prum lado,  olhou para o outro e não vendo ninguém respondeu a todo pulmão :  "Corno é teu pai, fela da puta".

Minha opinião - Por Antônio Morais.

Meu caro amigo, quando posto a minha opinião não é para convencer ou mudar a sua. É para quem pensa igual a mim saber que não está sozinho no mundo.

Não perca o seu tempo dando muitas explicações. Aos amigos não é necessário, os demais só ouvem o que querem ouvir. 

Todo bajulador é falso e perigoso. O "puxa saco" é igual a carvão : Apagado te suja, aceso te queima.

004 - O Crato de Antigamente - Por Antônio Morais.


1958 - Eleições municipais no Crato. A residência do Coronel Filemon Teles, respeitado chefe politico, estava apinhada de eleitores, principalmente aqueles residentes na zona rural do município. Muito deles, depois de cumprido o "dever cívico" do voto, já regressavam às suas casas.

Na época era bastante comum o eleitor, numa artimanha politica, mormente os residentes nos sítios e povoados, votar uma, duas ou mais vezes, usando títulos de eleitores já falecidos e daqueles que não mais residiam na área do município.

Verificada a semelhança fisionômica, pois o título trazia fotografia, conhecido cabo eleitoral da UDN entrega ao não menos popular Rodrigues Jamacaru, um dos títulos fantasmas,com a instrução para votar na seção eleitoral que funcionava, na época, no prédio da Estatística .

De posse do título, Jamacaru, pressuroso, tenta o voto duplo. Todavia, levou azar, pois na porta da seção estava o Diomedes Pinheiro, fiscal do PSD e amigo leal do Professor Pedro Felício Cavalcante.

Ao regressar ao comitê do partido, recebeu nova instrução: Volte e tente despistar o Diomedes. Jamacaru, fiel escudeiro do Coronel Filemon, partiu para nova investida. Foi chegando e avisando: corra, seu Diomedes, que a sua esposa caiu no banheiro e quebrou as duas pernas.

Como um raio saiu Diomedes Pinheiro, enquanto Rodrigues Jamacaru, tranquilamente, em dose dupla, cumpriu mais uma vez o dever cívico do voto.

Ao regressar e contar o episodio, foi observado, a certa distância, sem ser notado pelo Coronel Filemon - nosso querido tio Filé que, ao final sentenciou:

Compadre Rodrigues, você não fez direito. Não agiu como devia. Era para quebrar uma perna nessa eleição e deixar a outra para a próxima.

Coisas gostosas do nosso folclore político.

508 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Portagem do Antônio Morais.

Mostrou o pau  e não matou a cobra!

Certa vez Maria de Lourdes Sobreira ia para o Sanharol, quando chegou na cabeça a ladeira de Pedro Beca, avistou uma rodia de cobra cascavel pronta para o ataque. Muito assustada Maria desceu a ladeira mais ligeiro do que noticia de separação de casal. Quando chegou no pé da ladeira, encontrou Zé Terto com um landuá na mão. Muito cansada Maria pediu: Zé Terto, meu fi, me faça um favor! Qualo? Vá lá no aceiro daquela cerca e mate uma cobra que tem lá. É pra já. Terto pegou uma vara da cerca e foi até o local, mas não teve coragem de encarar a cobra.

A cascavel jogou um bote, ele soltou o pau e correu muito mais rápido do que Maria tinha corrido. Maria não gostou da covardia do seu salvador e começou logo a fazer ofensas: Deixa de ser mole nego frouxo. Tu queria era sentar na cobra? Parece que não é ome? "Êpa! Num venha me insculhambar não. Eu sou preto mas sou ome. Quer saber se eu num sou ome? Arrepare aqui"! Dizendo aquilo, ele arreou o calção e balançou os pissuidos.

Foi nessa hora que ela viu a coisa preta. Depois daquela cena Maria saiu indignada e foi fazer queixa a Antônio Costa, que era o Delegado Civil de Várzea-Alegre. O delegado mandou que um soldado fosse buscar o sujeito para ser interrogado. Quando Zé Terto chegou o delegado fez a inquirição: Zé Terto eu tenho uma denuncia muito grave contra sua pessoa. Foi verdade que você mostrou o "dito cujo" a Maria de Loudes? Foi divera seu Toim! Mas foi pruque ela me insculhambou, me chamou de nego frouxo e dixe qui eu num era ome, ai eu amostrei, que era prumode provar qui sou ome". Pois eu vou lhe dar cinco dias de xadrez!

Depois da prisão, Borboleta que era amigo do preso, saiu correndo e foi até a ANCAR para contar a Nicacia, que era irmã adotiva de Zé Terto. Nicacia saiu a procura de António Costa e quando o encontrou perguntou: Seu Toim! O que foi que Zé Terto fez para o Senhor botar ele na cadeia? Ele mostrou o pau e não matou a cobra! Respondeu o delegado.

Dedico esse causo. Ao Dr. Flávio Cavalcante. Neto do personagem principal.

segunda-feira, 4 de novembro de 2024

O embuste - Postagem do Antonio Morais.

O embuste canhoto comunista.

Embuste é uma mentira astuciosa que visa enganar, uma trapaça, tapeação, falcatrua.

Juiz concurçado é declarado parcial por ministros imparciais indicados pelos réus. 

Se pegar o trem errado, desça na primeira estação porque quanto mais tempo demora para descer, mais cara fica a viagem de volta.

O Brasil pegou o trem errado. Um trem que não tem volta.

domingo, 3 de novembro de 2024

Dom Quintino e o Conselho Presbiteral - Por Antonio Morais.

No dia primeiro de Janeiro de 1916, Dom Quintino fez a sua entrada solene na Catedral do Crato. 

O Bispo do Crato para organizar a Cúria Diocesano, nomeou o Mosenhor Vicente Sother de Alencar para Vigário Geral, e para Secretário do Bispado nomeou padre José Alves de Lima.

Além destes cargos o bispo instituiu o padre Azarias Sobreira Lobo para Promotor do Vínculo, e o padre Manuel Araújo Feitosa para ser o Escrivão da Cúria.

Instituiu também os Consultores Diocesanos e os párocos consultores. Como censores, eclesiásticos encarregou os padres Joviniano Barreto e Manuel de Araùjo Feitosa.

Padre Tales Eduardo Santos Figueiredo.

O DESCANSO DAS IDEIAS - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Há crônicas nossas que chegam, quase que por milagre, às últimas linhas.

Prometi para mim mesmo que não escreveria mais sobre a falta de assunto.

Mas, dá para perceber a luta em busca de um tema interessante sobre esse tempo sem piedade que vivemos.

A gente quando precisa das coisas não encontra nunca.

Sempre vão existir histórias que merecerão ser contadas, mesmo as que não forem guiadas pelo cheiro das flores.

A crônica não tem a missão de salvar o Mundo. Destina-se apenas a registrar, com leveza, as aventuras do cotidiano

Nunca nos faltará motivo para batucar as pretinhas. Não podemos deixar escapar nenhum assunto animador.

Não é o caso do momento vivido, com guerras estourando pelo Mundo.

Assunto muito intrincado para o espaço de uma leve e pequena crônica.

Melhor deixar que as ideias descansem um pouco.

O tempo pode passar, mas as ideias e sonhos que ele carrega não passarão jamais.

Acreditemos que, apesar das intempéries, o amor nunca sairá de moda.

003 - O Crato de antigamente - Por Antônio Morais.


Não me atrevo a julgar, abstenho-me de fazê-lo até porque não conheço a história na sua exatidão. Vou comentar o que conheço do trabalho de três deles, mostrar e reconhecer a importância de suas obras para a cidade e região

Dr. Joaquim Fernandes Teles, médico e prefeito de 1928 a 1930. Terminado a mandato se elegeu Deputado Federal e conseguiu os recursos para criação, fundação e edificação do Hospital São Francisco de Assis. Uma instituição regional que por muito tempo atendeu aos pacientes provenientes de diversos estados nordestinos.

Dr. Antônio de Alencar Araripe, prefeito de 1930 a 1935, elegendo-se deputado federal trouxe para o Crato a Colégio Agrícola, que preparou centenas e centenas de técnicos, hoje em dia, espalhados Brasil a fora contribuindo com o desenvolvimento da agricultura brasileira. Teve papel importante na criação do Banco do Nordeste do Brasil sendo um de seus primeiros presidentes. Foi Deputado Federal pelo Ceará de 1946 a 1962.

Dr. Wilson Gonçalves, este foi além de prefeito de 1943 a 1945, deputado estadual e federal, vice-governador do Estado, senador da republica e ministro do STF. Sua principal obra para o Crato e região foi a criação do Colégio Estadual que recebe o seu nome, obra de grande vulto e que atendeu aos anseios de centenas de milhares de jovens dos estados do nordeste.

Portanto, destaco esses três ilustres ex-prefeitos por obras de alcance na educação e saúde de nossa gente. Convêm lembrar que os elogios a estes não desmerecem os demais, visto que a história mostra fartamente que o melhor de todos foi  Alexandre Arraes de Alencar.

A BOLA DO NOSSO TEMPO- Por Wilton Bezerra, comentarisra generalista.

Somos do tempo em que a bola tinha essa cor. "Cor do doce de buriti", dizíamos. Pesava muito mais do que as de hoje, principalmente quando molhada. O grande desafio para a criançada era utilizar a redonda de número 5, a oficial, “bola de adulto”. Por excesso de uso, era costurada e perdia a forma. Mas, continuava a rolar nos campos da nossa infância. Como diz o poeta Carpinejar:

A bola é um sapato desamarrado.

Uma criança penteada

Um cachorro de coleira invisível

Um pião brincando sozinho.

Uma árvore do ar

O vento sugerindo curvas de pano

Um pássaro durante o chute

Um peixe dentro do gol

002 - O Crato de Antigamente - Por Antônio Morais

Coronel Filemon Teles.



O coronel Filemon Fernandes Teles foi prefeito  de Crato por três mandatos, deputado estadual por três legislaturas e presidente da Assembleia Legislativa do Ceará.  

Quando estava  presidente da Assembleia participando de uma reunião das Assembleias Legislativas do nordeste, o colega da Paraíba deputado José Lacerda lhe pediu  um obséquio:

Deputado, um conterrâneo  de  Conceição do Piancó fez umas estripulias por lá e está  precisando se ausentar  por uns tempos. Gostaria que o nobre amigo desse uma  ajuda pra ele em Crato.

Passado algum tempo, noutro encontro o deputado paraibano  perguntou ao Filemon : Como foi, o rapaz lhe procurou?

Procurou e está tudo certo, está trabalhando, é muito responsável, trabalhador, cumpridor dos seus deveres e de suas obrigações.

E como  você conseguiu  isso?  Ora, eu fui no cartório e tirei uma certidão de óbito : Aquele homem morreu. Depois fui no mesmo cartório e tirei uma certidão de nascimento,  nasceu um novo homem.

E a viúva? Perguntou o deputado José Lacerda.

A viúva se casou com o homem novo.

sábado, 2 de novembro de 2024

Imbecis hipócritas - Por Antônio Morais.

As pessoas gordas sabem que são gordas. As pessoas magras também sabem que são magras.

Seria maravilhoso se as pessoas estúpidas soubessem que são estúpidas. As pessoas imbecis soubesses que são imbecis e as pessoas idiotas soubessem que são idiotas.

O mundo seria bem menos hipócrita.

Primeiro Bispo do Crato - Por Antônio Morais.

Em 10 de Março de 1915 o Monsenhor Quintino, Pároco da Freguesia de Nossa Senhora da Penha na cidade de Crato, foi eleito o primeiro Bispo da Diocese do Crato, pelo Santo Padre o Papa Bento XV. 

Quintino Rodrigues de Oliveira e Silva, nasceu em Quixeramobim, no Ceará, filho legítimo de Antonio Rodrigues Batista da Silva e Maria Rodrigues Batista Vaz. 

O vigário do Crato fez os seus estudos no Seminário Episcopal de Fortaleza, e foi ordenado por Dom Joaquim José Vieira no dia 19 de Junho de 1887.

Teve uma formação sacerdotal no contexto da crise do "Padroado do Brasil", e já nos primeiros anos de seu ministério sacerdotal testemunhou a separação entre a Igreja e o Estado, que dava início a um novo contexto na vida da igreja, a tendência era a convergência para Roma.

Diocese do Crato, criada em 1914 - Paróquias:

Araripe - Arneirós - Assaré - Aurora - Barbalha - Brejo Santo - Cococy - Crato sede - Flores - Icó - Iguatu - Jardim - Lavras - Milagres - Missão Velha - Saboeiro - São João dos Inhamuns - São Mateus - São Pedro do Crato - Umary - Várzea-Alegre.

Fonte - Pe Tales Eduardo Santos Figueiredo.

Preocupação de Lula com crime organizado deve ser piada - Por Ricardo Kertzman, O Antagonista.

Até parece que este senhor não é o “chefão” do PT, legenda que, ao lado de outros partidos, protagonizou o mensalão e o petrolão.

Ora, ora, ora… E não é que um dos condenados no âmbito da Operação Lava Jato – em duas instâncias e também no Superior Tribunal de Justiça (STJ) – por corrupção e lavagem de dinheiro, hoje livre e presidente da República por obra de alguns ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que não apenas reviram seus votos sobre a possibilidade de prisão após uma condenação em segunda instância, como também, a partir de filigranas jurídicas e “suspeitas suspeições”, anularam todas as sentenças de Lula da Silva – a “Alma mais honesta deste país”, segundo ele mesmo – resolveu, agora, ficar preocupado com o crime organizado, mais precisamente com a possibilidade de criminosos atuarem na administração pública, como se isso já não acontecesse?

Até parece que este senhor não é o “chefão” do Partido dos Trabalhadores (PT), legenda que, ao lado de outros partidos, protagonizou o mensalão e o petrolão – este, o maior caso de corrupção da história do ocidente democrático. 

Até parece que este senhor, o pai do Ronaldinho dos Negócios (filho que enriqueceu após o papis se tornar presidente, recebendo polpudos investimentos de empresas beneficiadas pelo governo), não era – ou é – amigo íntimo de corruptos confessos (Emílio Odebrecht, Leo Pinheiro, José Dirceu e Antônio Palocci, entre outros), igualmente condenados e presos por crimes cometidos no petrolão. 

Mas, sim. Lula tem razão. Ainda que atrasado, pois o crime organizado já está inserido na administração pública, nas três esferas (municipal, estadual e federal) e Poderes (executivo, legislativo e judiciário) há muito tempo.

Como se diz popularmente: “tá tudo dominado”

sexta-feira, 1 de novembro de 2024

001 - O Crato de antigamente - Por Antônio Morais.


Foto do Deputado Estadual  Derval Peixoto.

Permitam-me contar uma preciosidade atribuída ao Deputado Estadual cratense Derval Peixoto na época em que a representatividade era avaliada pela atuação politica em defesa  do município e do seu povo, e, não pela esperteza em beneficio próorio.

Sustenta a história que o Senador Wilson Gonçalves chegando em Crato o Hermes Lucas soltava três dúzias de foguetões avisando aos amigos e correligionários, que apinhavam a casa do senador.

Certa feita, um correligionário que me reservo o direito de não revelar o nome, um escudeiro fiel, o mais autêntico gogó, passava de xoto pela Praça Siqueira Campos na direção da casa da rua Barbara de Alencar, onde hoje fica o Hotel Vila Real, à época, residência do sogro do senador.

O deputado Derval Peixoto com um jornal na mão chamou o camarada e disse: Veja o que o jornal fala do teu senador. Esta informando que o Papa o excomungou! 

Leia aí! 

O caboclo respondeu: leia você mesmo.

Então, o Derval Peixoto aproveitou e lascou a noticia a seu modo: "O papa excomungou o Senador Wilson Gonçalves porque ele é maçon e corrupto, a excomunhão é extensiva também aos seus eleitores".

O camarada, virado num siri, coçou a cabeça, andou dois passos pra diante, dois pra trás e falou a todo pulmão: “Papa fresco”.

Saudades - Clarice Lispector

Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida. Quando vejo retratos, quando sinto cheiros, quando escuto uma voz, quando me lembro do passado, eu sinto saudades. 

Sinto saudades de amigos que nunca mais vi, de pessoas com quem não mais falei ou cruzei.

Sinto saudades dos que foram e de quem não me despedi direito. Daqueles que não tiveram como me dizer adeus; sinto saudades das coisas que vivi e das que deixei passar, sem curtir na totalidade. 

Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que. Não sei onde. 

Para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi.

DIGRESSIONANDO - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Não existe melhor sensação do que comida chegando ao estômago. Ao mesmo tempo, penso: como admitir que muitos morrem de fome?

Em nosso tempo, os idiotas convencem mais do que os gênios.

Lamentável quando se descobre que uma figura admirada não passa de um anão moral.

Um apelido posto pode gerar um ódio eterno ou uma amizade para sempre.

Freud achava que o cérebro era um apêndice das glândulas genitais.

Nada mais irritante quando o entrevistador fala mais do que o entrevistado.

As metáforas, quando em demasia, enchem o saco.

Os bajuladores, assim como os idiotas, têm o que chamamos de abundância numérica.

Saudade é uma palavra agridoce. Doce como mel, azeda como limão.

Quem sabe o que foi o facismo não trata ninguém de fascista.

Os bandidos entram na política para fazer o mal. Não é para ajudar o povo.

507 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antonio Morais..

BIOGRAFIA.

Antônio Batista Vieira foi, acima de tudo, a perfeita expressão do autêntico sertanejo. Este nasceu na Serra dos Cavalos, no Município de Várzea Alegre, no dia 14 de Junho de 1919. Naquele ano, uma histórica seca flagelava o nordeste brasileiro, dizimando os rebanhos bovinos e afugentando inúmeras famílias daquele ambiente inóspito.

Filho de pais pobres que viviam no campo, dali extraindo o sustento da prole que se multiplicava, Padre Vieira conheceu na infância todas as limitações e privações peculiares à situação de absoluta pobreza, sendo obrigado a acompanhar os pais nas atividades agrícolas. 

O resultado dessa vivência, manifestado no contato com a terra mártir, é traduzido na marca profundamente humana e sertanista dos seus escritos. Sua prosa revela contrastes admiráveis, quando o homem, refeito das adversidades do meio, reanima-se, poetiza e ri.

No sertão, ainda menino, o Padre Antônio Vieira freqüentou escolas de palmatória e sabatina, de onde rumou para o Seminário do Crato-CE, a fim de cumprir uma velha aspiração dos seus pais, que pretendiam transformá-lo num sacerdote. 

Sete anos depois, mudou-se para o Seminário de Fortaleza, onde concluiu Filosofia e Teologia.

Ordenou-se em 1942, no Seminário do Crato, ali ficando até o ano de 1953. Em 1964, Padre Vieira cursou Administração de Empresas na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. 

Dois anos mais tarde, candidatou-se a Deputado Federal, sem nenhuma experiência política. Apesar de ter sido eleito, exerceu apenas a metade do referido mandato, sendo cassado pelo AI-5, Ato Institucional No 5, instituído pelo Governo Ditatorial do General Artur da Costa e Silva, o qual lhe concedia poderes para revogar direitos políticos dos potenciais adversários do regime.

Em seguida, Padre Vieira cursou Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em 1984, retornou ao Ceará. Escrevia em jornais "às escondidas", devido à proibição dos seus superiores, chegando a utilizar os pseudônimos de "Bene-ditto Antônio Teixeira" e "Vulpiano Xerez".

Entre os livros que publicou, destacam-se os seguintes: "100 Cortes Sem Recortes" (1963); "O Jumento, Nosso Irmão" (1964); "O Verbo Amar e Suas Complicações" (1965); "Mensagem de Fá, Para Quem Tem Fé" (1981); "Pai Nosso" (1983) e "Bom Dia, Meu Irmão Leitor" (1984). A partir de 1954, começou a escrever assiduamente no Jornal "O Povo", tornando-se um de seus melhores e altivos colaboradores. 

Seus leitores constituíam-se, basicamente, como gente do povo, seja da capital ou do sertão, encontrando um fiel público leitor também nas escolas.

A morte do Padre Vieira, ocorrida no dia 19 de abril de 2003, veio despertar nos varzealegrenses o desejo de terem, nesse município, um museu, onde se possa preservar não só a obra de Padre Vieira, mas também o legado deixado por outros ícones da nossa cultura.

ENVIADO POR AMIGOS DE DEUS - Postagem do Antonio Morais.

Um professor ateu desafiou seus alunos com esta pergunta:
Deus fez tudo que existe?
Um estudante respondeu corajosamente:
Sim, fez!
Deus fez tudo, mesmo?
Sim, professor - respondeu o jovem.
O professor replicou:
Se Deus fez todas as coisas, então Deus fez o mal, pois o mal existe, e considerando-se que nossas ações são um reflexo de nós mesmos, então Deus é o mal.  O estudante calou-se diante de tal resposta e o professor, feliz, se  vangloriava de haver provado uma vez mais que a fé era um mito. 
Outro estudante levantou sua mão e disse:
Posso lhe fazer uma pergunta, professor?
Sem dúvida - respondeu-lhe o professor.
O jovem ficou de pé e perguntou:
Professor, o frio existe?
Mas que pergunta é essa? Claro que existe, você por acaso nunca sentiu frio?
O rapaz respondeu:
Na verdade, professor, o frio não existe. Segundo as leis da Física, o que consideramos frio, na realidade é ausência de calor. Todo corpo ou objeto pode ser estudado quando tem ou transmite energia, mas é o calor e não o frio que faz com que tal corpo tenha ou transmita energia. O zero absoluto é a ausência total e absoluta de calor, todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagir, mas o frio não existe. Criamos esse termo para descrever como nos sentimos quando nos falta o calor.  E a escuridão, existe? continuou o estudante. 
O professor respondeu:
Mas é claro que sim.
O estudante respondeu:
Novamente o senhor se engana, a escuridão tampouco existe. A escuridão é, na verdade, a ausência de luz. Podemos estudar a luz, mas a escuridão não. O prisma de Newton decompõe a luz branca nas várias cores de que ela se compõe, com seus diferentes comprimentos de onda. A escuridão não. Um simples raio de luz rasga as trevas e ilumina a superfície que a luz  toca. Como se faz para determinar quão escuro está um determinado local do espaço? Apenas com base na quantidade de luz presente nesse local, não é mesmo? Escuridão é um termo que o homem criou para descrever o que acontece quando não há luz presente. 
Finalmente, o jovem estudante perguntou ao professor:
Diga, professor, o mal existe?
Ele respondeu:
Claro que existe. Como eu disse no início da aula, vemos roubos, crimes e  violência diariamente em todas as partes do mundo, essas coisas são o mal. 
Então o estudante respondeu:
O mal não existe, professor, ou ao menos não existe por si só. O mal é  simplesmente a ausência de Deus. É, como nos casos anteriores, um termo que o homem criou para descrever essa ausência de Deus. Deus não criou o mal. 
Não é como a fé ou o amor, que existem como existe a luz e o calor. O mal resulta de que a humanidade não tenha Deus presente em seus corações. É como o frio que surge quando não há calor, ou a escuridão que acontece quando não há luz..." Por volta dos anos 1900, este jovem foi aplaudido de pé, e o professor apenas balançou a cabeça permanecendo calado.
Imediatamente o diretor dirigiu-se àquele jovem e perguntou:
Qual é seu nome?
E ele respondeu:

ALBERT EINSTEIN.