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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


segunda-feira, 18 de novembro de 2024

O STF, o crucifixo e o prego - Por Percival Puggina.

Mergulhado em sufocante acúmulo de atribuições e demandas, o STF escolheu a sexta-feira (15/11), mesmo dia da semana em que Jesus foi crucificado, para início do plenário virtual que colherá votos dos ministros sobre se o crucifixo exaltado em nicho próprio na sala de sessões permanecerá ou será removido. 

O período de votação se encerra no dia 26. Barrabás, salvo engano, foi “inocentado”; o que acontecerá, agora, com a memória do Crucificado? A decisão que o Supremo adotar terá repercussão geral.

O politicamente correto é uma estratégia de congelamento da divergência com duas consequências totalitárias. Na mais visível, constrange quem tenha outras ideias a meter a viola no saco. Na menos visível, alinha-se com o igualitarismo coletivista, transformando toda expressão de diferença em preconceito. 

Se você tirar o suco ou fizer um destilado do “politicamente correto”, o que vai gotejar é o cancelamento do cristianismo e suas referências, transformados em alvos preferenciais.

A pergunta que me faço é: por que parar no crucifixo e não ir em frente, acabando com feriados religiosos, procissões, romarias, missas campais, toque de sinos? Pelas mesmas elevadas razões, por que não renomear todos os estados, municípios, ruas e acidentes geográficos que mencionam santos ou objetos de devoção? 

Meu Deus, como isso fica parecido com as revoluções francesa e russa! Sim, sim, aqueles fanáticos, com iguais motivos, fizeram coisas desse tipo.

Os adversários dos crucifixos referem-no, mas focam, lá na frente, os princípios, valores e tradições que lhe são implícitos. Muitos, como os relacionados à defesa da vida, à dignidade e aos direitos humanos, às liberdades, à família, compõem convicções constitucionalizadas no Brasil e se refletem em deliberações legislativas. 

É contra esse alvo que a militância “progressista” está declarando guerra e rufando tambores.

Um comentário:

  1. Corre Francisco ligeiro vem fazer o pelo sinal na testa da Janja a pessoas mais influente diante do STF atualmente no Brasil. Quem sabe ela evite que o Brasil se torne uma Nicarágua.

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