"Rosto colado é coisa que os jovens de hoje não conhecem como preliminares de um ato de sedução. Nesses bailes de antigamente (que palavra dolorosa!), os jovens rastreavam o salão em busca da garota ideal para iniciar um romance.
Caso ela fosse localizada na mesa com os pais, nossas pernas tremiam. Uma cuba libre (rum, coca-cola, gelo e limão), talvez fosse o combustível para encorajar o ato de atravessar o salão e chegar na mesa com o convite, formalíssimo, "vamos dançar".
O "sim" dela poderia significar que também queria dançar, pois os olhos já tinham se cruzado num momento do baile, mas poderia ser apenas o "sim" formal para não dar um "cano" no rapaz audacioso.
Neste último caso, a regra que a jovem aprendeu em casa com a mãe casamenteira, era dançar no máximo três para não significar que havia outro interesse a não ser o da boa educação. No entanto, se "pintasse um clima" – ai, Jesus! – As danças se prolongariam por todo o baile e, na hora exata, os rostos se colavam e a sedução começava com uma conversa de ouvido. O ato de seduzir transformava-se numa enciclopédia romântica que valia até mentiras ingênuas e nos dias seguintes flores e serenatas.
Fim de papo. Está bem, somos velhos quando falamos em "rosto colado". Mas ninguém pode roubar, de nossa memória, um tempo mágico onde o cavalheirismo de uma dança fazia-nos flutuar por salões com pessoas especiais.
“E quem não dançou uma vez na vida de rosto colado não sabe o que perdeu".
O texto é perfeito, divino. É certo que se dirige aos dois tempos. Antes e depois. E, encerra com a significativa frase:
ResponderExcluir“E quem não dançou uma vez na vida de rosto colado não sabe o que perdeu".
Bom dia a todos e a todas.
Bom dia nobre e dileto amigo. Felicidades em 2023.
ExcluirTempos bom que não voltam mais .os bailes nos clubes ,e as tertúlias
ExcluirEh verdade, Moraes!
ResponderExcluirE, dependendo da dama, ficava na lembrança por algum tempo!
Já não se faz bailes como antigamente.
ResponderExcluirO jogo da sedução é mágico numa conquista. Ainda lembro de um.baile de formatura, em Dez/77 quando iniciei pra valer, meu primeiro e inesquecivel namoro. Ainda hoje, lembro as primeiras palavras, e sinto o cheiro, daquela que me apaixonou de verdade.
ResponderExcluirFeliz daquele que tem a capacidade e coragem de revelar os seus sentimentos. Parabéns. O anonimato desta vez se justifica.
ExcluirEra exatamente dessa forma.
ResponderExcluirTempos bom
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