Cansado do reinado e sofrendo de doenças frequentes, o imperador retirou-se cada vez mais dos negócios do governo, frequentemente comportando-se como um espectador.
Ele aboliu vários rituais relacionados com a Casa Imperial, como por exemplo o beija-mão em 1872 e a Guarda dos Arqueiros em 1877, "a guarda palaciana que trajava uniformes multicoloridos e portava alabardas". O Paço Imperial, onde o governo se reunia, foi praticamente abandonado assim como o Paço de São Cristóvão, agora desprovido de cortesãos.
O diplomata austríaco, barão Joseph Alexander Hübner resumiu a situação em 1882: “ Encontro o Palácio de São Cristóvão como sempre. É o castelo encantado dos contos de fada. Uma sentinela à porta e fora disso nem viva alma. Erro só pelos corredores que circundam o pátio. Não encontro ninguém, mas ouço o tilintar dos garfos num quarto ao lado onde o Imperador janta só com a Imperatriz sem o seu séquito, que se compõe de uma dama e de um camareiro.”
A pompa e os ritos foram descartados. Isso fez com que Pedro fosse visto como "um grande cidadão" na imaginação popular, porém ao mesmo tempo sua imagem como monarca, como um símbolo vivo e figura de autoridade, foi diminuída. A sociedade dava grande importância aos cerimoniais e costumes, mas o imperador descartou muito do simbolismo e aura que o sistema imperial possuía.
Vai lendo com atenção, e compara a monarquia, Dom Pedro II com a Republiqueta do Deodoro da Fonseca, especialmente a depois do Lula e do Bolsonaro. Dos dois não se sabe qual o mais podre, ordinário e maligno.
ResponderExcluirJulgo que os modos simples e o desapego a cerimoniais podem ter contribuído para que D. Pedro II tenha capitulado. A elite Brasileira é chegada a uma festança.
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