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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 10 de janeiro de 2021

"Coisas da Ré-pública"

  "Patrulhamento ideológico republicano": porque as cores da bandeira brasileira foram reinterpretadas – Por Edison Veiga

Você já deve ter ouvido a história de que as cores da bandeira nacional brasileira seriam uma homenagem às riquezas naturais do país. O verde representaria a exuberância de nossas florestas e o amarelo, o ouro encontrado no subsolo. O azul seria uma referência aos rios que permeiam o território brasileiro e ao mar que banha a costa. Até o branco da faixinha teria sua justificativa: a paz. 

      Essa interpretação pode até soar simpática, mas não tem nexo histórico. "As cores vêm da bandeira do Império", resume à BBC News Brasil a historiadora Mary Del Priore, autora, entre outros livros, da tetralogia Histórias da Gente Brasileira, em que aborda o país desde a colônia até os tempos atuais. "Esse negócio de verde das matas e amarelo das nossas riquezas é balela", comenta o historiador e escritor Paulo Rezzutti, biógrafo das principais figuras da monarquia brasileira. "O verde é uma alusão à Casa de Bragança. O amarelo remete à Casa de Habsburgo."

     A primeira é a família nobre portuguesa à qual pertenceu Dom Pedro I. Sua primeira mulher, Leopoldina, era da dinastia austríaca dos Habsburgo. Conforme conta o historiador Clovis Ribeiro no livro Brasões e Bandeiras do Brasil, publicado em 1933, o próprio marechal Deodoro da Fonseca, que proclamou a República e tornou-se o primeiro presidente do Brasil, quis que a nova flâmula aludisse à anterior. "A explicação do verde das matas e do amarelo do ouro foi construída depois. Foi uma maneira tardia de a República tentar modificar o simbolismo original da bandeira, associado à monarquia", completa Rezzutti.

     A Presidência da República reconhece a referência ao período imperial. "Após a proclamação da República, em 1889, uma nova bandeira foi criada para representar as conquistas e o momento histórico para o país. Projetada por Raimundo Teixeira Mendes e Miguel Lemos, com desenho de Décio Vilares, foi inspirada na Bandeira do Império, desenhada pelo pintor francês Jean Baptiste Debret", informa a comunicação do Palácio do Planalto. 

Como ficou a Bandeira do Brasil após o golpe de estado de 15 de novembro de 1889

2 comentários:

  1. Prezado Armando - Quem teve a ventura ou desventura de assistir o vídeo liberado pelo Ministro do STF Celso de Melo daquela reunião presidencial conclui que a ré-pública não passa de um bordel cuja a cafetina chefe é o presidente Bolsonaro. Mais vergonhoso é ver ministros generais mudando e adaptando depoimentos em defesa de criminosos. Coisa nunca vista. Já não se tem generais como antigamente. Os de hoje mentem na maior cara de pau para manterem um emprego temporário.

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  2. A maior vigarice do Bolsonaro foi o aparelhamento vergonhoso das instituições, bloqueando a luta contra a corrupção, e, o pior, por razões familiares. Na defesa de filhos bandidos e criminosos.

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