“O cenário se agrava nesse tempo pandêmico complexo, volátil, incerto e até mesmo ambíguo, no qual as palavras e os respectivos sentidos também estão ameaçados. Boatos competem com fatos. Informações falsas se produzem e incitam efeitos de concretas proporções catastróficas”, diz o artigo, publicado no Jota.
Para Fachin, “na massiva disseminação de embustes, as mentes totalitárias põem em marcha a demolição das instituições democráticas”.
“Incumbe proteger a democracia e defender a Constituição, inclusive em face da legião de silêncios daqueles que fazem ouvidos de mercador para os fracassos da democracia, a impunidade seletiva, e os baixos níveis de responsabilização de poderosos atores da cena pública, intocados pelas permissivas lacunas do sistema de justiça”, diz ainda o ministro.
Fachin diz que a morte de Teori o impediu de “observar o fluxo ainda mais aprofundado e acelerado de vozes, atos e omissões com o reprovável propósito de enfraquecer a democracia e de vergar as instituições”.
“Nesse curso de manifesto desapreço pela democracia, a apologia da truculência despiu-se de todo pudor e compostura. A memorabilia de um juiz firme e sereno lança luzes sobre esse mundo eclipsado por pesadelos sectários, desastrosos e extremistas.”
Essa é a grande realidade. Reconhecida por um membro da Suprema Corte, aquela que devia zelar pela democracia.
ResponderExcluirO ministro sabe que parte da corte faz parte do conluio formado por autoridades dos três poderes para destruir a democracia e promover a desordem e a impunidade.