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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 28 de janeiro de 2024

108 - O Crato de Antigamente - Por Antônio Morais.

Em 13 de Abril de 2022 foi comemorado o centenário de nascimento de José do Vale Arraes Feitosa.

O professor José do Vale era um homem bem humorado e brincalhão. Peço permissão para contar umas historinhas que ouvir dele numa viagem que fizemos a sua terra natal Aiuaba. 

A história não tem testemunhas, mas as pessoas envolvidas na brincadeira são vivas e podem confirmar : Informe-se com o professores João Gomes de Borba Maranhão e Jorge Nei Pinheiro Leite, Diretor do Colégio Agrícola à época do fato.

Lá pelas décadas de 40 e 50 do século passado a professora Tereza Pinheiro Teles teve uma queda de asa, um sentimento por um jovem rapaz que foi embora do Crato, e, ninguém mais soube o seu destino, seu paradeiro. Nunca mais se ouviu falar dele. 


Estimada e querida professora de biologia Tereza Pinheiro Teles, ao centro de óculos escuro,  minha turma do Colégio Estadual  1969/1971. 

Um dia, José do Vale disse para Tereza : Você lembra aquele rapaz, assim, assado, ela sem respirar: lembro, era muito distinto, elegante, educado e simpático. 

Então, José do Vale completou - Está na França, se naturalizou, mudou o nome para "Pierre Petit" e esta em Crato. Vai dar uma palestra hoje a noite na Faculdade de Filosofia.

Nesse dia José do Vale foi mais cedo para faculdade, ficou esperando a reação da professora que em pouco tempo surgiu toda produzida, andando do auditório ás salas e secretarias a procura do francês. 

Quando viu José do Vale se acabando de ri disse furiosa : Foi você né, com suas brincadeiras bestas. Não tinha coisa melhor para fazer não?

8 comentários:

  1. Vendo aquela figura unânime, serena e pura, poucos podia imaginar uma proeza destas. Mas, foi verdade.

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    1. Brincadeira inofensiva e divertida......

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  2. Posso fazer algumas correções???? A primeira delas é que o nome da professora, minha tia, era Terça Pinheiro Teles.
    Se me permite outro adendo, é que minha tia jamais usou batom vermelho, maquiagem carregada, penteado extravagante kkkkkkkkk
    A mesma sempre foi muito amiga do Jorge Ney, como também de Zé do Vale.
    A brincadeira poderá até ter existido, porém essa descrição da minha tia, nem de longe faz jus a sua pessoa que era educada e discreta.

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    1. Yrles Landim - A fonte desta história foi o professor João de Borba Maranhão. Vendi pelo preço que ele me passou. Obrigado pelas correções.

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    2. Tudo bem que tudo até poderia ter ocorrido como tão bem relatado pelo meu primo Antônio Morais, mas isso não importa muito, pois os personagens citados gostavam mesmo de uma saudável gaiatice, e eram todos professores, além de amigos. Tive o prazer dê conhecê-los e de ser aluno de todos.
      Ainda hoje, 40 anos após obter daquela Escola o diploma de Técnico em Agropecuária, lembro com enorme carinho das aulas da Profª Tereza Pinheiro, ensinando-nos sobre a fermentação láctea sob a ação dos “lactobacillus acidophilus”.
      Prof. João de Borba e o diretor Jorge Ney, personagens marcantes de minha história.
      E o inesquecível Prof. José do Vale, o maior de todos. Ainda que ele recusasse esse título, que, segundo ele, pertencia ao Prof. José “Zuza” Bezerra de Brito, meu bisavô.

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  3. Corrigindo o nome dela, Tereza Pinheiro Teles

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  4. Conheci os personagens dacestória: Tereza Pinheiro, João de Borba e Zé do Vale foram meus diletos professores, no Colégio Agrícola de Crato onde, à época, Jorge Ney era Diretor. Zé do Vale realmente era uma pessoa educada e cincera, mas o seu bom humor o tornava brincalhão e contador de causos...

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  5. Seria o Gonçalo, da Charneca?

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