Infelizmente, a justiça, no Brasil e no mundo, tem desafiado até o significado das palavras. Os termos 'lava' e 'limpa' foram utilizados em vão em dois dos maiores processos criminais da história, no Brasil e na Itália, respectivamente. Nesses casos, as duas palavras acabaram literalmente sujas nas mãos de uns sistemas de justiças impuros.
Em nosso país, a "Lava-jato" deu nome à uma operação da justiça que investigou um dos maiores escândalos de corrupção, envolvendo figuras centrais do governo (inclusive o ex-presidente Lula), executivos importantes da PETROBRAS e grandes empresários. O grupo formou um forte sistema de corrupção para surrupiar recursos da petroleira, enriquecer pessoas e fortalecer o partido político PT, que governava o país à época.
Na Itália, entre os anos de 1992 e 1994, o Ministério Público de Milão, através da operação "Mãos Limpas", comandada pelo então juiz Antonio Di Pietro, condenou criminalmente dezenas de figurões do governo, do parlamento e ricos empresários, envolvidos em imensos desvios de recursos públicos, com apoio dos contraventores da "Cosa Nostra".
No Brasil, em 08.03 2021, uma decisão monocrática do Ministro Nelson Fachim decidiu anular todos os processos ligados ao ex-presidente Lula, alegando foro inapropriado dos julgamentos. Por outro lado, em 23.03 2021, a segunda turma do STF, por três votos a dois, decidiu que o Juiz Sérgio Moro, que julgou os processos na Justiça Federal do Paraná, teve conduta imparcial no respectivo trabalho.
Na Itália, pressionado e acuado, logo em 1994, o Ministério Público de Milão foi desmembrado. Nos anos seguintes, o governo e o parlamento de lá promoveram um verdadeiro movimento de "restauração política", aprovando leis para proteger a classe e tornando as investigações da magistratura ineficazes ou difíceis de serem executadas.
Independente do desfecho ocorrido na Itália, julgo que temos que torcer para que os magistrados daqui não sejam aniquilados como foram lá; e que, pelo menos, sejam tratados com a devida dignidade. Por fim, tomo para mim parte de um artigo de Andrea Torrente da Gazeta do Povo, de 03.08 2019: " Não podemos deixar os políticos CurruPTos vencerem. O Brasil precisa continuar sendo passado a limpo. Temos que botar todos os bandidos que desviam e ou roubam diretamente o suado dinheiro do contribuinte, causando mortes dos brasileiros menos favorecidos, por não terem atendimento médico adequado".
Li e reli com bastante atenção a crônica do Historiador, memorialista e escritor Antônio Gonçalo de Sousa. A primeira vez que encontrei o escritor foi em nossa cidade, na residência dos descendentes do Senhor Francisco Bitu de Brito num momento de grande pesar e tristeza pelo falecimento de dona Rita genitora do clã. Tivemos alguns depoimentos de partes que pela similaridade de pensamento vimos que convergíamos para um consenso.
ResponderExcluirDepois começaram a surgir escritos e crônicas fundamentadas e criticas sempre na mesma linha de pensamento dos dois. Na época estávamos com uma Lava Jato cheia de moral. Juiz nenhum, fosse de qual tribunal tinha moral e coragem para contrariar as decisões da Lava jato. Os ex-presidentes Lula e Dilma não não puderam impor seu prestigio junto aos seus indicados para modificar o que era determinado pela primeira instancia. Lula chegou a afirmar : "Temos uma Suprema corte acovardada".
ResponderExcluirAs 118 sentenças do Juiz Moro for todas aprovadas colegiado do Tribunal, pelo tribunal superior de justiças, já em terceira instancia as centenas de centenas de manobras e embargos impetrados no próprio STF. Se você analisar os resultados dos julgamentos teve juiz que votou varias vezes a mesma matéria, hoje de um amaneira, amanhã de outra, de acordo com a conveniência do réu. Um Grupo de Juízes da corte sempre atuaram e continuam atuando como como advogados de bandidos. Vi debates acalorados entre ministros, verdadeiras declarações que envergonharam o STF. O ministro Barroso disse para Gilmar Mendes no plenário, olhando nos olhos : "V.Excia tem sempre por trás um interesse que não é o da justiça". Gilmar Mendes é um velho, bacaca cuja reputação única é ter sido indicado por FHC a escória da corrupção do Brasil. Gilmar Mendes morre de inveja do Sergio Moro porque não tem a moral e o caráter, e honestidade do Sergio Moro. Sergio Moro é jovem tem uma vida inteira pela frente, não tem filhos bandidos, não tem amigos bandidos, vai voltar um dia. Pena que o Gilmar Mendes não possa impedir. O diabo já deve ter levado para o quinto dos invernos.
ResponderExcluirVai ficar difícil para politico com Ciro Gomes encontrar uma química para provar que Moro é um juiz politiqueiro e que Lula é um grande ladrão como afirmou ao imbecil do Datena que tem o microfone de uma grande emissora na mão para falar besteira o dia inteiro.
ResponderExcluirDe duas uma. Ou o Moro é politiqueiro e perseguiu o Lula ou o Lula é Ladrão. É por essa razão que o Ciro não passa dessa zoada, ninguém acredita nele.
A causa de tudo isso é o Bolsonaro. Se apropriou da Lava Jato para se eleger. Uma vez eleito se viu diante de uma situação de difícil decisão : Defender os filhos bandidos e corruptos da justiça e da prisão ou ficar do lado de quem o elegeu.
ResponderExcluirFez a escolha mais fácil. Hoje, comparece a uma reunião dos poderes e é o único que não fala, porque é o único que ninguém acredita mais no que diz. Convertido em tudo que condenava para se eleger, soterrado por tudo que fez de loucuras durante a pandemia, ninguém vai segurar com ele a alça do caixão dos 300 mil cadáveres de até o momento.
Quantas decepções para o povo e para Bolsonaro. A vaidade de querer ter um filho embaixador dos Estados Unidos virou fumaça. Virou vergonha para quem tem.
Bolsonaro não terá biografia, terá ficha corrida.
Em discurso na Câmara, Arthur Lira subiu o tom contra o governo e cobrou correção de rumos para debelar a crise sanitária da Covid. Sem falar a palavra impeachment, disse que “os remédios políticos no Parlamento são conhecidos e são todos amargos, alguns, fatais”.
ResponderExcluirNa Itália, os magistrados que atuaram na operação "Mãos Limpas" foram perseguidos. Os juízes Giovani Falconni e Paolo Borselino foram assassinados e Antonio Di Pietro, para fugir de seus perseguidores, teve que se abrigar temporariamente na Costa Rica.
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