Um ex-ministro da economia afirmou, não faz muito tempo, que “no Brasil, o futuro é duvidoso e o passado é incerto”.
No futebol, o que o futuro nos reserva com um calendário (se é que pode ser chamado assim) perverso como esse imposto pela CBF?
Esse período sofrido da pandemia deveria ter servido para que a “casa do futebol” até suspendesse, temporariamente, algumas competições e modelasse para os próximos anos novas formas de distribuir seus eventos.
Não foi isso que aconteceu. E fica provado: o fantasma de João Havelange – que deixou o futebol pela porta dos fundos – ainda habita a CBF.
Na Copa do Mundo de 1986, no México, os jogadores reclamaram dos horários inapropriados dos jogos, o que gerou sentença de um Havelange poderoso e aborrecido: “Que calem a boca e joguem”.
Hoje, com anuência dos clubes, no sistema de poder de Rogério Caboclo as coisas funcionam assim: cumprir os contratos (de qualquer jeito) é o que importa.
Mas do que as competições locais, regionais e o Campeonato Brasileiro, nesse ano estão enfiados Eliminatórias, Copa América, Libertadores e Sul Americana.
Já se sabe onde esse dominó vai parar: na mente, nos músculos e corações dos jogadores com os habituais guizos falsos colocados nas disputas pela CBF.
Como sabem, a Copa do Brasil, por exemplo, dá prêmios como num programas de sorteios mas usa critérios de disputa infames.
Com isso, os jogos serão nivelados pela má qualidade e ficarão parecidos com os amistosos entre jogadores no período de férias.
Acrescente-se a esse cenário de desgaste permitido a melancolia dos estádios de arquibancadas vazias.
Se “prever o passado” já é difícil, imagine o futuro.
Coisas nossas.
Prezado amigo Wilton - Respeitando a opinião alheia e na minha singeleza entendo que ninguém desviou tanto dinheiro originado do futebol como João Havelange na demorada passagem pela CBF e Fifa.
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