“Presidentes anteriores já foram desmoralizados por eventos abrangentes em parte piorados por eles mesmos, como ocorreu com Sarney/Collor, hiperinflação e Dilma, recessão”, diz William Waack.
“No caso de Bolsonaro, além do estelionato econômico eleitoral do qual Paulo Guedes está se tornando cúmplice, é a pandemia que acelera perigosa desmoralização.
Desmoralização é um fenômeno político forte e de difícil reversão, que costuma nascer e se propagar primeiro nos vários componentes de elites administração pública, setores empresariais e financeiros, profissionais liberais, elites culturais em sentido amplo.
A perda de autoridade de Bolsonaro já se fazia sentir antes da pandemia, fato demonstrado pela maneira como o Legislativo e o STF encurtaram seu poder. A pandemia, como se diz, acelerou o que já existia.
Nesta semana, como noticiamos, o Palácio do Planalto divulgou duas vezes que haveria um pronunciamento de Jair Bolsonaro em rede nacional, mas o presidente acabou suspendendo a transmissão — relembre aqui e aqui.
ResponderExcluirMinistros palacianos dizem que Bolsonaro precisou ser convencido a não falar, pois o resultado poderia ser catastrófico, com ataques a governadores, à mídia e até ao Supremo.
O Antagonista.