Sitio Fundão é um paraíso ecológico existente nas fraldas da Chapada do Araripe. A fauna e a flora foram preservadas pelo proprietário, Jéfferson da Franca Alencar.
Com a morte do proprietário os herdeiros não estão podendo arcar com as despesas de preservação desse paraíso, que já foi objeto de várias reportagens dos jornais de Fortaleza.
Maria Gorda era uma velhinha que andava arrastando os pés pelas ruas do Crato, implorando a caridade de alguns para continuar sobrevivendo.
Tinha esse apelido porque era realmente muito gorda, apesar da imensa penúria. Maria bateria recorde como dona das maiores cadeiras do mundo, tão largas eram elas, que dificultavam a passagem da boa velhinha por qualquer porta.
Numa segunda-feira, o cura da catedral do Crato, Monsenhor Assis Feitosa, necessitava mandar uma encomenda para o Sitio Fundão. Como sendo dia de feira, era natural que alguém do Sitio acorresse para a cidade.
Então, Monsenhor chamou Ramiro e lhe disse: Vá procurar bem depressa uma pessoa do Fundão e diga que eu desejo falar com ela.
Ramiro não contou conversa. Dirigiu-se imediatamente ao casebre de Maria Gorda. Encontrou a velhinha caminhando em direção a Praça da Sé, arrastando-se lentamente feito bicho preguiça.
Maria Gorda, Monsenhor Assis quer lhe ver urgente. Ao chegar a presença do Monsenhor Assis, falou : Pronto, o senhor me mandou chamar, aqui estou.
Não mandei chamá-la!
Ramiro me disse que o senhor desejava falar comigo.
Ramiro, gritou o pároco.
Pronto, senhor, aqui estou.
Que historia é essa de dizer que eu mandei chamar Maria Gorda?
O senhor mandou, insistiu Ramiro.
Que conversa é essa Ramiro, mandei você ir atrás de uma pessoa do Fundão.
E o senhor queria um fundo maior o dessa mulher?
do Livro - Histórias que vi, ouvir e contei.
Carlos Eduardo Esmeraldo.
Ramiro era um gênio. Tinha uma liberdade de brincar com os padres.
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