No Creva - O Bloco das Piabas, ver-se Laís Holanda Costa, Nair Brito de Morais e outras amigas. Inicio da década de 80 do século passado.
Dessa vez, a quarta-feira ingrata nem chegou. Por que não houve início de nada. Simplesmente o carnaval não existiu. O dia amanheceu, hoje, como um fantasma. Nem cinza de carnaval ele trouxe. Por sua vez, até as igrejas católicas, em função da pandemia do COVID-19, mantiveram restrições a respeito da quantidade de fiéis que visitam seus templos.
O inusitado é que, talvez, apenas como em 1945 - no auge da 'segunda guerra mundial' - este ano de 2021 não houve carnaval no Brasil. Consequentemente, poucas pessoas se aventuraram a tranguedir regras do anti-barulho. O resultado é que, pelo menos, a ressaca e os vales a pagar estão bem menores. Não se sabe é se os amores perdidos e não encontrados são proporcionais em termos de custo-benefício.
Uma das músicas mais executadas em tempos de carnaval é a marcha "É de Fazer Chorar". A composição de Luiz Bandeira, gravada por vários intérpretes, espelha muito bem o decepcionante encontro do folião consigo mesmo na quarta-feira de cinzas. A Canção, usando uma metáfora de melancolia, exalta o queixume de quem achou que o carnaval passou rápido.
Dessa vez, por incrível que pareça, o tempo de folia parece que nem existiu. Ficou um vácuo que, julgo singular para os aficionados pela festa momina e também para os que dela se escondiam com medo do barulho. Estes, imagino, estão implorando para que a 'quarta-feira ingrata' não volte tão cedo, pelo menos, não antes que debelemos o vírus da COVID-19.
É de fazer chorar.....
Prezado amigo Antônio de Gonçalo - Texto de razoabilidade impar. Muito preciso, sem brecha para se fazer qualquer reparo que seja.
ResponderExcluirMorais, você ainda ilustrou muito bem a postagem, com foto de passistas e pessoas renomadas do Carnaval antigo do CREVA, em Várzea Alegre.
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