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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 13 de junho de 2020

Deus seja louvado - Postagem do Antônio Morais.


No dia 05 de Abril de 2020 Dr. José Sávio Pinheiro, médico, escritor e poeta, membro da Academia Brasileira de Cordel, membro do Instituto Cultural do Cariri, meu amigo, meu conterrâneo e meu camarada, deixou na sua pagina essa estrofe de razoabilidade impar e de grande reflexão para o momento que vivemos:

Oh! vil político do mal.
Que se mexe em bambolê.
E tenta pegar carona.
Num corona que nem vê.
Triste manobra se inverte.
E o corona, nada inerte,
Pega carona em você!

Passados 69 dias o "Corona" já pegou carona com 42 mil pessoas, e, o vil politico do mal fagueiro, com a cara pra cima igual um jumento de lote debochando dos mortos e seus familiares. E, o pior, muita gente aplaudindo.

Na foto Dr. Sávio no desempenho de sua atividade vocacional e o coveiro do distrito de Caipu, antigo Poço do Mato, terra de Né do Canto - Cariús - Ceará.

5 comentários:

  1. Parabéns Dr. Sávio pela sensibilidade e sabedoria. Deus lhe abençoe, ilumine e lhe faça muito feliz. Abraços.

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  2. Morais, o mundo continua o mesmo enquanto o assunto for “poder”. Por ocasião da grande epidemia de cólera-morbo, que assolou o Ceará nos anos de 1862 e 1863, a doença era tratada da mesma forma. Algumas estrofes do Romande do Cruzeiro-Isolado mostram isso (os dados citados são de Várzea Alegre):

    O povo está se esvaindo
    com a desidratação,
    com os vômitos danosos,
    tendo câimbras, pelo chão.
    Os médicos muito aturdidos,
    sem rumo, estão desvalidos
    com muita decepção.

    No mundo, não se conhece
    a origem da doença,
    não se imagina a causa,
    daí tanta desavença.
    Várias condutas existem,
    mas os doutores assistem
    o fármaco ceder à crença.

    Somam duzentos e dez
    os mortos, até agora,
    dezessete de outubro
    de um ano que me apavora.
    Estes foram sepultados
    em valas, desfigurados,
    alguns bem antes da hora.

    Não existe um só consenso
    para enfrentar tanto mal,
    o médico aplica o remédio,
    o padre, a crença vital,
    os políticos se enfrentam,
    nas disputas se arrebentam
    numa ofensiva fatal.

    ... e por aí, vai!

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  3. Dr. Sávio - Veja Bem, em 1862, 210 mortos representava que proporção da comunidade? Sustenta a História que a última vitima foi o Padre José Pontes Pereira, narram que ele na missa pediu que Deus cessasse a mortandade nem que ele fosse o último a falecer, e, assim aconteceu, ele foi o ultimo a morrer. Como não existiam remédios o povo foi curado pela fé. Coisa que não existe hoje - Fé. Não vejo nenhuma autoridade ou politico falar em Deus.

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  4. Sávio Pinheiro5 de abril de 2020 15:45
    Quando o município de Várzea Alegre foi criado tinha 12.000 almas, consta na literatura. Portanto, 1,75% da população. Hoje, estimando a população em 40.000 habitantes, equivaleria a 700 mortes só na nossa cidade. Uma tragédia. Naquele ano, não se conhecia o Vibrio cholerae, agente etiológico da doença.

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