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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 26 de junho de 2020

O Antagonista - Noticias.

O temor dos generais.

“A caserna já se mostrava incomodada com o movimento que defendia intervenção militar”, diz a Crusoé.
“Também temia por ranhuras à própria imagem, que desde o fim da ditadura vem sendo reconstruída com muito esforço.
A gota d’água foi o ressurgimento, com força, da trama em torno do notório Queiroz.
Generais da ativa afirmam que a prisão do amigo do presidente acentuou o desconforto com a renitente associação do governo ao Exército.

A turma verde-oliva teme a prisão de Wassef, caso sejam identificados indícios de crime na sua relação com Queiroz. Por isso, pressiona por uma solução. Por ora, porém, o governo se cerca de cuidados para não ferir suscetibilidades do agora ex-defensor do senador Flávio Bolsonaro, que até dias atrás se apresentava também como advogado do próprio presidente.
No Palácio do Planalto, Wassef é tido como um ‘homem-bomba’. O temor é de uma reação contundente do causídico parlapatão diante de um rompimento intempestivo.”


O “presidente banana”.

Jair Bolsonaro, enfraquecido na área militar, resolveu ser um “presidente banana” para se segurar no poder, diz Eliane Cantanhêde.
“O vice Hamilton Mourão entrou no radar, Bolsonaro finalmente concluiu que estava afundando e que era hora de nadar e parar de afogar todo o resto.

Essa pausa para reflexão, digamos assim, tem um papel fundamental da ala militar do governo, que manifestou incômodo com a ignorância e beligerância de Weintraub, e não se dispõe a um abraço de afogados por problemas pessoais de Bolsonaro e seus filhos.”

Um comentário:

  1. BOLSONARO TENTA SOBREVIVER.

    “A prisão de Queiroz na casa de Frederick Wassef fez Bolsonaro ‘baixar a bola’, para usar uma expressão já utilizada pelo vice Hamilton Mourão para se referir ao STF”, diz a Crusoé.

    “Aconselhado por auxiliares a submergir, o presidente tem cumprido a orientação à risca (…).

    Longe dos holofotes, a estratégia de sobrevivência consiste na tentativa de construção de novas pontes com o Supremo, onde tramitam inquéritos capazes de enrolar Bolsonaro e os filhos, no trabalho para evitar que os últimos lances da crônica político-policial reduzam o apoio da caserna ao governo e, ainda, na ampliação do toma lá dá cá junto ao Centrão”.

    O Antagonista.

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