Homem de várias atividades comerciais em Juazeiro do Norte, o senhor Chagas do Tambaú, já passando da barreira dos 85 anos, nunca abriu mão de levar a vida de maneira bem humorada.
Certa feita, voltando de Serrita, Pernambuco, onde tem negócios, deu carona a uma senhora que se dirigia à localidade de Batateiras, no Crato.
No trajeto, a conversa foi boa, com a senhora falando da vida e da religião, enquanto Chagas Tambaú fazia referências ao movimento dos seus negócios.
Ao se aproximar da Batateiras, a senhora pediu: “Tá bom aqui, seu Chagas, (gravou até o nome dele) cheguei ao meu destino”.
O comerciante se pôs à disposição para uma nova carona, quando viesse de Serrita e a encontrasse de novo, seguindo-se os agradecimentos:
“Muito obrigado ao senhor. Vou rezar pedindo pela sua felicidade e um aumento no seu negócio”.
No que Chagas respondeu: “Reze só para endurecer que o tamanho tá bom”.
Noutra ocasião, bateu em Tambaú a lembrança boa dos tempos de farra.
Saiu de casa e, ao chegar a um barzinho organizado, se deparou com um bocado de meninas novas e bonitas.
Duas delas deram uma olhada em direção à sua mesa, como que esperando um convite para uns drinques.
Dito e feito: perguntaram se Chagas pagaria uma bebida e uma comidinha e a resposta foi imediata: “Na hora, meninas, podem sentar”.
No papo, as garotas “passaram o pano” na figura do homem já um tanto desgastado pelo tempo e quiseram saber se o mesmo aguentaria o tranco na ida a um motel.
Entusiasmado, Chagas foi logo adiantando que, apesar da idade, estava só o filé.
Acreditando na conversa de filé, a caravana seguiu para o motel mais próximo.
Na hora “H”, no entanto, Chagas Tambaú (talvez, pela emoção) “negou fogo”.
Desapontada, uma das meninas disse: “ O senhor nos “empancou” garantindo que estava só o filé, e acontece um negócio desse”
Sem se perturbar, Chagas respondeu: “Qual o problema, meninas? Filé é mole mesmo e nunca ouvi falar de filé duro”.
Boêmio, na expressão da palavra. De raro assomo de espirito. Sobretudo, quando estava com umas e outras na cabeça.
ResponderExcluirPopularizou-se em alguns casos de xexeiro, pessoa que não paga a mundana, após o coito. Numa noitada de um sábado, já ao amanhecer do domingo, Valdir Pereira solicita da parceira um cesto para ir ao mercado fazer compras, uma vez que intencionava permanecer o dia seguinte em companhia da amante.
Logo que deixou o Cabaré da Glorinha em Crato joga o cesto fora e vai embora. Na segunda-feira, a mundana foi a loja em que Valdir trabalhava ( Casa Pernambucana) e o agrediu com palavras, chamando-o de xexeiro.
Minha senhora, respondeu Valdir, o Sr. Teixeira, é aí em frente.
Eu estou chamando é de xexeiro!
Peixeira? Aqui, só vendemos tecidos.
Dário Maia Coimbra.
Boa. Já conhecia
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