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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 10 de junho de 2020

PEGA NA MENTIRA - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.


O Brasil está sendo devorado pelo coronavírus e o novo amanhã é aguardado, com uma imensa massa de desempregados e problemas mil.
Enquanto isso, nossas autoridades estão preocupadas em acabar com a mentira, da mesma forma como tentaram acabar, em tempos passados, com a saúva.
Dizia-se que ou o Brasil acabava com a saúva ou seria devorado por ela. Não aconteceu nem uma coisa nem outra, para infelicidade dos pitonisas.
Tá um puxa-encolhe medonho com uma tal de lei da fake news. Mentira, antigamente, era mentira e não tinha outra tradução. Agora, tem nome diferente: fake news.
Uns chamam esse negócio de “esgoto da internet”, o que não é nada lisonjeiro. Melhor seria ter batizado esse fake news de “pega na mentira”
Há quem defenda que tudo isso é trabalho perdido, porque o ser humano é mentiroso por natureza e, pegando um gancho do jogo do caipira: mentem homem, mulher, menino e velho viciado.
Mas, o que estaria incomodando mais a rapaziada é que essa máquina de mentiras (tem até robôs) entre patifarias a granel, às vezes, deixa escapar umas verdades inconvenientes nesse país de vestais.
Será que é isso, inocente?
A mentira existe desde os primórdios da humanidade e se chegasse a ser contida por uma lei, certamente, atingiria, com desemprego, uma faixa considerável: os mentirosos profissionais.
Mentir e bajular não são profissões para amadores.
Por isso, pivete, acho que essa lei não passa: basta de tanto desemprego.

2 comentários:

  1. Prezado Wilton - Eu tenho um verdadeiro horror por essa tal de Fake News. Eu gosto mesmo é do mentiroso, aquele que mente por vocação, por profissão. Aquela mentira que não faz mal a ninguém e faz muita gente ri.

    Segundo Ariano Suassuna em sua terra tinha um mentiroso oficial. O homem era produtor de mel de abelha. As abelhas dele produziam o dobro das dos outros criadores. Ele fez um cruzamento de abelha com vagalume, e os insetos trabalhavam de dia e de noite.

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