Na loira desposada pelo sol, o tempo é nublado na maior parte do dia. A noite, de ruas desertas, mais parecem cenários preparados para filmagens de cinema noir. Procurar um “pé de pessoa" é trabalho perdido.
Se Charles Aznavour fosse vivo, seria capaz de gravar uma “página musical” (tempo das festas da padroeira do Crato) oferecida à nossa capital: “Como é triste Fortaleza”.
Dá pena imaginar os bares vazios, de portas trancadas, até não se sabe quando.
Isola esse aforismo de “bares cheios de homens vazios”, cujo autor teria sido um poetinha, embora eu duvide uma coisinha disso aí.
Um economista e intelectual carioca meio malucão, que atendia pelo nome de Roniquito Chevalier, certa vez, ao adentrar um bar sem nenhum amigo presente, disparou para quem quisesse ouvir: “Este bar está cheio de ninguém”!
Os bares, um dos setores mais judiados, não foram beneficiados pelo aporte financeiro emergencial (informação oficial até o encerramento do nosso expediente), mas bem que poderiam compor o rol dos “serviços essenciais “.
Se o bar é a praça, a rua e o campo de futebol de uma cidade, as assembléias permanentes nele realizadas, serviriam para ensaiar o contato fisico à distância, o não abraço, o não aperto de mão pós-pandemia.
Trancar os bares é uma “injustiça” cometida contra o bate-papo e a conversa jogada fora numa “nice”.
Sobre o balanço da pandemia, com a divulgação paralela da incúria e desonestidade de governantes, a “gastura” dos buxixos políticos e as pesquisas data-isso, data-aquilo e aquilo-outro, é preciso armar um dispositivo de proteção contra essa onda de mal estar. Senão, é azia e má digestão na certa.
Como está demorando o bom tempo. Isso é uma judiação.
Ah, ia me esquecendo: “os pessoal” estão achando que a retomada econômica é um “liberou geral”, a permitir o abandono total do isolamento social.
A começar pelo presidente da republica todos estão brincando com o covid 19. Já estamos com os infelizes números de 31 mil óbitos e não há clareza de quando vai parar.
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