O São João deste ano é virtual. Portanto, festeja-se a data com acentuada nostalgia, já que, com o isolamento social, festividades maiores, foguetórios e outras alegorias ligadas à festa, que já estavam em decadência ou desvirtuadas do folclore original, agora, estão proibidas e, se por acaso realizadas, devem ser sediadas nos cômodos dos lares de cada família.
Muito diferente daqueles tempos que a gente que morava na cidade de Várzea Alegre ou na sua parte oeste, pegava o ônibus Crateús para ir até a Cachoeira Dantas e, de lá, seguir numa fubica até o Riacho Verde, onde o forró troava até manhã no dia seguinte, tendo Pedro Sousa ou Chico de Amadeu no comando das sanfonas.
Espera-se que o São João, que inspirou a devoção festiva das safras, volte seu poder e o lumiar de sua fogueira divina para clarear as nossas mentes e nossos corações quase alucinados, para que compreendamos o tempo de espera que nos resta para sairmos dessa clausura doméstica que, se nos protege da COVID-19, nos distancia da normalidade do dia a dia.
Mesmo assim, por via das amizades que nos aproximam nas redes sociais, aproveitamos esse período junino para uma confraternização silenciosa sem fogos, mas com fogueiras de estimação por quem estiver lendo ou sabendo dessa nossa iniciativa de confraternização nesse São João virtual.
Prezado Antonio Gonçalo - Você lembra o São João do Riacho Verde, e, eu quero juntar as festividades de antanho a São Pedro do Barreiro. Eram duas festas tradicionais que dificilmente poderíamos imaginar serem esquecidas. No São João de 1968 eu, João Bosco Teixeira e Antonio Almeida, três colegas do Ginásio São Raimundo não fomos para o Riacho verde. Fomos para um São João no Baixio do Exu onde a principal atração era Ilka Sanfoneira.
ResponderExcluirEu lembro bem que passei a festa toda louco para dançar e não tive coragem de convidar uma dama para uma dança. As meninas eram bem mais recatadas do que hoje e os rapazes temiam muito levar uma mala.
Morais, apesar de não ter frequentado o São Pedro dos Barreiros, lembro que era uma festa tradicional, à época.
ResponderExcluirHavia, na mesma data, festa no Sítio Unha de Gato, onde ainda cheguei a ir algumas vezes, cujo forró era na propriedade de Antonio de Zé Joaquim, imóvel esse que, por coincidência, depois foi sua e, hoje, é nossa.