Não adianta entrar no “invoco” (ficar invocado), como dizia o nosso saudoso Roberto Ponce de Leon, o “Betão”.
Você viu o vírus por aí?
Não viu, mas sente que o malvado não foi embora e continua semeando desgraça, enquanto continuamos reclusos, buscando oxigênio do ato de pensar e escrever.
Por falar nisso, será tão difícil compreender que se ama no outro o que falta em nós?
Pensar o contrário, nos reduz a um otário, que imagina não precisar de ninguém, indiferente a presença do outro.
Dou uma esticada a outras situações, concluindo que, se queda de rede matasse, muita gente morreria pelo peso da consciência.
E mais: se arrependimentos provocassem óbitos, as populações seriam, certamente, bem menores.
Aliás, qual o sentido dessa caminhada sem sentido?
O que está valendo, cidadão: a fruição da vida ou a luta para morrer ao lado de um saco de dinheiro?
Quem realmente se dá ao trabalho de pensar nisso, hein?
Outra coisa: a birra com essa história de “novo normal” precisa ser melhor explicada para o público ouvinte do locutor que vos fala.
A bronca é com a palavra “normal”.
Nos regimes totalitários, quando a tortura e os “suicídios” comiam de esmola nos porões, a súcia trabalhava um cenário de “normalidade”.
Enfim, diríamos nesse ajuntamento de palavras que “as fotografias deviam pertencer, por justiça, aos que não saem nas fotografias” e que “as viagens são daqueles que nunca saíram da aldeia”
Fiquemos por aqui, nessas elocubrações, porque essa história de esticar a corda (os assuntos) pode ser um perigo.
Gracias.
P.S.: Na ilustração, pintura de Pavel Fedotov retrata a morte de um paciente com cólera no século XIX
Que Deus ponha as mãos sobre a humanidade e dê imunidade, resistência e inteligência para a criação de uma vacina.
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