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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

Debalde, quase debalde. - Por Antônio Morais.

 


"A criancinha que ia de banco em banco, estendendo a mãozinha e recebendo acenos negativos de não. Ela queria desejar paz a cada fiel e não estava pedindo esmola.

Enquanto estudei e vivi entre vocês, sempre, sempre estendia a mão, desatava a minha voz, dizia verdades para agrado de uns e desprazeres de outros.

Como a criancinha, a minha mão aberta era um pedido de esmola, minha voz ativa era uma blasfêmia. O silêncio era a indignação.

No silêncio de uma igreja era confundida a intensão da pequenina, mas no meio universitário estava tudo claro quando eu falava. 

Debalde. Quase debalde.

Sim, porque eu tenho certeza que muitos entenderam minhas palavras, minhas mensagens".

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