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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quinta-feira, 9 de abril de 2020

BOLA PARADA, ALEGRIA AUSENTE - Por Wilton Bezerra.


Se a pandemia atinge diversos setores da economia, o nosso futebol de cada dia sente os seus efeitos, traduzidos no silêncio dos estádios.
Cogitou-se até futebol sem público, nas últimas tentativas de terminar copas e estaduais em andamento, como se fosse possível ignorar que torcedores e times são um corpo só.
Por falar em público e jogos, sem uma base segura de projeção, há quem imagine, depois da pandemia, o futebol voltando com presença de 15 a 20 mil espectadores, no máximo, nos estádios.
Em qualquer tempo, as pessoas dizem e fazem besteiras e são até flagradas com o dedo no nariz.
Reconheçamos, são previsões filhas do medo e das incertezas geradoras de perspectivas sombrias.
Entanto, nunca é demais destacar a resiliência desse esporte criado pelos ingleses, quando depois de uma guerra mundial, jogos voltaram a ser realizados em estádios ainda em escombros.
Mas, nos dobremos aos fatos: a bola parou, a alegria se foi e as fontes que sustentam o futebol começam a secar.
Os dois maiores problemas que se apresentam: a recessão que a quarentena provoca e a falta de previsão para a volta.
CBF, federações e clubes estudam dar andamento aos estaduais, como uma forma de voltar às atividades de maneira gradual.
Claro que, com inúmeras restrições, a partir de jogos de portões fechados e cancelamento das concentrações de times no pré-jogo.
Um quadro absurdo de asfixia que ameaça dizimar, principalmente, os mais vulneráveis.
Atordoados, todos buscam atravessar esse momento de agonia, onde a receita é ter paciência.
Chorar, mas chorar baixinho, até que a saudade do futebol seja atenuada, afinal “as maiores dores do mundo, geralmente, são surdas”.

Um comentário:

  1. Eu começo a entender que é chegado a hora do brasileiro refletir e perguntar a quem serve o futebol. Os dirigentes que usam os cargos como trampolim para alcançar e participar do topo da corrupção. O que essa gente ofereceu aos torcedores que padecem da pandemia?

    E os jogadores, que exemplos dão Newmar, Gabigol e a cambada toda, quanto ofereceram em beneficio e defesa dos doentes. O que dizer de gente como Ronaldinho que teve o mundo aos seus pés. E anda cometendo crimes e na cadeia. O povo precisa ver a atividade com outros olhos.

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