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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 27 de novembro de 2021

JOGADOR DE FUTEBOL E BANCO DE DADOS - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

 

Quando a gente pensa que viu tudo, não enxergou nem a metade. As novidades deixam a minha “porção matuto” bastante assustada.

Igual a Tim Maia quando, pela primeira vez, viu João Gilberto tocar o seu violão, com a batida revolucionária: “São acordes demais, meu irmão!”. Leio que, além de suas obrigações de treinamento no clube que lhe paga, o jogador de futebol profissional acrescenta, por conta própria, outra carga de preparação.

Tem academia montada em casa, um estafes formado por nutricionista, psicólogo, preparadores pessoais e, se brincar, até pai de santo. Serviço de análise tática à domicilio consta, também, do cipoal particular dos profissionais da bola.

Calcula-se, pasmem, até o tempo que o jogador tem que ficar com a bola, quantos metros percorrer, além da saída de bola, perfil corporal e o diabo a quatro.

Mente e corpo levados ao extremo e, de quebra, consultoria para saber qual o clube escolher dentro de suas conveniências. Não são poucos os que defendem e acham tudo isso muito natural para o alto rendimento.

Na minha opinião, isso se parece mais com linha de produção de um produto qualquer e o jogador se assemelhando a um banco de dados.

Me convenço, cada vez mais, de que o meu olhar lúdico sobre futebol, mais do que uma ilusão, é inteiramente ultrapassado.

Um comentário:

  1. Eu nunca acreditei nessa historias de treinador com pranchas anotando as ocorrencias do primeiro tempo para aplicar na segunda etapa as correções. Eu acredito numa equipe de bons jogadores. O canmarada anotava tudo direitinho na prancha, levava tres gols. Não tinha mais o que fazer.

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