Em um momento de esquecimentos, ando sonhando muito, ultimamente, com tempos de nossa mocidade no Cariri, especialmente em Juazeiro do Norte.
Fico cabreiro sobre o que isso significa ou esteja a prenunciar para esse modesto plebeu.
Da mesma forma, fico na dúvida em qual estágio desse passado gostaria de ter estacionado.
Com o fundo musical da Jovem Guarda que se estendia ao mais brega, dependendo do ambiente, o que eu, João Eudes, Rochinha, Chico Anastácio e coadjuvantes praticávamos era a doce irresponsabilidade, “comportada” boemia.
Para as nossas seletas confrarias não procedia o papo, segundo o qual, o Juazeiro e o Cariri não tinham vida noturna à época, além de outras opções interessantes para fazer as pessoas felizes.
Nós fazíamos a hora e não achávamos a vida chata. Pelo contrário, vivíamos os bons momentos por entender ser a vida feita deles.
Nossos problemas advindos das pequenas remunerações (Chico Anastácio aliviava) do período, eram minimizados pela alegria de viver e celebrações que não eram poucas.
Nos tratávamos, jocosamente, de sibaritas por não nos deixarmos levar pelos conflitos da existência, ignorando o que não devia ser louvado e levando em conta o que era prazeroso.
Seguíamos ao pé da letra o que sugeria o menestrel Belchior: “viver é melhor que sonhar”.
Tempo duros politicamente, mas temperados pelo conforto da ternura e da amizade.
Wilton Bezerra resgata uma grande equipes de pessoas ilustres e queridas da região do cariri. Parabéns.
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