Páginas


"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 23 de agosto de 2020

A Crônica do Domingo

Pequenas efemérides da nossa História: há 75 anos, a Família Imperial retornava ao Brasil

     O Brasil está hoje em uma decadência como jamais esteve em sua História. A moralidade pública desapareceu por inteiro, o descrédito da classe política não poderia ser maior, só há desesperança e desânimo nas instituições públicas. No entanto, o Príncipe Dom Luiz de Orleans e Bragança (atual Chefe da Casa Imperial do Brasil) e os ideais da Monarquia pairam por cima de todas essas baixarias, constituindo uma autêntica reserva moral da Nação, à espera de dias melhores, que, temos plena certeza, virão.... E que talvez estejam mais perto do que parece!

     Depois da quartelada de 15 de novembro de 1889, o Imperador Dom Pedro II e os seus foram expulsos do território nacional pela odiosa Lei do Banimento (Decreto 78-A de 21 de dezembro de 1889), que seria revogada somente em 1920. Entretanto, dificuldades de toda ordem – em não pouca medida, causadas pelo confisco ilegal dos bens da Família Imperial Brasileira pelos novos donos do poder – impediram um retorno definitivo até o dia 21 de agosto de 1945 – precisamente há setenta e cinco anos.

    As esquerdas brasileiras se gabam de terem comprovado a fidelidade à sua ideologia enfrentando o mais longo exílio político de nossa História; aliás, aproveitam-se disso para conseguir indenizações milionárias. Mas a verdade é que o exílio da Família Imperial foi muito mais longo e penoso: 56 anos, durante os quais seus membros conservaram um amor acendrado pela Pátria e a disposição de servi-la sem jamais pedir algo em troca, especialmente vantagens financeiras.

       Com a derrota da Alemanha Nazista e o término dos combates da Segunda Guerra Mundial na Europa, em maio de 1945, logo chegou a notícia de que um navio português, o Serpa Pinto, embarcaria de Lisboa com destino ao Rio de Janeiro.

      Vivendo na França, país onde nascera, o Príncipe Dom Pedro Henrique de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil, imediatamente telegrafou, reservando passagens para si, sua esposa, a Princesa Consorte do Brasil, Dona Maria da Baviera de Orleans e Bragança, e seus quatro filhos, o Príncipe Imperial do Brasil, Dom Luiz de Orleans e Bragança, os Príncipes Dom Eudes e Dom Bertrand e a Princesa Dona Isabel de Orleans e Bragança – de seis, cinco, quatro e um ano de idade, respectivamente; todos nascidos em exílio, mas devidamente registrados na representação brasileira competente (foto ao lado).

      Em suas memórias ainda inéditas, o Príncipe Dom Luiz de Orleans e Bragança, hoje Chefe da Casa Imperial do Brasil, registrou o que se lembra daquele momento inesquecível: 

“A névoa cobria a Baía de Guanabara na manhã de nossa chegada, e por isso nós só pudemos ver nesgas da maravilhosa paisagem: um pouco do Pão de Açúcar e, de vez em quando, o Cristo Redentor aparecia entre as nuvens, como para nos dar as boas-vindas e nos abençoar".

“Entretanto, mais uma coisa me impressionou profundamente nesse dia: foi o modo como os monarquistas brasileiros, que tinham vindo a bordo para nos receber, cumprimentavam meus Pais e a nós, crianças. Havia algo de respeito, de veneração e de esperança, mais nos seus gestos que nas suas palavras, que me fez sentir claramente que eu tinha, do mesmo modo que meu Pai, uma missão, um dever para com o País que eu via pela primeira vez. 

“Creio que, para mim, foi uma graça de Deus o fato de que o Rio de Janeiro estivesse coberto de névoa quando chegamos, pois é possível que o panorama da Guanabara, à luz de um belo dia de sol, de tal maneira me deslumbrasse, que eu não teria percebido algo de muito mais alto, que eram as almas dos brasileiros que nos acolhiam e o dever que isso significava para mim.”

    No Rio de Janeiro, a Família Imperial morou inicialmente no bairro de Santa Teresa, antes de transferir-se para Petrópolis (e, posteriormente, para um pequena fazenda no Norte do Paraná) (...) Nas seis décadas em que foi Chefe da Casa Imperial, de 1921 até o seu falecimento em 1981, o Príncipe Dom Pedro Henrique soube encarnar os valores de nossa Monarquia, dando ao Brasil o exemplo como pai de família e católico exemplar. Passados 75 anos de seu aguardado retorno à Pátria, seu filho primogênito e sucessor dinástico, Dom Luiz de Orleans e Bragança, tem dado prosseguimento à missão da Família Imperial.

(Excertos de matéria publicada no Face Book Pró Monarquia)

Um comentário:

  1. Prezado Armando - A decadência da moral e do caráter campeia em todos os segmentos da pátria. O que assistimos na justiça é sem igual. A segunda turma se reuniu com a ausência de sua presidente Carmen Lucia e de mais um ministro, Celso de Melo, e, formou uma maioria de 2 a 1 Gilmar Mendes e Lewandoski para beneficiar um bandido julgado anteriormente pelos mesmos ministros. Quem votou a favor da condenação à época se esconde agora para permitir a anulação e amparar um bandido cujo passado sombrio, desonesto, baseado na mentira, enganação, ludibrio, ladroagem e cadeia. Onde já se viu uma reunião sem a presença da presidente?

    ResponderExcluir