Pois é, a responsabilidade da má qualidade do futebol que se joga no Brasil é da bola, cujo estado de saúde inspira cuidados.
Brinquedo essencial nos tempos de criança, está sendo maltratada pelos adultos que parecem ter medo dela.
Já afirmei repetidas vezes que a bola não se dá bem com quem a teme, não a trata bem e não a chama pelo nome de mulher.
Maior jogador da Copa do Mundo de 1958, Didi “folha seca” a tratava por “Leonor”.
O mais complicado por parte de quem dela precisa para o seu oficio é que, ao obedecer a um modismo estúpido que assola os nossos campos, jogadores chegam a rejeitá-la, a serviço de esquemas feios e covardes.
Onde já se viu uma coisa dessa, num futebol como o nosso, fundado na individualidade e no prazer de jogar?
É triste observar a crônica especializada, mesmo diante de exames que atestam a doença da “Maricota”, a ignorem solenemente, ao criar artifícios para negar os sintomas.
Como disse o escritor Roberto Drumond, autor de “Hilda Furacão”, a bola não tem ideologia: vai pela direita, pela esquerda e pelo centro.
Agora, só aceita contato com quem não a rejeite e tenha habilidades carinhosas.
A bola está enferma e aborrecida.
Sua cura, segura e completa, só será possível, com um sistema de saúde competente estruturado pelos donos do espetáculo.
Carpinejar, o poeta, arremata: “A bola é um pássaro durante o chute, um peixe dentro do gol”.
Prezado Wilton - É por aí mesmo. A conversa é essa. Parabéns.
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