A poetisa americana Elisabeth Bishop, que viveu uma história de amor com a arquiteta brasileira Lota de Macedo Soares nos anos 1950 e 1960, sentenciou que o “o Rio de Janeiro não é uma cidade maravilhosa, mas uma paisagem maravilhosa para uma cidade”. Frase terrível, porém verdadeira.
Aliás, essa história de amor entre a poetisa e a arquiteta gerou um belo filme produzido por Bruno Barreto, intitulado “Flores raras”.
O lugar continua lindo, desigual, inseguro e com um histórico alarmante de políticos corruptos e saqueadores.
Seis dos seus governadores foram parar nas barras da justiça, por grossa corrupção e falta de vergonha na cara, num hexacampeonato conquistado no campo dos assaltos.
Nunca o nefasto populismo político de governantes produziu tantas desgraças numa paissagem maravilhosa para uma cidade.
Esses ladravazes deviam, após flagrados pela justiça, obedecer a um ritual de evaporação que consiste em considerá-los mortos, mesmo que continuem vivos.
Seria um ato do desonesto, voluntário, ou não, em fazer sumir sua identidade, não deixar vestígios e procurar recomeçar a vida em outro lugar recuperado da cleptocracia.
Este seria considerado como evaporado, tema de um livro japonês que focaliza o assunto, interessante para quem deseja lavar a honra pessoal.
Sim, porque no Brasil há as “leis que pegam” e as “leis que não pegam”, e o sentimento da vergonha também “não pegou”.
Se vai resolver eu não sei, afinal estamos falando de Brasil.
De qualquer forma, fica a dica.
O estado mais elitizado da republica com "status" e ex-capital do país, os governantes não transferem a faixa entre si e sim a tornozeleira. Não se pode negar que o povo tem tentado mudar. Mas não consegue. Na última eleição escolheu um ex-juiz, uma pessoa que devia ser correto e justo. Mas que nada, a desgraça está feita. Nem pastor escapa, o tudo por dinheiro transforma em pó a moral e o caráter.
ResponderExcluir