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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 16 de julho de 2021

SÓ FALTAVA O “SABER SOFRER” NO FUTEBOL - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Rejeitar a bola, não propor o jogo, fechar os espaços entre as linhas de defesa, meio-campo e ataque. Aguardar, na sofreguidão, a oportunidade de chegar ao gol adversário.

Isso sempre foi característica de time pequeno.

Implico, mesmo, e discordo dessa história de “saber sofrer”no futebol brasileiro, ideia disseminada recentemente.

Quem foi que disse ter sido o mais popular esporte do Mundo fundado na dor e no sofrimento, em nosso país?

Conversa mole de quem ignora a alegria, o prazer de jogar e o gingado, que falam alto do nosso caráter.

O fundo musical do nosso futebol nunca nos fez sofrer com dor de cotovelo.

Pelo contrário. Não existe imagem mais bonita do que nossos estádios superfaturados, lotados, a cantar: “Que bonito é, as bandeiras tremulando, a torcida festejando, vendo a rede balançar”.

Sofrer jamais foi do nosso feitio.

Agora, querem jogar o futebol de tantos títulos pelo abismo, sem sequer se curvar para saber se ele morreu.

Vendem os artistas, impossibilitam o espetáculo e inventam fórmulas de jogo para segurar emprego de treinador, à base do “saber sofrer”, da covardia.

Distopia vendida como utopia.

Futebol brasileiro precisa readquirir o visgo, se livrar do charlatanismo “tático”, antes que seja tarde.

Time grande como o Corinthians, jogando como se pequeno fosse, é uma tragédia.

Foi o que se viu no confronto diante do Fortaleza.

2 comentários:

  1. A tragédia do futebol brasileiro começa pelos dirigentes desde o Caboclo no puder central aos dirigentes dos clubes.

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  2. Os dirigentes do futebol no Brasil se espalham nos comandantes da política, da justiça e de lideranças empresariais corruptas e corruptoras...

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