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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 13 de novembro de 2020

A MELHOR MANEIRA DE DIZER ADEUS - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Quando Rogério Ceni deixou o Fortaleza para a aventura mal fadada no Cruzeiro, escrevi texto  falando de sua trajetória de grande sucesso à frente do tricolor.

Agora vou ser mais leve, rápido e poético, me valendo de um verso de Pinto do Monteiro, o maior violeiro-repentista do Brasil, que fala sobre hospitalidade.

Eu estando em casa ou não.

Empurre a porta e arme a rede.

Se estiver com fome, coma.

Se estiver com sede, beba.

E se quiser se balançar, empurre o pé na parede.

E com esse grau de receptividade, Rogério Ceni iniciou uma relação de amor e trabalho de três anos com o Fortaleza, interrompida por uma escapulida até Belo Horizonte.

Nunca treinador e clube fizeram tanto um pelo outro, na história do futebol cearense.

O ex-ídolo do São Paulo apontou para o futuro, e vocalizou aos gestores tricolores qual o lugar que deveria ser ocupado pelo Fortaleza no cenário nacional.

A isso se chama consciência de grandeza, sentimento um pouco distante de quem faz futebol por aqui.

Rápido, como anunciei, “sugiro” uma despedida difícil de ser traduzida, com o silêncio .

Mesmo porque, nas separações, mesmo amigáveis, o melhor e mais eloqüente é dar adeus em silêncio.

Segue o forró.

Um comentário:

  1. Que o Rogério seja muito bem sucedido no Flamengo e se fracassar que o Fortaleza o aceite novamente.

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